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Mostrando postagens de abril 1, 2018

O dia em que a CIA sequestrou uma nave espacial da União Soviética

Durante giro internacional em que a União Soviética exibiu seus feitos espaciais, agentes americanos sequestraram uma nave do programa Luna Pouco mais de 8 horas: esse foi o tempo que quatro agentes da CIA (agência de inteligência americana) tiveram para desarmar, fotografar e remontar uma famosa nave espacial soviética. Sem deixar rastros. Isso aconteceu há cerca de 60 anos - em algum momento entre 1959 e 1960, mas documentos secretos da agência não deixam claro uma data mais exata. O período era de tensão entre os Estados Unidos e a então União Soviética, envolvidos em uma Guerra Fria que, entre outros desdobramentos, levou a uma verdadeira corrida espacial. Conheça os episódios dessa batalha secreta. Etapa 1: Espionagem Depois de colocar em órbita o Sputnik, o primeiro satélite artificial da história, e enviar a cadela Laika para o espaço, os soviéticos deram início a outro ambicioso programa espacial chamado Luna, apelidado Lunik no Ocidente. Em setembro de 1959, a espa

A ciência contradiz o papa: pode existir um inferno, sim (mas um virtual)

Será que um cientista da computação de uns milênios no futuro imaginaria o Julgamento Final mais ou menos como vislumbrava Hans Memling? (hans memling/Reprodução) Enquanto o papa Francisco parece ter negado a existência de um mundo no qual sofrem os pecadores, o progresso tecnológico caminha para provar o contrário Por Filipe Vilicic Pois o papa Francisco negou a existência de um inferno. Ou ao menos assim dizem por aí – a Igreja nega a negação de Chico. De qualquer forma, teria dito Sua Santidade: “O inferno não existe, o desaparecimento das almas dos pecadores existe”. Alguns poderiam até avaliar que isso seria prova de progresso do catolicismo. A afirmação polêmica deixaria papa Francisco mais próximo da ciência? Só se for da ciência de umas décadas (quiçá, séculos) atrás. Enquanto o pontífice extingue a ideia do martírio eterno, gênios contemporâneos como Elon Musk, Stephen Hawking e Nick Bostrom (e muitos outros no encalço desses) seguiram o caminho contrário. Para eles,

Telescópio flagra imagem incrível de estrela morta rodeada de luz

IMAGEM EXIBE ESTRELA MORTA RODEADA DE NUVENS DE GÁS (FOTO: DIVULGAÇÃO/ESO) Estrela está localizada na Pequena Nuvem de Magalhães, uma das galáxias mais próximas da Via Láctea O Cosmo é uma grandiosa obra de arte: o Observatório Europeu do Sul (ESO) divulgou a imagem de uma estrela morta rodeada de luz naPequena Nuvem de Magalhães, uma das galáxias vizinhas da Via Láctea. O efeito visual ocorre por conta das nuvens de gás liberadas após a explosão de uma supernova, que aconteceu há cerca de 2 mil anos. Após uma análise realizada a partir de raios-X, os pesquisadores concluíram que o cadáver estrelar tratava-se de uma estrela de nêutrons isolada. A descoberta foi possível justamente por conta do anel de gás que circundava a estrela — o neon e o oxigênio são responsáveis pelo efeito visual incrível. Com um peso superior ao do Sol e com 10 quilômetros de diâmetro, as estrelas de nêutrons são muito difíceis de serem detectadas porque só brilham nos comprimentos de onda dos raios-X.

Rochas são capazes de filtrar nitrogênio da atmosfera, mostra pesquisa

Scott Morford, estudante formado pela Universidade da Califórnia Davis e um dos autores do estudo, realiza trabalho de campo que mostrou aos pesquisadores que rochas de intemperismo são uma fonte significativa de nitrogênio no planeta. Descoberta altera paradigma e pode ter impacto sobre agricultura e estudo de mudanças climáticas Por séculos, nosso conhecimento científico estabeleceu que todo o nitrogênio da Terra disponível para ser usado pelas plantas se originava da atmosfera. Mas um estudo da Universidade da Califórnia em Davis indica que mais de um quarto da substância vem dos estratos rochosos. O estudo publicado hoje (6), na revista Science, descobriu que 26% do nitrogênio num ecossistema natural provêm das rochas. A percentagem restante se origina da atmosfera. Antes deste estudo, desconhecia-se a contribuição deste tipo de nitrogênio para o sistema de terras global. A descoberta pode melhorar muito as projeções para as mudanças climáticas, que dependem do entendiment

