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Mostrando postagens de abril 8, 2018

“Não existe um tempo universal”: entrevista com o físico Carlo Rovelli

O tempo perguntou pro tempo qual é o tempo que o tempo tem. O tempo respondeu pro tempo que não tem tempo pra dizer pro tempo que o tempo do tempo é o tempo que o tempo tem O tempo é uma das mais fascinantes questões da humanidade e também a que mais interfere nas nossas vidas. São nove meses que nos trazem ao mundo, duas décadas que nos tornam adultos, cinco minutos que nos apressam, dez segundos que nos acalmam, meio século que nos enruga e uma incógnita de voltas no relógio que nos mata. Não foi à toa que virou esse trava-língua infantil – para entendermos desde crianças que, mais fundamental que resolver seus mistérios, é aprender a lidar com eles. O italiano Carlo Rovelli, no entanto, não teme o tempo. Ele acaba de lançar A ordem do tempo , onde encara esses dilemas atemporais munido de referências da Antiguidade Clássica e da física moderna, sem perder de vista a pressa que define o nosso tempo. Sua habilidade para explicar grandes questões da física é reconhecida, inclusi

As cidades perdidas da Amazônia

Kuhikugu, no Xingu: a maior “cidade” já descoberta pelos arqueólogos na amazônia brasileira. (Indio San/Superinteressante) Arqueólogos estão descobrindo que uma parte da floresta já foi "urbana", com cidades enormes conectadas por estradas Por Reinaldo José Lopes É inevitável pensar na floresta amazônica como uma gigantesca mata virgem, praticamente intocada. O.k., todos sabemos que a região é habitada por dezenas de povos indígenas. Mas a ideia predominante no imaginário das pessoas é a de que eles sempre viveram em perfeita harmonia com o ambiente, interferindo o menos possível na natureza e tirando dela apenas o essencial para sua sobrevivência. Ao que tudo indica, essa visão romântica está completamente errada. Não que tenham sido erguidas na Amazônia pirâmides ao estilo das construídas por maias e astecas na América Central – isso continua sendo pura ficção. Mas descobertas arqueológicas feitas nas últimas 3 décadas indicam que, antes de o Brasil ser descoberto,

Como são as novas figuras de Nazca descobertas no Peru

As novas figuras têm representações humanas, e não apenas geométricas ou lineares como as de Nazca (LUIS JAIME CASTILLO/DIEGO OCHOA/PROYECTO PARACAS) Uma descoberta de 50 figuras até então desconhecidas tem aumentado o mistério acerca dos desenhos geoglifos em Nazca, no Peru. Uma equipe de arqueólogos peruanos, apoiados pela revista National Geographic e por outros pesquisadores internacionais, fez a descoberta nas encostas dos vales de Palpa, a cerca de 50 km de onde foram encontradas as primeiras figuras. Elas estão em um local conhecido como Pampa de Nazca, na zona costeira de Paraca, ao sul do Peru. Até hoje, o significado das linhas de Nazca é desconhecido. Alguns pesquisadores consideram que se trata se um calendário. Outros alegam que era um observatório astronômico. Já os mais ousados afirmam que as linhas eram formas de comunicação com extraterrestres. Segundo a equipe de pesquisadores do Projeto Paracas, esses novos desenhos encontrados são mais antigos que os geogli

DNA da batata doce contesta a teoria que os polinésios chegaram à América antes de Colombo

Por: George Dvorsky Cristóvão Colombo chegou às Américas em 1492, mas alguns especialistas dizem que exploradores polinésios chegaram por aqui antes dele. Existe pouca evidência que corrobora com essa teoria, mas cientistas apontam pela presença de batatas doces – uma planta que acreditavam ser nativa das Américas – no Pacífico Sul como prova. No entanto, uma análise genética do popular tubérculo e seus parentes anulou essa hipótese de uma vez por todas. Os primeiros colonizadores da América do Norte provavelmente chegaram da Sibéria pela Beríngia há cerca de 15 mil ou 20 mil anos, mas isso não significa que estes humanos aventureiros fossem os únicos migrantes deste continente. Avalie a hipótese solutreana, por exemplo, que sugere que caçadores e colhedores europeus da Idade da Pedra caminharam por uma ponte de gelo Atlântico Norte até a costa leste da América do Norte há cerca de 18 mil a 25 mil anos, possivelmente alguns milhares de anos antes dos primeiros eurasiáticos começa

