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Mostrando postagens de novembro 11, 2018

Vasp 169: o dia em que piloto e passageiros viram um óvni em voo

Comandante Gerson Maciel de Britto avisou aos 150 passageiros sobre a presença do ovni (Geraldo Guimarães/Estadão) Por Vinícius Casagrande Há cerca de pouco mais de um mês, foi divulgada a história de seis pilotos que teriam avistado diversos objetos voadores não identificados no céu do norte do Chile. O caso teria ocorrido no dia 7 maio, mas divulgado somente em outubro. Casos assim não são inéditos na história da aviação. No Brasil, o mais famoso aconteceu durante o voo 169 da Vasp, entre Fortaleza (CE) e Rio de Janeiro, em 22 de fevereiro de 1982. O comandante do Boeing 727, Gerson Maciel de Britto, contou ter avistado um objeto voador luminoso e relatado isso a todos os 150 passageiros – que, em boa parte, foram para as janelas tentar ver o objeto. Segundo o comandante, o objeto foi visto pela primeira vez por volta das 3h da madrugada, quando o avião sobrevoava o estado da Bahia, e acompanhou a aeronave até pouco antes do pouso no Rio de Janeiro. Britto chegou a comuni

A dança das galáxias pequenas que rodeiam a Via Láctea

Os movimentos de 39 galáxias anãs. No fundo vemos a imagem construída a partir de fontes pontuais pelo Gaia. Só podemos ver as galáxias anãs mais brilhantes, e até elas são pouco visíveis. As galáxias estão legendadas com os seus nomes e as setas mostram a direção do seu movimento em relação ao centro da Via Láctea. A cor indica a direção radial: aquelas a azul são a aproximar-se do centro, aquelas a vermelho estão a afastar-se. Crédito: DPAC (Data Processing and Analysis Constium) do Gaia; A. Moitinho/AF Silva/M. Barros/C. Barata, Universidade de Lisboa, Portugal; H. Savietto, Investigação Fork, Portugal Uma equipe internacional, liderada por investigadores do Instituto de Astrofísica das Canárias, usou dados do satélite Gaia da ESA para medir o movimento de 39 galáxias anãs. Estes dados fornecem informações sobre a dinâmica destas galáxias, as suas histórias e as suas interações com a Via Láctea. Em redor da Via Láctea existem muitas galáxias pequenas (anãs), que podem ser deze

Gaia avista galáxia "fantasma" ao lado da Via Láctea

Da esquerda para a direita: a Grande Nuvem de Magalhães, a Via Láctea e Antlia 2. Crédito: V. Belokurov com base em imagens por Marcus e Gail Davies e Robert Gendler O satélite Gaia avistou uma enorme galáxia "fantasma" situada nos arredores da Via Láctea. Uma equipe internacional de astrônomos descobriu o objeto massivo quando vasculhava dados da missão da ESA. O objeto, de nome Antlia 2 (ou Ant 2), tem evitado a detecção até agora devido à sua densidade extremamente baixa, bem como devido ao seu esconderijo perfeito, atrás do manto do disco da Via Láctea. Ant 2 é conhecida como uma galáxia anã. À medida que as estruturas surgiram no início do Universo, as anãs foram as primeiras galáxias formadas, de modo que a maioria das suas estrelas são velhas, de baixa massa e pobres em metal. Mas, em comparação com as outras satélites anãs conhecidas da nossa Galáxia, Ant 2 é enorme: é tão grande quanto a Grande Nuvem de Magalhães e tem um-terço do tamanho da própria Via Láctea.

Planetas são maiores do que os discos que os originam?

Esta é uma concepção artística de uma estrela jovem rodeada por um disco protoplanetário, no qual hipoteticamente os planetas se formariam. [Imagem: ESO/L. Calçada] Formação dos planetas Os astrônomos acreditam que os planetas se formam quando o material que restou da formação de uma estrela, e que fica circundando essa estrela, acaba se aglomerando. Ninguém sabe exatamente por meio de que processo ou mecanismo essa poeira se aglomera, já que é igualmente plausível propor que ela se esfacelaria cada vez mais à medida que os grânulos vão se chocando. Assim, ao menos por enquanto, os cientistas se contentam em dizer que isso acontece "ao longo de milhões de anos", já que um bocado de coisas pode acontecer em um milhão de anos, ainda que não tenhamos conseguido imaginar exatamente o quê. Mas a coisa ficou um pouquinho mais complicada quando Carlo Manara e seus colegas do ESO (Observatório Europeu do Sul) se dispuseram justamente a tentar encontrar alguma pista sobre o

