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Mostrando postagens de março 8, 2020

Cientistas descobrem que gás e poeira impedem planetas de engolirem suas luas

Conceito artístico de uma lua se formando em torno de um planeta gigante de gás que também ainda está em fase de formação, em torno de uma estrela (Imagem: Nagoya University) Por Daniele Cavalcante Durante muito tempo, astrônomos teorizaram que a formação das luas no Sistema Solar é fruto de discos de poeira girando ao redor dos planetas ainda em formação. Ou seja, os satélites naturais teriam se formado com os planetas. Mas pesquisas mostram que essa teoria poderia ser falha. Um novo estudo, porém, revelou mais surpresas sobre o tema. Anteriormente, cientistas realizaram simulações que não apenas contradizem a teoria dos discos, como também trouxeram resultados inconsistentes com o que vemos em todo o Sistema Solar. Essas simulações resultaram em todas as luas grandes caindo em seus respectivos planetas e sendo engolidas. Outro resultado foi a formação de várias luas grandes, que não existem de fato - Saturno, por exemplo, tem muitas luas pequenas ao seu redor. Isso significa

Wasp-76b: o exótico e inóspito mega planeta onde 'chove ferro'

A noite seria quente, mas fria o suficiente para uma chuva de gotas de ferro - ESO/M.KORNMESSER Jonathan Amos Repórter de Ciência da BBC Astrônomos observaram um planeta distante onde provavelmente "chove ferro". Parece um filme de ficção científica, mas é a natureza de um dos mundos mais extremos que estamos descobrindo agora. Wasp-76b, como é conhecido, orbita tão perto de sua estrela, que suas temperaturas durante o dia excedem 2.400°C — calor suficiente para vaporizar metais. A período da noite do planeta, por sua vez, é 1.000°C mais frio, permitindo que esses metais condensem e caiam como chuva. É um ambiente bizarro, de acordo com David Ehrenreich, da Universidade de Gênova. "Imagina que em vez de um chuvisco de gotas de água, você tem gotas de ferro caindo", ele diz à BBC News. O pesquisador suíço e colegas acabam de publicar seus achados sobre esse lugar estranho no periódico Nature. A equipe descreve como usou o novo instrumento Espresso

Supermicroscópio filma mundo quântico

Os pulsos ultracurtos da câmera de attossegundos revelam o tunelamento no qual os elétrons (azul) superam a lacuna entre a ponta e a amostra, mostrando um pacote de ondas eletrônicas (onda colorida) com resolução espacial atômica. [Imagem: Christian Hackenberger] Microscópio ultra-rápido para o mundo quântico A operação de componentes para os computadores do futuro agora pode ser filmada em qualidade HD, por assim dizer. Manish Garg e Klaus Kern, do Instituto Max Planck de Pesquisa do Estado Sólido, na Alemanha, desenvolveram um microscópio capaz de filmar os processos extremamente rápidos que ocorrem na escala das moléculas, átomos e partículas subatômicas. Esse microscópio - uma espécie de câmera HD para o mundo quântico - permite o rastreamento preciso dos movimentos dos elétrons até o átomo individual. Com isto, ele deverá fornecer informações essenciais para o desenvolvimento de componentes eletrônicos extremamente rápidos e extremamente pequenos. Quando se trata de

Descoberta estrela que pulsa de um lado só

A pulsação unilateral da estrela faz com que ela tenha o formato de uma gota. [Imagem: Gabriel Pérez Díaz (IAC)] Novo tipo de estrela pulsante Duas equipes de astrônomos descreveram pela primeira vez uma estrela incomum, uma estrela binária que pulsa de um lado só. A estrela que pulsa de apenas um lado está aqui mesmo na Via Láctea, a cerca de 1.500 anos-luz da Terra. Seu nome é HD74423 e ela tem 1,7 vezes a massa do Sol. É o primeiro corpo celeste desse tipo a ser encontrado, embora os astrônomos esperem agora encontrar outros sistemas similares, à medida que a tecnologia para sondar o coração pulsante das estrelas melhora. De fato, os dados vieram de equipamentos só recentemente instalados no Telescópio Europeu do Sul (ESO), no Chile. Estes equipamentos estão sendo usados para o Projeto SPECULOOS, que procura exoplanetas habitáveis orbitando estrelas frias. Dados do TESS, um telescópio espacial caçador de exoplanetas também foram usados. A descoberta do comportamento in