Asa bioinspirada abre, trava e fecha sem usar energia

Asa da tesourinha (Dermaptera), com sua incrível capacidade de dobra. [Imagem: Jakob Faber/ETH Zurich] Asa biomimética Todos conhecem o origami como a arte japonesa das dobraduras em papel, mas existem exemplos de origami também no mundo natural. A asa de uma tesourinha, por exemplo, é uma ilustração perfeita: seu elaborado desenho é muito mais engenhoso do que qualquer estrutura feita pelo homem. Quando aberta, a asa da tesourinha torna-se 10 vezes maior do que quando fechada - uma das mais altas taxas de dobraduras no reino animal. A grande área da asa permite que o inseto voe, enquanto sua forma compacta, quando as asas se retraem, permite que a criatura se infiltre pelo subsolo sem danificar as asas. O design da asa desse inseto tem outro recurso exclusivo: Em seu estado aberto, a asa "trava", permanecendo rígida sem necessidade de força muscular para garantir estabilidade. Igualmente, com apenas um "clique", a asa se dobra completamente, novamente sem

Aranhas usam teia para fazer um balão – e sair voando

Elas chegam a 4 mil metros de altura e são capazes de viajar por centenas de quilômetros; veja o vídeo Pode não parecer, mas as teias de aranha são um dos materiais mais resistentes da natureza. Essas fibras de seda, feitas de longas cadeias de proteína, não são úteis apenas para construir armadilhas, casulos ou proteção dos ovos. Elas também podem fazer as aranhas voarem. As pequenas aranhas caranguejo do gênero Xysticus, que medem de 4mm a 10mm – dependendo do gênero – fabricam uma espécie de “vela” que as ajudam a voar. Elas chegam a cerca de 4 mil metros de altura, e são capazes de viajar centenas de quilômetros. Essa técnica, chamada de ballooning (balonismo), é conhecida desde o século 17. A novidade é que, agora, cientistas da Universidade Técnica de Berlin filmaram tudo. Para descobrir como as aranhas voam, os pesquisadores colocaram 14 delas em uma plataforma exposta ao vento. Além disso, eles também puseram aranhas em um túnel de vento, onde eles podiam controlar a vel

Será que a Via Láctea está aumentando de tamanho?

Imagem composta pelo NGC 4565 usado no novo estudo Galáxias análogas à nossa crescem em média 500 metros por segundo A galáxia onde habitamos, a Via Láctea, pode estar se tornando ainda maior. É o que sugere um estudo feito por Cristina Martínez-Lombilla, doutoranda no Instituto de Astrofísica de Canárias em Tenerife, na Espanha, e seus colaboradores. Ela apresentará o trabalho de sua equipe em uma palestra hoje (3) na Semana Europeia de Astronomia e Ciência Espacial, em Liverpool. O Sistema Solar está localizado em um dos braços do disco de uma galáxia do tipo espiral barrada que chamamos de Via Láctea, com um diâmetro de mais ou menos 100.000 anos-luz. A galáxia em que vivemos contém várias centenas de bilhões de estrelas, com uma grande quantidade de gás e poeira misturados, que interagem através da força da gravidade. MAPA DA VIA LÁCTEA. (FOTO: CREATIVE COMMONS) A natureza dessa interação determina a forma de uma galáxia, que pode ser espiral, elíptica ou irregular. Com

Hubble faz a primeira medição precisa de distância para um antigo enxame globular

Esta antiga "caixa de jóias" estelar, um enxame globular chamado NGC 6397, brilha com a luz de centenas de milhares de estrelas. Crédito: NASA, ESA e T. Brown e S. Casertano (STScI); reconhecimento: NASA, ESA e J. Anderson (STScI) Astrônomos usaram o Telescópio Espacial Hubble da NASA para medir pela primeira vez, e com precisão, a distância de um dos objetos mais antigos do Universo, uma coleção de estrelas nascidas pouco tempo depois do Big Bang. Este novo e refinado critério de distância fornece uma estimativa independente da idade do Universo. A nova medição também ajudará os astrônomos a melhorar os modelos de evolução estelar. Os enxames estelares são o ingrediente chave nos modelos estelares porque as estrelas em cada grupo estão à mesma distância, têm a mesma idade e têm a mesma composição química. Constituem, portanto, uma única população estelar para estudo. Este agrupamento estelar, um enxame globular chamado NGC 6397, é um dos aglomerados deste tipo mais p