Como as mulheres passaram de maioria a raridade nos cursos de informática

Primeira turma de formados no curso de Ciência da Computação do IME/USP, em 1974, na qual as mulheres eram a maioria Evanildo da Silveira De São Paulo para a BBC Brasil Ada Lovelace, Mary Kenneth Keller, Grace Hopper, Dana Ulery, Hedy Lamarr e Kathleen Antonelli são nomes dos quais poucas pessoas já ouviram falar. Em contrapartida, Steve Jobs, Bill Gates e Mark Zuckerberg são conhecidos por quase todo mundo. O que essas mulheres e homens têm em comum é que dedicaram a vida ao universo dos computadores. O que os diferencia é a invisibilidade delas e a fama global deles, embora todos tenham dado grandes contribuições à informática. Além disso, elas foram pioneiras, em uma área com cada vez menos representantes do sexo feminino. Pode parecer surpreendente hoje dia, mas de fato existiu uma época em que as mulheres eram maioria nesse setor. Nos seus primórdios, essas máquinas eram usadas basicamente para realizar cálculos e processamento de dados, atividades então associadas à fun

“Não somos únicos no universo”, diz físico Carlo Rovelli

Autor de best-seller, o cientista fala sobre alienígenas, filosofia e a principal descoberta científica da atualidade Por Marina Demartini, de Exame.com Apesar de ser reconhecido como um dos maiores cientistas da atualidade, o italiano Carlo Rovelli não se considera um físico nato. O amor pela disciplina, que preenche as páginas de seus livros e artigos, surgiu apenas no terceiro ano do bacharelado em física. Segundo ele, foi nessa época que “entendeu que a física era muito mais do que teorias e cálculos.” Essa percepção foi determinante para que, anos mais tarde, Rovelli começasse a escrever sobre diversos mistérios do universo. Como o célebre físico Stephen Hawking, que usou uma linguagem acessível para explicar o universo em “Uma breve história do tempo”, o cientista italiano utilizou história, filosofia e poesia a seu favor para se tornar autor de best-seller. Sua segunda obra, chamada de “Sete breves lições de física”, chegou a ultrapassar o livro “Cinquenta Tons de Cinza

Teoria que dispensa singularidades descarta o Big Bang

Pondo em pratos limpos A teoria da relatividade geral de Einstein tem sido bem-sucedida em explicar fenômenos gravitacionais em uma ampla gama de escalas no Universo. Contudo, em situações de densidades extremas, em objetos astrofísicos muito maciços, como os buracos negros, a teoria falha: os resultados indicam a existência de lugares peculiares no espaço-tempo onde os parâmetros físicos, como a densidade, atingem valores infinitos - são as chamadas singularidades. Nas duas últimas décadas, um conjunto de versões modificadas das leis da gravidade de Einstein tem evitado essas singularidades do espaço-tempo, ao mesmo tempo descrevendo ambientes de elevadas densidades no Universo. Mas há muitas diferenças de opinião entre os físicos. Por isso, Diego Rubiera Garcia e seus colegas do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço e da Universidade de Lisboa, ambos em Portugal, resolveram fazer uma compilação de todas essas teorias e hipóteses, de forma a estabelecer as bases para

Enxames globulares podem hospedar megafusões de buracos negros

Um instantâneo de uma simulação que mostra a formação de um buraco negro binário no centro de um denso enxame estelar. Crédito: Northwestern Visualization/Carl Rodriguez Quando os detetores gêmeos do LIGO captaram pela primeira vez ténues oscilações nos seus respetivos espelhos idênticos, o sinal não apenas forneceu a primeira detecção direta de ondas gravitacionais - também confirmou a existência de buracos negros binários estelares, que deram origem ao sinal em primeiro lugar. Os buracos negros binários estelares são formados quando dois buracos negros, produzidos a partir dos restos de estrelas massivas, começam a orbitar-se um ao outro. Eventualmente, os buracos negros fundem-se numa colisão espetacular que, de acordo com a teoria da relatividade geral de Einstein, deve libertar uma enorme quantidade de energia na forma de ondas gravitacionais. Agora, uma equipe internacional liderada pelo astrofísico Carl Rodriguez do MIT (Massachusetts Institute of Technology) sugere que

