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Mostrando postagens de março 22, 2020

Para que Ciência explique a vida, precisamos ampliar o Universo

Fragmentos de DNA no meteorito e a busca pela origem da vida. [Imagem: NASA/Chris Smith] Abiogênese Podemos estar mais longe do que pensávamos de responder a uma das grandes questões existenciais - Como a vida começou? A ciência moderna propõe que a vida começou por um processo chamado abiogênese, ou geração espontânea - de forma mais coloquial, a vida "começou por acaso" quando as moléculas necessárias se juntaram em algum lugar. Como a ciência propõe também que o Universo teve um começo - cerca de 13,8 bilhões de anos atrás - então a vida deve ter começado em algum ponto nesse tempo. Contudo, apesar de todos os conhecimentos acumulados no campo da biologia e da física, os detalhes, ou mecanismo, sobre como a vida começou são largamente especulativos. Impossibilidades matemáticas Como a única vida que conhecemos é esta nossa vida na Terra, os estudos científicos sobre as origens da vida se concentram nas condições específicas que encontramos aqui - embora haj

Espelhos planos vão substituir antenas parabólicas

O que entra não precisa ser exatamente o que sai nesses refletores modulados espaço-temporalmente. [Imagem: Los Alamos National Laboratory] Com informações do LANL Antenas-espelho Pesquisadores acabaram de reinventar o espelho - ao menos espelhos que refletem não luz visível, mas as micro-ondas usadas nas telecomunicações. E esses "espelhos de ondas" prometem substituir os conhecidos pratos e cornetas, que vemos nos telhados e nas torres de celular, por telas planas compactas, versáteis e melhor adaptadas às modernas tecnologias de comunicação. E, em vez de lotar os telhados, essas antenas planas poderão revestir as fachadas dos prédios, ampliando a cobertura e eliminando a poluição visual. E não é por acaso que os pesquisadores as chamam de espelhos ou refletores: Em vez da simples reflexão das antenas convencionais, essa nova tecnologia é ativa, lidando com as ondas de forma controlada, o que abre o caminho para a manipulação dessas ondas. "Nossos novos

Hipertelescópio poderá ser construído na Terra, no espaço ou na Lua

O primeiro hipertelescópio do mundo está sendo construído no vale de Ubaye, na França. [Imagem: Antoine Labeyrie/Observatoire de la Cote dAzur] Vendo mais longe Um novo sistema distribuído de câmeras vai permitir que os hipertelescópios capturem a luz de várias estrelas ao mesmo tempo. O design otimizado do telescópio poderá obter imagens de alta resolução de objetos como exoplanetas, pulsares, aglomerados globulares e galáxias distantes, sem contar a possibilidade de rastrear os confins do próprio Sistema Solar, repleto de corpos celestes ainda por serem descobertos, incluindo o Planeta Nove e o Planeta Dez. "Um hipertelescópio multicampo poderá, em princípio, capturar uma imagem altamente detalhada de uma estrela, possivelmente também mostrando seus planetas e até os detalhes da superfície dos planetas. Isso poderá permitir que os planetas fora do nosso Sistema Solar sejam vistos com detalhes suficientes para que a espectroscopia possa ser usada para procurar evidência

Acelerador de partículas terahertz cabe na palma da sua mão

O miniacelerador usa radiação terahertz, que pode ser reciclada para um segundo estágio de aceleração. [Imagem: DESY] Miniacelerador de elétrons Engenheiros alemães vêm trabalhando há alguns anos em miniaceleradores de partículas, versões ultraminiaturizadas de alguns dos maiores laboratórios do mundo, como o LHC, Desy ou o brasileiro Sirius. A equipe acaba de apresentar seu último protótipo: Um acelerador de partículas medindo 1,5 centímetro de comprimento e 0,79 milímetro de diâmetro. E ele veio com uma novidade especial: o aparelho é capaz de reciclar a energia do laser que o alimenta para dar um segundo empurrão nos elétrons que estão sendo acelerados. Isso não apenas representa um ganho de energia, como permite que esses miniaceleradores possam ser cascateados quando for necessário produzir uma energia maior. Acelerador terahertz A miniaturização do dispositivo foi possível porque ele usa radiação terahertz, que tem um comprimento de onda muito curto. "Os aceler