Dias eram meia hora mais curtos há 70 milhões de anos

As camadas diárias e sazonais são visíveis nessa seção transversal do molusco rudista Torreites sanchezi. O destaque à direita mostra imagens microscópicas das lâminas diárias, em grupos provavelmente ligados aos ciclos de maré de 14/28 dias. [Imagem: Niels J. de Winter et al. - 10.1029/2019PA003723] Duração de um dia A Terra girava mais rapidamente em torno do seu próprio eixo no final dos tempos dos dinossauros do que hoje. Nosso planeta girava 372 vezes por ano, em comparação com as atuais 365 rotações. Isso significa que um dia durava apenas 23 horas e meia. A duração de um ano tem sido constante ao longo da história da Terra porque a órbita da Terra ao redor do Sol não muda. Mas o número de dias dentro de um ano foi diminuindo ao longo do tempo porque os dias cresceram. A conclusão foi tirada da análise de conchas fósseis de moluscos que viveram no final do Cretáceo e que foram encontradas no deserto de Omã. O molusco, de um grupo já extinto e conhecido como rudistas

NASA quer sua ajuda para projetar robô que irá explorar Vênus

O robô que irá explorar Vênus será um aerocarro. [Imagem: NASA/JPL-Caltech] Concurso para robôs de Vênus O Laboratório de Propulsão a Jato da NASA lançou um desafio público para desenvolver um sensor de prevenção de obstáculos para um futuro veículo robótico espacial, que deverá explorar o planeta Vênus. O desafio "Explorando o inferno: evitando obstáculos em um rover automático" pretende identificar o melhor projeto do público para um sensor que possa ser incorporado ao robô. Por que a NASA está pedindo ajuda? Por que nenhum sensor conhecido consegue operar nas condições extremas de Vênus, ainda que a própria NASA trabalhe há alguns anos com uma eletrônica capaz de funcionar em Vênus. Embora várias missões tenham visitado o planeta, apenas cerca de uma dúzia fez contato com a superfície de Vênus antes de sucumbir rapidamente ao calor e pressão opressivos. A última sonda a tocar a superfície do planeta, a soviética Vega 2, que pousou lá em 1985, registrou uma te

Conjunto de telescópios vai ajudar na busca por vida alienígena

O centro da galáxia Via Láctea, como visualizado pelas câmeras infravermelhas do Telescópio Espacial Spitzer. Imagem: NASA, JPL-Caltech, Susan Stolovy (SSC/Caltech) et al. Por George Dvorsky Está prevista a construção de um grande conjunto telescópico dedicado à detecção de fontes naturais e artificiais de luz óptica e infravermelha. Uma vez operacional, o sistema, chamado PANOSETI, será capaz de escanear o céu inteiro, aumentando significativamente nossas chances de detectar sinais de laser alienígenas. Em desenvolvimento desde 2018, o PANOSETI, sigla de “Pulsed All-sky Near-infrared Optical SETI (Search for Extraterrestrial Intelligence; “busca por inteligência extraterrestre”, em tradução livre)”, atualmente consiste em dois protótipos de telescópios estacionados no Observatório Lick, perto de San Jose, Califórnia, de acordo com um comunicado de imprensa da UC San Diego. Esses telescópios começaram a coletar dados brutos, permitindo que os pesquisadores, liderados pelo físic