Esta imagem das nuvens de Júpiter é a mais recente capturada pela Juno

Por George Dvorsky O maior planeta em nosso Sistema Solar é também o mais bonito, como revela a mais recente imagem capturada pela Juno. Desde a sua chegada a Júpiter, em 5 de julho de 2016, a espaçonave Juno, da NASA, completou 16 sobrevoos próximos — chamados de “perijoves” — do gigante de gás. A cada perijove sucessivo, a espaçonave chega cada vez mais perto do planeta, permitindo que a sonda tire fotos cada vez mais nítidas com sua JunoCam, de alta resolução. A imagem mais recente , tirada em 29 de outubro, quando a Juno estava a apenas sete mil quilômetros dos topos das nuvens de Júpiter, é uma das melhores já registradas. Imagem: NASA/JPL-Caltech/SwRI/MSSS/Gerald Eichstädt/Seán Doran Essa foto com cor aprimorada mostra o Cinturão Temperado Norte de Júpiter, uma faixa laranja-avermelhada proeminente que está localizada em uma latitude de cerca de 40 graus ao norte. Uma grande tempestade anticiclônica, conhecida como oval branca, aparece em destaque na foto, juntamente

Contra perseguição de esquerda e de direita, acadêmicos criam revista científica 'anônima'

Para Jeff McMahan, universidade precisa discutir de forma mais aberta Por Martin Rosenbaum University Unchallenged, BBC Radio 4 Um grupo de pesquisadores de várias universidades ao redor do mundo está organizando o lançamento de um novo periódico científico no qual os autores de artigos sobre temas sensíveis ou "polêmicos" poderão publicar os resultados de sua pesquisa protegidos por pseudônimos. Para os líderes da iniciativa, a livre discussão intelectual em assuntos sensíveis está sendo cerceada por uma cultura de medo e de autocensura. A nova revista científica foi batizada de "Journal of Controversial Ideas" (algo como "Periódico das Ideias Controversas", em tradução livre). Será lançada no começo de 2019. Jeff McMahan, professor de filosofia moral da Universidade de Oxford, é um dos organizadores. "(O periódico) permitirá às pessoas cujas ideias podem criar problemas com a direita, com a esquerda ou com as administrações de suas unive

Matéria de Capa | Destino, o Sol | 11/11/2018

A insígnia da missão Como se explica que as temperaturas do Sol são mais altas na camada externa do que na superfície? Esta é apenas uma das questões que os cientistas esperam responder com base nas informações enviadas pela Nave Parker, que acaba de bater recorde de aproximação do Sol. Outra questão é se o misterioso asteroide que passou recentemente pela Terra é na verdade uma nave alienígena? FONTE: Matéria de Capa

Primeira chuva no Atacama em 500 anos destrói vários micróbios

POUCAS ESPÉCIES DE MICRÓBIOS AINDA SOBREVIVEM NO DESERTO DO ATACAMA APÓS CHUVAS (FOTO: PIXABAY/TRAVELCOFFEEBOOK/CREATIVE COMMONS) Deserto chileno abrigava 16 espécies que se adaptaram à seca e não sobreviveram à umidade Quando as chuvas caíram no deserto de Atacama, no Chile, pela primeira vez em séculos, cientistas esperavam ver a vida florescer. Em vez disso, quase todas espécies microbianas morreram. A chocante descoberta foi publicada na revista científica Scientific Reports . A mudança climática no Oceano Pacífico resultou em chuva árida no deserto em 25 de março e 9 de agosto de 2015, e novamente em 7 de junho de 2017. Não houve evidências de chuva nesta região nos últimos 500 anos, embora relatórios do clima sugerem que isso deve ocorrer a cada século. Uma equipe internacional de astrobiólogos que estuda a região estava "esperando por floresções e desertos majestosos", disse Alberto Fairén, da Universidade Cornell, nos Estados Unidos. "Mas foi o contrário

Desenhos da Era do Gelo são encontrados em cavernas na França

FIGURA DE CERVO FOI ENCONTRADA APÓS ANÁLISES DE PROCESSAMENTO DE IMAGEM (FOTO: CHRISTIAN HOYER, FLOSS WORKING GROUP, UNIVERSITY OF TÜBINGEN) Datação por carbono-14 revelou que figuras de animais, datas e nomes têm cerca de 12 mil anos Arqueólogos suspeitavam que as duas cavernas Grottes d'Agneux, localizadas no leste da França, poderiam abrigar pinturas produzidas há milhares de anos. Mas as paredes da estrutura natural estavam tão cobertas com camadas de grafites dos séculos 16 a 19 que a antiga arte ficou escondida por centenas de anos. Após análises científicas, foram descobertas gravuras de animais datadas de 12 mil anos atrás, da Era do Gelo. Especialistas da Universidade de Tubinga, na Alemanha, e pesquisadores da Espanha usaram uma tecnologia de escaneamento para examinar as camadas, reconstruindo imagens pré-históricas de um cavalo e um cervo. Os desenhos que cobriam as paredes eram inscrições de nomes, datas e algumas figuras. Segundo o pesquisador alemão Harald