Vida fora da Terra: moléculas orgânicas em Marte e proteínas em meteorito

Os tiofenos foram encontrados em rochas sedimentares analisadas pelo robô Curiosity. [Imagem: NASA/JPL-Caltech/MSSS] Moléculas bióticas em Marte Jacob Heinz (Universidade Técnica de Munique) e Dirk Makuch (Universidade Estadual de Washington) acreditam ter fundamentos para afirmar que moléculas recentemente encontradas em Marte pelo robô Curiosity podem ter origem biológica. As moléculas são tiofenos, compostos orgânicos também encontradas na Terra - no carvão, no petróleo e, curiosamente, nas trufas brancas, famosas entre os amantes da culinária. As moléculas de tiofeno têm quatro átomos de carbono e um átomo de enxofre disposto em forma de anel - e carbono e enxofre são elementos bio-essenciais. Os dois pesquisadores afirmam não poder descartar a origem abiogênica do material, mas apostam em sua origem a partir de processos biológicos. No cenário biológico sugerido pela dupla, bactérias que podem ter existido há mais de três bilhões de anos, quando Marte era mais quente

Nanoantenas magnônicas abrem caminho para computação analógica

A corrente de spins permite variações contínuas, indo além da computação binária. [Imagem: NYU] Computação analógica Uma nova metodologia para gerar e manipular ondas de spin em materiais magnéticos abre caminho para o desenvolvimento de processadores ultraminiaturizados para processamento analógico de informações, o que pode ser extraordinariamente rápido e com baixo consumo de energia em relação à atual computação digital. Essas são promessas da magnônica, que promete processadores milhares de vezes mais rápidos usando ondas de spin, que são propagações de "distúrbios" na estrutura cristalina de materiais magnéticos. Essas ondas são tipicamente descritas como quasipartículas, conhecidas como "magnons", e estabelecem uma espécie de elo entre o "eletro" e o "magnetismo". É por isso que inúmeros grupos ao redor do mundo estão trabalhando para criar os componentes em nanoescala que viabilizem essa nova forma de computação. Agora, Edoa

Criado bioplástico que protege contra radiação ultravioleta

O novo bioplástico é adequado para proteger os produtos da luz solar direta. [Imagem: University of Oulu] Plástico anti-UV Químicos da Universidade de Oulu, na Finlândia, desenvolveram um bioplástico sintético que, diferentemente dos tradicionais plásticos à base de carbono ou de outros bioplásticos, fornece proteção contra a radiação ultravioleta (UV) do Sol. O copolímero à base de biomassa evita que a radiação UV passe graças à sua estrutura baseada em bifuranos - furano é um composto produzido pela destilação da madeira. A transparência do bioplástico é boa o suficiente para aplicações práticas, garante a equipe, como a cobertura de estufas ou áreas de convivência. Além disso, o material funciona como uma barreira física de 3 a 4 vezes mais forte que a do plástico PET padrão. As matérias-primas utilizadas na produção do biopolímero são hidroximetilfurfural (HMF) e furfural, que são produtos de biorrefinarias derivados de celulose e hemicelulose. Ao ligá-los quimicame

Robô macio autônomo para ajudar em desastres e explorar outros planetas

Embora seja inflável, o robô muda de formato sem precisar de liberação ou injeção de ar adicional. [Imagem: Nathan S. Usevitch et al. - 10.1126/scirobotics.aaz0492] Robô inflável Este é um robô flexível, pneumático e autônomo, capaz de navegar pelo ambiente sem precisar de uma conexão a uma fonte de energia ou ar-comprimido estacionária. Além de mostrar a viabilidade da combinação da robótica tradicional com a robótica mole, ele também representa um passo importante no esforço de trazer robôs flexíveis para ambientes humanos, com suas características mais adequadas à interação com as pessoas do que os tradicionais robôs metálicos. Os avanços na robótica mole - ou robótica macia - prometem robôs que ajudem os humanos a levantar objetos pesados ou tirá-los do perigo em casos de acidentes. "A descrição casual desse robô que eu dou às pessoas é o Baymax, do filme Big Hero, misturado com Transformers. Em outras palavras, um robô macio e seguro para os humanos, misturado com

Regiões caóticas em Mercúrio podem ter abrigado formas de vida no passado

A bacia Caloris é a vasta formação no hemisfério norte de Mercúrio Por Daniele Cavalcante Mercúrio é um planeta hostil cujas temperaturas podem ultrapassar os 425 °C, mas, apesar de parecer improvável que tal ambiente possa abrigar vida, uma nova pesquisa diz o contrário. Um grupo de cientistas levanta a possibilidade de que algumas partes abaixo da superfície do planeta possam ter sido capazes de gerar química prebiótica - e talvez algumas formas de vida simples. No planeta mais próximo do Sol, existe uma região chamada Bacia Caloris, extensa cratera de impacto com aproximadamente 1.550 km de diâmetro, que é uma das maiores do Sistema Solar. Ela está cercada por um anel de montanhas de aproximadamente de 2 km de altura. De acordo com o artigo, os terrenos caóticos do lado oposto à Caloris são produzidos pela remoção de grandes volumes de voláteis da crosta superior. Alexis Rodriguez, autor principal do artigo publicado na revista Nature, explica que essa descoberta significa