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NASA analisa trajes espaciais inteligentes e outras tecnologias revolucionárias



Por Patrícia Gnipper

Como parte do programa NIAC (NASA Innovative Advanced Concepts), a agência espacial dos Estados Unidos está investindo em pesquisas de 18 projetos que apresentam conceitos de tecnologias revolucionárias para a exploração espacial — incluindo o desenvolvimento de trajes espaciais inteligentes.

A ideia é que trajes EVA (para serem usados de maneira extraveicular) usados em Marte e outros ambientes planetários sejam capazes de aumentar o desempenho humano. O traje SmartSuit proposto, ainda que pressurizado a gás, incorporará tecnologia de robótica para melhorar a mobilidade dos astronautas e sua interação com o ambiente, também incorporando uma pele autorrecuperável localizada na camada externa do traje não apenas para proteger o astronauta, como também para coletar dados através de sensores embutidos ali. Tais sensores serão capazes de exibir visualmente informações estruturais do ambiente e do próprio traje, fornecendo feedback visual ao astronauta sobre seus arredores.

O traje proposto deverá permitir maior destreza, mais conforto e movimentos mais naturais ao astronauta durante atividades extraveiculares, facilitando a execução de operações científicas e de exploração em outros planetas. Além disso, a camada robótica do traje tem o potencial de diminuir a pressão do gás dentro do traje, reduzindo a fadiga de se usar um EVA. A NASA também espera que a tecnologia em questão reduza os ferimentos e desconfortos causados pelos trajes EVA atuais, que são altamente pressurizados e não têm assistência robótica.

"Nosso programa NIAC nutre ideias visionárias que podem transformar futuras missões da NASA, investindo em tecnologias revolucionárias. Nós olhamos para os inovadores da América para nos ajudar a empurrar os limites da exploração espacial com novas tecnologias", disse Jim Reuter, administrador associado interino da Diretoria de Missão de Tecnologia Espacial da NASA.

A seleção dos projetos do NIAC incluem prêmios na Fase I e na Fase II de projeto. Na primeira fase, cada prêmio é avaliado em aproximadamente US$ 125 mil, valor que ajudará os pesquisadores a definir e analisar os conceitos em um prazo de nove meses. Os estudos que forem determinados como viáveis poderão solicitar a participação na segunda fase, que já tem alguns projetos previamente escolhidos.

Nesta Fase I, os estudos selecionados foram:

Bioinspired Ray for Extreme Environments and Zonal Exploration (BREEZE)

Prevê estruturas infláveis combinadas com cinemática para explorar e estudar a atmosfera de Vênus.

Power Beaming for Long Life Venus Surface Missions

Dá uma nova abordagem para apoiar uma missão na superfície de Vênus.

SmartSuit

Design de trajes espaciais inteligentes equipados com robótica, pele autorrecuperável e coleta de dados para atividades extra-veiculares, permitindo maior mobilidade e confiabilidade em missões de exploração.

Dual Use Exoplanet Telescope (DUET)

Telescópio capaz de encontrar e caracterizar sistemas planetários além do Sistema Solar.

Micro-Probes Propelled and Powered by Planetary Atmospheric Electricity (MP4AE)

Sondas em miniatura equipadas com propulsão inspiradas na capacidade de balonismo das aranhas, para estudar atmosferas planetárias.

Swarm-Probe Enabled ATEG Reactor (SPEAR) Probe

Sonda de propulsão elétrica e nuclear ultraleve para explorar o espaço profundo.

Ripcord Innovative Power System (RIPS)

sistema de energia para sondas serem capazes de descer na atmosfera de planetas gasosos como Saturno.

Power for Interstellar Fly-by

Sistema de colheita de energia a partir de sondas extremamente pequenas para permitir missões interestelares.

Lunar-polar Propellant Mining Outpost (LPMO)

Posto de mineração de gelo no polo lunar para produção de propelentes.

Crosscutting High Apogee Refueling Orbital Navigator (CHARON)

Sistema para mitigação de pequenos detritos espaciais.

Thermal Mining of Ices on Cold Solar System Bodies

Aplicação de calor em voláteis congelados para extração de recursos em objetos distantes do Sistema Solar.

Low-Cost SmallSats to Explore to Our Solar System's Boundaries

Pequeno satélites de baixo custo para explorar os limites do Sistema Solar.

Já a Fase II permite que os pesquisadores desenvolvam seus conceitos, refinando os projetos e começando a considerar como suas novas tecnologias serão implementadas fora do papel. Os selecionados para a Fase II podem receber até US$ 500 mil para estudos em um período de dois anos. São eles:

The High Étendue Multiple Object Spectrographic Telescope (THE MOST)

Telescópio óptico flexível que pode ser implantado em um rolo cilíndrico, estrutura impressa em 3D.

Rotary-Motion-Extended Array Synthesis (R-MXAS)

Radiômetro de imagem geoestacionário com uma antena rotativa conectada.

Self-Guided Beamed Propulsion for Breakthrough Interstellar Missions

Projeto que visa avançar a tecnologia de propulsão com vigas autoguiadas.

Astrophysics and Technical Lab Studies of a Solar Neutrino Spacecraft Detector

Estudo de detector de neutrinos de pequena escala para avançar a tecnologia de detectores em futuras missões.

Diffractive LightSails

Estudo para projetar e avançar filmes difrativos passivos e eletro-opticamente ativos para missões na órbita baixa da Terra, além de órbitas solares internas e estrelas distantes.

Solar Surfing

Estudo de ciência de materiais para determinar os melhores materiais capazes de proteger naves que chegarem perto do Sol.

Todos os projetos, tanto da Fase I quanto da Fase II, ainda estão em seus estágios iniciais de desenvolvimento, sendo que a maioria deles exige pelo menos uma década de idealização. Ainda, pela primeira vez, o NIAC selecionará um estudo em uma terceira fase, com prêmio de até US$ 2 milhões que serão usados em até dois anos. "O NIAC é sobre ir ao limite da ficção científica. Estamos apoiando conceitos de tecnologia de alto impacto que podem mudar a forma como exploramos o Sistema Solar e além", disse Jason Derleth, executivo do programa, que faz parcerias com cientistas, engenheiros e inventores em geral que compartilhem a visão de que os EUA devem continuar líderes mundiais em pesquisa aeronáutica e espacial.

FONTE: NASA via canaltech.com.br

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