Caronte recebe os primeiros nomes oficiais de características à superfície

Mapa de Caronte com as recém-nomeadas características. Crédito: União Astronômica Internacional Exploradores e visionários lendários, reais e fictícios, estão entre os imortalizados pela UAI (União Astronômica Internacional) no primeiro conjunto de nomes oficiais de características à superfície da maior lua de Plutão, Caronte. Os nomes foram propostos pela equipe da New Horizons e aprovados pelo Grupo de Trabalho da UAI para a Nomenclatura de Sistemas Planetários. A UAI, a autoridade internacionalmente reconhecida para dar o nome a corpos celestes e outras características superficiais, aprovou recentemente uma dúzia de designações propostas pela equipe da New Horizons da NASA, que liderou o primeiro reconhecimento de Plutão e das suas luas em 2015 com a sonda New Horizons. A equipe da New Horizons tinha vindo a usar muitos dos nomes escolhidos, informalmente, para descrever os vários vales, fendas e crateras descobertas durante o primeiro olhar de perto da superfície de Caronte.

Na Rota das Luzes - 1º episódio "Ubituba Pode Ser Abandonada"

O objetivo do grupo ufologia na Amazônia é resgatar a memória dos fatos ocorridos, preservando ao máximo o relato de cada testemunha, através de um documentário no formato de web série a ser distribuído na Internet após o fim das gravações previstas para novembro de 2018. As gravações do documentário começaram, ainda, em 2017. No dia 30 de abril de 2017, por iniciativa de alguns integrantes do grupo foram feitas algumas pré-produções e gravações. Com esta campanha, iniciada no dia 30 de março, o grupo Ufologia na Amazônia espera retomar as locações em outras regiões e, assim, poder concluir o projeto. Um episódio já pronto é o “Umbituba pode ser abandonada”, título que faz referência a manchete do jornal A Província do Pará, que alertava sobre a passagem de estranhas luzes que estariam atacando a população daquela localidade no Pará. Neste episódio, o depoimento inédito do então prefeito de Vigia, José Ildone Favacho, conta como os fatos ocorreram na região, que foi o ponta p

Arquivo Ovni: Vitorio Pacaccini apresenta o Caso Varginha em Roswell, Novo México (USA)

Foto/Revista Ufo Vitorio Pacaccini foi uma dos principais investigadores do Caso Varginha, tendo ele encabeçado junto do Ubirajara Franco Rodrigues, as investigações in loco, o que levou a escrever o detalhado livro "Incidente em Varginha - Criaturas do espaço no Sul de Minas”. A publicação foi a primeira a tratar o caso e incluía depoimentos de militares, ufólogos, reportagens de jornais locais e até uma sindicância interna do Exército. Pacaccini foi alvo do IPM aberto pelo Exército, mas terminou inocentado. O inquérito concluiu que o caso não havia passado de um grande mal entendido, e que a criatura avistada pelas meninas seria, na verdade, um morador da cidade, o que jamais foi confirmado. As três garotas na época testemunhas do fato, jamais foram ouvidas pelo exército, fato este que gera muita estranheza e inúmeras contradições. Alguns anos após a publicação do livro, Pacaccini “desapareceu dos holofotes” e não falou mais sobre o caso. Chegou-se a criar páginas nas red