Irlanda investiga aparição de Ovnis reportada por diferentes pilotos

A Autoridade de Aviação Irlandesa abriu nesta terça-feira uma investigação sigilosa sobre objetos luminosos observados por diferentes pilotos de empresas áreas no espaço aéreo do país (Foto meramente ilustrativa) A Autoridade de Aviação Irlandesa ( IAA , na sigla em inglês) abriu, nesta terça-feira (13/11), uma investigação confidencial para apurar a aparição de objetos voadores não identificados (Ovnis) no espaço aéreo do país. O Processo foi motivado por diferentes relatos de pilotos de empresas aéreas que reportaram a aparição de objetos luminosos não identificados, que se deslocavam em altíssima velocidade no céu sobre a costa sudoeste da Irlanda. O primeiro a descrever os pontos de luz, às 6h47 da sexta-feira (9/11), foi um piloto da British Airways, que contatou o controle aéreo de Shannon e perguntou se o evento se tratava de algum exercício militar. Porém, o controlador aéreo respondeu que não havia nada registrado nos radares. Pouco depois, outro piloto que comandava

Astrônomos fazem observação direta de planeta orbitando estrela a 63 anos-luz

Por Patrícia Gnipper Nas últimas décadas, estamos descobrindo milhares de exoplanetas — aqueles que orbitam estrelas que não sejam o nosso Sol. A maioria dessas descobertas se dá pela análise do trânsito, quando o planeta passa em frente à sua estrela e, durante esse movimento, o brilho da estrela apresenta variações detectáveis à distância, indicando, então, que um mundo grande o suficiente para ser considerado um planeta está passando por ali. Outro método para detectar exoplanetas é a análise da influência gravitacional, quando a gravidade deste objeto exerce influência sobre outro (ou outros) em sua região. E pouquíssimos exoplanetas já foram observados diretamente em comprimentos de onda visível ou infravermelha. Mas um deles é o Beta Pictoris b, planeta jovem e maciço descoberto em 2008 pela equipe do ESO (European Southern Observatory). Agora, dez anos depois, a mesma equipe decidiu rastrear o movimento do planeta ao redor de sua estrela, e conseguiu registrar imagens impr

Gravuras de 2 mil anos são descobertas em cisterna no deserto de Israel

DESENHOS DE NAVIOS SÃO CONSISTENTES COM EMBARCAÇÕES ANTIGAS (FOTO: ISRAEL ANTIQUITIES AUTHORITY) Especialistas não sabem dizer quem teria feito desenhos que representam navios e animais Arqueólogos encontraram, por acaso, uma antiga cisterna (reservatório de água) na cidade de Bersebá, no deserto do sul de Israel. A estrutura tem 12 metros de profundidade e cerca de 5 por 5,5 metros de diâmetro. Uma escadaria leva até o fundo da cisterna, onde as paredes possuem linhas fracas que foram reconhecidas como desenhos. As gravuras representam 13 navios, um marinheiro e várias figuras animais de zoomorfismo. Segundo Davida Eisenberg-Degen, especialista em arte rupestre, os navios são bem detalhadados e mostram características consistentes com a construção de embarcações que correspondem ao período bíblico. ESCADARIA LEVA ATÉ O FUNDO DA CISTERNA (FOTO: ISRAEL ANTIQUITIES AUTHORITY) Com base no reboco das escadas e no estilo de todo o reservatório, foi concluído que a sua construç

As águas dos oceanos estão sendo puxadas para o interior da Terra

TERRA TEM ABSORVIDO GRANDES QUANTIDADES DE ÁGUA DOS OCEANOS (FOTO: REPRODUÇÃO NEWSWEEK) Estudo revela que, por meio das subducções localizadas nas falhas geológicas, as águas dos oceanos são levadas por quilômetros até o interior do planeta Um estudo publicado na revista Nature aponta que as águas dos oceanos estão sendo sugadas para o interior da Terra em uma proporção três vezes maior do que o normal. Elas passam pelas zonas de subducção, que são enormes fissuras localizadas nos limites das placas tectônicas. Quando ambas colidem, elas arrastam essa água por quilômetros adentro, concluíram os cientistas. O pesquisador Douglas Wiens e colegas da Universidade de Washington em St. Louis estudaram essa subducção de água nas Fossas das Marianas, no Oceano Pacífico. Trata-se do ponto natural mais profundo da Terra, estendendo-se quase 11 quilômetros abaixo do nível do mar. O sistema de subducção fica entre uma falha entre as placas do Pacífico e de Mariana. Wiens explica que quand

