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Mostrando postagens de dezembro 31, 2017

Morre, aos 87 anos, John Young, o astronauta que foi da Lua aos ônibus espaciais

POR SALVADOR NOGUEIRA John Young, o astronauta americano que fez a transição entre a era Apollo e os ônibus espaciais, morreu nesta sexta-feira (5), aos 87 anos, por complicações decorrentes de pneumonia. Selecionado na segunda turma da Nasa, os “New Nine”, em 1962, Young era antes disso piloto da Marinha americana. E não tardou a ser escalado para seu primeiro voo espacial, na primeira viagem tripulada da cápsula Gemini, a Gemini 3, em março de 1965. Ele foi copiloto, ao lado de Gus Grissom, membro dos “Mercury Seven” (a primeira turma de astronautas americana, selecionada em 1958). John Young a bordo da apertada cápsula Gemini 3. (Crédito: Nasa) O projeto Gemini tinha por objetivo testar tecnologias que seriam necessárias para as missões lunares, como encontro, acoplagem e caminhadas espaciais. Depois do voo inaugural na Gemini 3, Young chegou a fazer uma segunda missão, desta vez como comandante, na Gemini 10. Seu colega foi Michael Collins, que mais tarde faria parte da

Maluquice ou visão: será que Elon Musk vai mesmo mudar o futuro?

Elon Musk quer colonizar Marte e tornar a energia renovável o padrão em eletricidade. 2017 foi um grande ano para suas empresas - mas o que será do amanhã? Por Mariana Fonseca, da Exame.com “Você acha que eu sou maluco?” Essas são as palavras que o jornalista de negócios Ashlee Vance ouviu de seu entrevistado em um restaurante de frutos do mar no Vale do Silício – a meca das startups. Por trás da pergunta (e de um prato com lagosta frita embebida em tinta de lula) estava ninguém menos que Elon Musk. Aos 46 anos de idade, o sul-africano ocupa o posto 21ª pessoa mais rica dos Estados Unidos, segundo a Forbes. Seus companheiros de lista são o megainvestidor George Soros (uma posição acima) e o cofundador da Microsoft Paul Allen (uma posição abaixo). Em uma escala de um a dez, Musk recebe nota oito no self-made score, que descreve o quanto o empreendedor ergueu-se por si só. Hoje, o valor líquido de suas propriedades está em 20,8 bilhões de dólares – na cotação atual, algo em to

Ao contrário do que parece, astronomia garante que nossos dias têm ficado mais longos

Divisão do dia em 24 horas remonta ao Egito antigo Como seria se não houvesse medidas precisas de tempo? Nada de horas ou minutos? A importância desse sistema em nossas vidas é tal que fica difícil vislumbrar a vida sem relógios, mas um dia já foi assim – e coube ao homem criar uma forma de demarcar a passagem do tempo com exatidão. Mas como os dias acabaram sendo divididos em 24 horas? Ou se convencionou que o sentido horário seria da esquerda para a direita? Marek Kukula, astrônomo do Observatório Real de Greenwich, em Londres, no Reino Unido, responde a esta e outras dúvidas e curiosidades sobre o tempo. Por que os dias são divididos em 24 horas? Isso remonta ao Egito antigo e seu sistema de divisão dos períodos de luz do dia e de escuridão, segundo o especialista. "De noite, eles dividiram o céu em dez seções iguais tendo certas estrelas como referência e ainda com outras duas seções específicas para o poente e o nascente", diz Kukula. "Durante o dia,

Uma visão profunda dos corações das estrelas

Um vislumbre do coração: impressão de artista do interior estelar, estudado através das suas oscilações de superfície. Crédito: Earl Bellinger/ESA À primeira vista, parece impossível observar o interior de uma estrela. Uma equipa internacional de astrônomos, sob a orientação de Earl Bellinger e Saskia Hekker do Instituto Max Planck para Pesquisa do Sistema Solar em Gotinga, Alemanha, determinou pela primeira vez a estrutura interna profunda de duas estrelas com base nas suas oscilações. O nosso Sol, e a maioria das outras estrelas, têm "pulsações" que se espalham pelo interior estelar como ondas sonoras. As frequências dessas ondas são impressas na luz da estrela e podem mais tarde ser observadas pelos astrônomos aqui na Terra. Semelhante à forma como os sismólogos decifram a estrutura interna do nosso planeta através da análise de sismos, os astrônomos determinam as propriedades de estrelas a partir das suas oscilações - um campo chamado asterosismologia. Agora, pela p