NASA ficará 11 meses sem comunicação com a Voyager 2 a partir desta semana

Sírio da DSN em Camberra (Foto: NASA) Por Patrícia Gnipper A partir desta semana (e pelos próximos 11 meses), a NASA não conseguirá mais se comunicar com a Voyager 2, lançada em 1977 para explorar o Sistema Solar e que, hoje, está nos enviando dados científicos preciosos sobre os limites do Sistema Solar, enquanto navega pelo espaço interestelar. É que a rede de antenas usadas para tal contato está precisando urgentemente passar por um período de manutenção, com parte de suas operações permanecendo offline enquanto isso. A rede em questão é a Deep Space Network (DSN). Trata-se de uma rede internacional de antenas que permitem a comunicação entre a Terra e diversas naves espaciais já lançadas tanto pela NASA quanto por outras agências espaciais — e isso inclui a Voyager 2. Tais antenas estão localizadas no Deserto de Mojave (Estados Unidos), nas proximidades de Madrid (Espanha) e em Camberra (Austrália). Com essas localidades estratégicas, a agência espacial consegue constantemen

Alinhamento planetário favorece envio de nave a Urano e Netuno nos anos 2030

Urano e Netuno vistos pela Voyager 2 (Foto: NASA) Por Patrícia Gnipper Na próxima década, teremos uma chance rara de fazer com que naves espaciais cheguem a Urano e Netuno mais rapidamente. É que um alinhamento planetário entre ambos e Júpiter acontecerá o início de 2030, permitindo que uma espaçonave use a ação gravitacional do maior gigante gasoso como um impulso e tanto para chegar aos dois últimos planetas do Sistema Solar. Só que, para isso, tais missões já deveriam estar ao menos na mesa de projetos — do contrário, não haverá tempo hábil para aproveitar a oportunidade. Aproveitar essa chance significa, além de uma viagem mais curta (e, portanto, estudos científicos e descobertas demorariam menos para acontecer), economia de combustível, pois a nave usaria menos combustível em sua viagem ao se aproveitar do impulso gravitacional joviano. Outra consequência de se carregar menos combustível é ganhar espaço para levar a bordo ainda mais instrumentos científicos. Para tirar p

Astrônomos usam organismo unicelular para mapear a teia de filamentos cósmicos

Por Daniele Cavalcante Astrônomos estão usando um pequeno tipo de organismo unicelular conhecido como “blob” para mapear a teia cósmica, considerada a “espinha dorsal” em larga escala do universo. É que esses organismos constroem redes semelhantes a teias e comparáveis aos filamentos criados pela gravidade por todo o cosmos. O organismo do qual estamos falando é o Physarum polycephalum, um protista que anteriormente era considerado um fungo. Ele cria complexas redes de filamentos em busca de alimentos, quase sempre encontrando os melhores caminhos para conectar diferentes locais no espaço. De modo semelhante, a gravidade, que molda o universo deixando todas as coisas em seus devidos lugares, constrói uma vasta estrutura de filamentos em forma de teia de aranha, conectando galáxias e aglomerados de galáxias ao longo de tubos invisíveis de gás e matéria escura com centenas de milhões de anos-luz de comprimento. Percebendo que há uma estranha semelhança entre as duas teias de fi

Matéria de Capa: tecnologias do futuro

Sistemas de computação impenetráveis para hackers? Máquinas capazes de fazer em minutos tarefas que os computadores atuais levariam milhares de anos para completar? O que é a computação quântica? A tecnologia caminha a passos rápidos e também promete avanços científicos que melhorarão a vida das pessoas. A resposta para essas perguntas, você confere nesta edição do Matéria de Capa. FONTE: Matéria de Capa

O quão perigoso é o Coronavírus?

O Coronavírus chegou ao status de epidemia, e isso é preocupante. Mas o quão preocupados devemos ficar? O quão perigoso é o Coronavírus? Como eu faço para me proteger e evitar infecções? FONTE: Ciência Todo Dia