Novo estudo sugere que existem milhares de buracos negros perto do buraco negro supermassivo Sagitário A*

Astrofísicos descobriram 12 binários constituídos por um buraco negro e uma estrela de baixa massa em órbita de Sgr A* no Centro Galáctico. A sua existência sugere que existem provavelmente cerca de 10.000 buracos negros a apenas 3 anos-luz do centro da Via Láctea. Crédito: Universidade de Columbia Uma equipe liderada por astrofísicos da Universidade de Columbia descobriu uma dúzia de buracos negros reunidos em torno de Sagitário A* (Sgr A*), o buraco negro supermassivo no centro da Via Láctea. A descoberta é a primeira a apoiar uma previsão com décadas, abrindo uma imensidão de oportunidades para melhor entender o Universo. "Tudo o que gostaríamos de aprender sobre como os grandes buracos negros interagem com buracos negros pequenos, podemos aprender estudando esta distribuição," afirma o astrofísico de Columbia Chuck Hailey, codiretor do Laboratório de Astrofísica de Columbia e autor principal do estudo. "A Via Láctea é realmente a única galáxia que temos onde po

Novas linhas de Nazca escondidas no deserto são descobertas

UMA DAS LINHAS DE NAZCA RETRATA UM PÁSSARO (FOTO: WIKIMEDIA COMMONS) Mais de 50 desenhos que permaneciam desconhecidos foram redescobertos após mais de 1,3 mil anos Um dos grandes mistérios da Arqueologia ganhou mais um capítulo com o anúncio da descoberta de quase 50 novas linhas de Nazca: pesquisadores encontraram novos desenhos no deserto do Peru, que se somaram às 800 figuras conhecidas. Descobertas em 1927, após um sobrevoo na região, as linhas de Nazca chamam a atenção porque formam figuras incríveis que se estendem por dezenas de quilômetros. São mais de 13 mil traços que não conseguem ser perfeitamente observados em terra, mas que ganham formas de animais, humanos e outros símbolos quando avistadas de uma altura superior. Apesar de estarem degradadas por conta da erosão, os pesquisadores conseguiram utilizar drones e escaneamento em três dimensões para localizar os desenhos desconhecidos. Com a ajuda de satélites, os arqueólogos realizarão novas análises do local. At

Estudo controverso diz que o cérebro humano produz novos neurônios até o momento da morte

Por: Ed Cara Um novo estudo publicado nessa terça-feira na Cell Stem Cell deve aquecer o debate que questiona se o nosso cérebro é capaz de desenvolver novos neurônios conforme envelhecemos. A pesquisa descobriu que as pessoas, até mesmo aquelas na melhor idade, regeneram seus estoques de neurônios até o momento da morte – aparentemente contradizendo os resultados de um grande estudo publicado em março. Pesquisadores da Universidade Columbia estudaram cérebros doados logo após a morte de 26 pessoas, de idades entre 14 e 79 anos. Eles especificamente observaram o giro denteado, uma região do hipocampo (a parte do cérebro que auxilia na coordenação da nossa capacidade para a memória) em que diversas pesquisas em ratos e humanos há tempo sugerem que novos neurônios regularmente são gerados. Eles encontraram evidências do desenvolvimento de novos neurônios, ou neurogênese, em todos os cérebros, além da evidência de angiogênese, ou a formação de novos vasos sanguíneos. Mais do que iss

Conheça Steve, uma aurora um pouco mais complicada

Steve é um fenômeno mais rápido do que as auroras e apresenta outras cores. [Imagem: Elizabeth A. MacDonald et al. - 10.1126/sciadv.aaq0030] Auroras e stevies As auroras - boreais e austrais - são bem conhecidas e admiradas. Mas elas possuem um parente bem menos conhecido, que vem sendo chamado de Steve, desde que foi descoberto em 2016 por observadores e astrônomos amadores. Trata-se de uma estranha fita cintilante de luz roxa no céu noturno que aparece nas mesmas condições em que as belas auroras são visíveis. Agora, graças à missão Swarm, da Agência Espacial Europeia (ESA), um conjunto de observatórios espaciais que voam em formação para estudar o campo magnético da Terra, descobrimos um pouco sobre esta estranha característica da aurora. E, apesar de ter sido batizado com um nome um tanto comum, acontece que Steve é um sujeito bastante complicado. Transporte de partículas As auroras formam-se quando o campo magnético terrestre orienta energia e partículas atômicas