Uma superterra na Estrela de Barnard

Concepção artística do planeta descoberto ao redor da Estrela de Barnard, a 6 anos-luz da Terra. (Crédito: ESO) Salvador Nogueira Com muito processamento e cerca de 20 anos de dados de observações, um grupo internacional de astrônomos detectou evidências de um planeta orbitando a Estrela de Barnard, localizada a apenas 6 anos-luz de distância. Trata-se da estrela solitária mais próxima do Sol, que só não está mais perto que o sistema trinário Alfa Centauri (4,3 anos-luz). Isso anima os pesquisadores quanto às possibilidades de fazer observações diretas da luz do planeta com a próxima geração de telescópios e, assim, caracterizá-lo detalhadamente. O planeta é uma superterra — com porte um pouco maior que o do nosso — e completa uma volta em torno de sua estrela a cada 233 dias. Se fosse no Sistema Solar, sua órbita seria um pouquinho maior que a de Vênus. Mas a Estrela de Barnard é bem menor e menos brilhante que o Sol, o que significa que, a essa distância, o mundo recém-descob

As mentes por trás do maior acelerador de partículas do Brasil

Prédio semelhante a uma arena de futebol, orçado em R$ 1,8 bilhão, é a maior construção científica já feita no Brasil (FELIX LIMA/BBC NEWS BRASIL) Felipe Souza Da BBC News Brasil em São Paulo Poucas pessoas que observam a estrutura gigante erguida em uma área rural de Campinas, a 93 km de São Paulo, fazem ideia do que se trata. A construção circular e envidraçada lembra um shopping center ou as novas arenas de futebol brasileiras. Nem mesmo alguns funcionários do local sabem explicar o que é o Projeto Sirius, obra do governo federal estimada em R$ 1,8 bilhão. "Até já me falaram, mas eu não sei te dizer. É melhor você perguntar para um cientista", disse um operador de empilhadeira à reportagem da BBC News Brasil. O Sirius, construído e mantido pelo Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), será a maior e mais avançada fonte de luz síncrotron, um tipo de radiação eletromagnética de alto fluxo e alto brilho produzida quando partículas carregadas, acel

Desenho com o rosto de Jesus é encontrado em igreja de 1,5 mil anos

LINHAS EM PRETO DESTACAM A PINTURA QUE RETRATARIA O ROSTO DE JESUS (FOTO: DIVULGAÇÃO/DROR MAAYAN) Arqueólogos realizaram a descoberta em uma cidade abandonada que fica no deserto de Negev, em Israel A arqueólogaEmma Maayan-Fanar, da Universidade de Haifa, encontrou uma pintura de ao menos 1,5 mil anos que retrata o rosto de Jesus. A descoberta foi realizada nas ruínas de Shivta, uma antiga cidade agrícola construída pelo Império Bizantino e que está localizada no deserto de Negev, ao sudoeste do território israelense. A pintura já havia sido relatada por arqueólogos na década de 1920, mas seu estado de conservação estava muito ruim e não despertou a atenção dos pesquisadores. A importância do desenho, localizado em uma ruína que seria uma pia batismal, foi resgatada pelo olhar cuidadoso de Maayan-Fanar: acompanhada de seu marido, que é fotógrafo profissional, ela realizou os registros detalhados das imagens encontradas nas ruínas de Shivta. Para facilitar a visualização da pintu

Os primeiros animais no espaço foram moscas, à bordo de um foguete nazista

A mosca Drosophila melanogaster visitou o céu em 1947, dez anos antes de Laika entrar em órbita – em um míssil balístico V-2 alemão capturado pelos EUA (Seamni/Arte Superinteressante/Montagem sobre reprodução) Por Bruno Vaiano Tudo começou em 1910, em uma sala de 35 m² no 3º andar da Universidade Columbia, em Nova York. O cafofo – até grande para os padrões de uma quitinete, mas minúsculo para os de um laboratório – era ocupado pelo biólogo Thomas Hunt Morgan, seus alunos e… moscas. Muitas e muitas moscas da espécie Drosophila melanogaster, armazenadas em garrafas de leite. Bananas maduras, quase podres, eram usadas às dezenas para atrai-las e alimentá-las. Quem visitou o local, nessa época, não esquece o cheiro. Insalubridade à parte, Morgan estava entusiasmado. Após analisar milhares de moscas no microscópio, havia encontrado algumas com traços genéticos bastante peculiares, como olhos brancos, em vez de vermelhos. Cruzando moscas mutantes e normais – de maneira similar ao que