Orgias e encontros sexuais eram comuns no Império Otomano, mostra livro

ILUSTRAÇÃO DO LIVRO "A SHAYKH REMEMBERS HIS YOUTH" (FOTO: REPRODUÇÃO) Pessoas de sexos diferentes ou do mesmo, das mais variadas cores e raças, todas participando de uma grande orgia: esse era um cenário típico durante a vida do Império Otomano durante o século 19, sociedade em que as peças de roupas não eram tão fundamentais assim. Prova disso são antigas ilustrações e manuscritos, datados há 200 anos, que retratam como era a vida sexual do povo turco naquela época. Esses conteúdos estão reunidos no livro A Shaykh Remembers His Youth” (Um xeique se lembra de sua juventude, em tradução livre do inglês). Essa obra erótica e histórica ainda não tem dono – e quem quiser se aventurar em suas páginas e conhecer mais sobre a vida sexual do povo otomano poderá tentar arrematá-la em um leilão do qual ela fará parte em abril, na casa de leilões Sotheby's, em Londres. O valor do livro inicial do livro girará em torno de 250 a 350 mil libras esterlinas (aproximadamente R$ 1,2

Placas revelam segredos de "cidade dos mortos" de civilização antiga

PLACA RETRATA MAAT, A DEUSA DA JUSTIÇA (FOTO: VINCENT FRANCIGNY / SEDEINGA ARCHAEOLOGICAL MISSION) A região de Sedeinga, no Sudão, intriga arqueólogos há décadas. Relatos do século 19 descrevem um local cheio de relíquias do Antigo Egito, entre as quais estaria a tumba da rainha Tiye, avó de Tutancâmon e uma das mais importantes figuras do período. Ao vasculhar o local, pesquisadores do Centro Nacional de Pesquisa Científica Francês (CNRS) e da Unidade Frances de Serviços Arqueológicos no Sudão (SFDAS) encontraram placas de pedra com inscrições descrevendo um pouco de sua época. Sedeinga faz parte de um território que compunha Núbia, lar dos primeiros reinos africanos e um dos maiores depósitos de ouro do Antigo Egito. A região contava com uma necrópole, uma "cidade dos mortos" de mais de 25 hectares de extensão. O grande cemitério possui vestígios de 80 pirâmides e mais de 100 tumbas. Segundo os arqueólogos, as tumbas são dos reinos de Napata e Meroe, que formavam uma

Partes do Brasil e da China podem ter sido vizinhas há 2 bilhões de anos

MURALHA DA CHINA (FOTO: PIXABAY) Estudo sugere que partes dos terrenos geológicos dos dois países foram formadas juntas na era do supercontinente Colúmbia, muito antes da Pangeia No meio do caminho, tinha uma grafita na China. Tinha um grafita no meio do caminho de Minas Gerais também. Wilson Teixeira, professor do Instituto de Geociências da USP, não esqueceria desse fato nunca. Na verdade, acabaria percebendo que, de alguma forma, aqueles dois lugares que hoje estão a 17 mil quilômetros de distância um do outro, estiveram unidos em algum momento da vida do planeta. Em artigo publicado no periódico Precambrian Research, Teixeira e outros pesquisadores brasileiros e chineses apresentaram evidências de que as regiões de Jiao-Liao-Ji, no nordeste da China, e de Itapecerica, em Minas Gerais, teriam sido formadas lado a lado entre 1,9 e 1,8 bilhão de anos atrás. Nessa época, as massas continentais da Terra estavam dispostas de uma forma muito diferente da atual. Em realidade, elas

Talvez nós já tenhamos encontrado aliens. Só que ninguém percebeu.

(NASA, ESA, the Hubble Heritage Team/Reprodução) Cientistas espanhóis propõem algo ousado: é bem provável que o ser humano já tenha passado batido por sinais óbvios de vida inteligente em outros planetas Por Bruno Vaiano Vamos começar com um experimento científico. No vídeo abaixo, há seis pessoas, três de camisa preta, três de camisa branca. Elas estão fazendo passes com bolas de basquete. Sua missão, leitor, é simples: contar quantos passes foram feitos pelas que estão de camisa branca. Não pode confundir. Terminou? Legal. Contou quantos? 15? 16? E o cara fantasiado de gorila que se enfiou no meio do vídeo, o que achou dele? Como assim? Você não viu ninguém fantasiado de gorila? Então assista de novo, porque ele está lá. Esse experimento , feito em Harvard em 1999, é um dos mais famosos da história da psicologia. Mais da metade das cobaias simplesmente não nota quando o homem primata surge no take, por mais óbvia que seja sua presença. É a prova de que nosso cérebro,