MIT desenvolve dispositivo que pode ouvir “vozes” da sua cabeça

Por: Alessandro Feitosa Jr. Sabe aquela voz interna que temos em pensamentos ou ao ler um texto? Ela pode ser “ouvida” por um dispositivo criado por pesquisadores do MIT que permite controlar dispositivos sem precisar falar. Batizado de AlterEgo, o dispositivo é capaz de transcrever palavras verbalizadas internamente ao utilizar eletrodos que são incorporados na pele do usuários. Ele pode parecer meio esquisitão, mas ainda está em um formato incipiente. Arnav Kapur, estudante de pós-graduação do MIT e líder do estudo, diz que se trata de um headset de “inteligência aumentada”. Para conseguir “ouvir” seus pensamentos, ele é colocado ao redor da mandíbula e queixo, preso por cima da orelha – assim, os quatro eletrodos ficam em contato com a pele e captam sinais neuromusculares sutis que são ativados quando alguém realiza essa verbalização interna. Esses sinais são interpretados por uma inteligência artificial que os combina com algumas palavras. Até agora, o dispositivo consegue

Raios gama oriundos do Sol intrigam físicos

O Sol expele uma poderosa explosão associada à ejeção de massa coronal nesta imagem tirada pelo Observatório de Dinâmica Solar da NASA em 6 de setembro de 2017. Nova análise de dados do Telescópio Espacial Fermi, da NASA, sugere que a emissão solar de raios gama é a mais energética forma de radiação eletromargnética no Universo - pode ter ligação com a ejeção de massa coronal e com outras explosões que seguem um ciclo de 11 anos de atividade em média. Descoberta ainda é pouco compreendida, mas pode abrir caminhos para entender nossa estrela A estrela mais próxima de nós continua cheia de mistérios. A cada 11 anos, em média, sua atividade cresce, gerando explosões e ejeções de massa coronal - as erupções que “cospem” plasma e banham a Terra com partículas carregadas, além de gerar belas exibições de auroras. Depois, sua atividade decresce. O chamado máximo solar vai se reduzindo até alcançar o mínimo solar, e a superfície do Sol fica assustadoramente quieta. Os cientistas estudam

Ouvido interno fornece pistas sobre dispersão humana pelo planeta

Morfologia do labirinto se correlaciona com a distância ocorrida em relação à África, mostram análises É possível demonstrar a migração humana para fora da África e sua dispersão pelo mundo recorrendo-se a análises genéticas e morfológicas. No entanto, os dados morfológicos do crânio e do esqueleto permitem apenas conclusões limitadas sobre o padrão de dispersão geográfica, especialmente por causa das muitas formas pelas quais o esqueleto humano se adapta às condições ambientais locais. Uma equipe internacional de pesquisadores, liderada por paleoantropólogos da Universidade de Zurique, mostrou como a morfologia do ouvido interno é um bom indicador da história populacional e da dispersão humana. Diferenças dentro de uma população maior que entre populações A audição e o sistema de equilíbrio dos seres humanos, assim como de todos os vertebrados, estão localizados em uma série de cavidades na base do crânio - o labirinto ósseo e o ouvido interno. Os pesquisadores analisaram as e

MIT recua de apoio a startup que quer preservar cérebro e memória depois que você morrer

Por: George Dvorsky Um proeminente laboratório de pesquisa do MIT anunciou o fim do relacionamento com a Nectome, uma nova startup que tem como missão preservar o cérebro humano de modo que ele possa ser digitalizado e inserido em um computador no futuro, tentando trazer pessoas mortas de volta à vida. No entanto, embora o MIT tenha escolhido se distanciar da iniciativa da companhia, a instituição não descarta inteiramente a perspectiva futurista. Para Stuart McIntyre, que é pesquisador do MIT, o futuro vai ser mais difícil do que ele imaginava. Até o último mês, tudo parecia ok com a nova tecnologia de preservação cerebral proposta por McIntyre, um método chamado Criopreservação Estabilizada por Aldeído (ASC, na sigla em inglês), que o fez ganhar, junto com sua equipe, um prêmio de US$ 80 mil da Brain Preservation pelo trabalho com mamíferos de grande porte. Há três anos, ele usou uma técnica de “vitrifixação” para preservar o cérebro de um coelho, mas com uma versão em escala