Restos de um bebê revelam como primeiros seres humanos chegaram à América

Escavações foram realizadas no sítio arqueológico Upward Sun River, no Alasca Os restos de um bebê encontrados no Alasca, nos Estados Unidos, lançam uma nova luz sobre como pode ter acontecido o povoamento na América, milhares de anos atrás. Os ossos da menina têm 11,5 mil anos, e a análise genética deles, juntamente com outros dados, indica que ela pertencia a um grupo humano desconhecido até agora. Os cientistas dizem que o que descobriram até agora a respeito do DNA da bebê dá forte sustentação à ideia de que uma onda de imigrantes da Sibéria chegou ao continente entre 15 mil e 25 mil anos atrás. O nível do mar, que na época era mais baixo, teria criado um trecho de terra firme no Estreito de Bering, que conectava a Sibéria ao Alasca. Esse estreito ficou submerso novamente há cerca de 10 mil anos, quando as geleiras ao norte dele começaram a derreter. Os primeiros colonos se dividiram em dois grupos: os que ficaram no Alasca e os que migraram para o sul do continente. O

Bloco de basalto achado por brasileira simboliza disputa na Terra Santa

Reutilização de pedra com menorá pode ser lida como espécie de representação de vitória DANIELA KRESCH COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE TEL AVIV A arqueóloga Kátia Cytryn-Silverman estava tentando provar que uma construção milenar em Tiberíades, cidade bíblica às margens do mar da Galileia, era originalmente uma mesquita antiga e não, como pensavam seus colegas, um mercado bizantino. Conseguiu, mas acabou descobrindo algo ainda mais incrível e que simboliza, de certa forma, a história de uma região disputada por judeus, cristãos e muçulmanos. Nas escavações no local, Kátia, 49, que nasceu no Rio de Janeiro e imigrou para Israel aos 19 anos, descobriu um degrau de escada com um símbolo judaico entalhado na pedra: uma menorá (candelabro de sete braços). A pesquisadora do Instituto de Arqueologia do Departamento de Estudos Islâmicos e do Oriente Médio da Universidade Hebraica de Jerusalém quase não acreditou no que estava vendo. Por que uma pedra de basalto com uma menorá estaria

Céu da Semana - 01/01/2018 a 07/01/2018

Quer saber o que o Céu nos reserva para 2018? Nesta edição do programa, saiba quais são os fenômenos previstos para este ano. FONTE: UNIVESP TV

6 objetos submarinos não identificados

Quando se trata de luzes móveis, veículos estranhos e fenômenos misteriosos, o céu não é o limite Por Bruno Machado Há exatos 50 anos, em 4 de outubro de 1967, ocorreu o mais documentado caso de ósni da história: o incidente em Shag Harbour. Um objeto com cerca de 18 m de comprimento, que emitia quatro ou cinco luzes laranja, foi visto por pelo menos 11 pessoas voando baixo e mergulhando com grande ruído na baía desse pequeno vilarejo de pescadores, no Canadá. Testemunhas dizem que militares retiraram um estranho objeto metálico da água e outras afirmam que, na noite do dia 11, esse objeto emergiu e se lançou rumo ao céu. O governo do Canadá trata o caso oficialmente como aparição de óvni. (Gustavo Rodrigues/Mundo Estranho) VELOZES E FURIOSOS No período da Guerra Fria, um submarino soviético no Pacífico Sul detectou seis objetos desconhecidos a 420 km/h – velocidade cinco vezes maior que a do submarino mais rápido da época, o K-222. Os ósnis investiram contra a embarcação e

Estudo confirma que Estrela de Tabby não tem megaestrutura artificial alienígena

POR SALVADOR NOGUEIRA Um novo estudo confirmou o que a maioria dos astrônomos já desconfiava desde o início — as estranhas variações de brilho pelas quais passa o astro chamado KIC 8462852, a chamada Estrela de Tabby, não são causadas por uma megaestrutura alienígena em construção ao redor dela. O trabalho foi baseado em novos dados colhidos em observações posteriores feitas com telescópios em solo, que foram além daqueles obtidos pelo satélite Kepler. Uma campanha de financiamento coletivo com cerca de 1.700 pessoas juntou mais de US$ 100 mil para a compra de tempo de telescópio para que os estudos continuassem. Tabetha Boyajian e parte de sua equipe na Universidade Estadual da Louisiana (Crédito: LSU). Com isso, foi possível acompanhar a variação de brilho da estrela nos últimos meses. E a observação crucial para determinar que não se tratava mesmo de uma construção artificial foi comparar os padrões de redução de brilho em diversos comprimentos de onda diferentes. Se foss

Nova técnica revela textos ocultos nas múmias egípcias

Luzes de diferentes frequências podem revelar o que estava escondido no gesso que une os caixões das múmias Pallab Ghosh BBC News Pesquisadores em Londres desenvolveram uma técnica para conseguir mostrar o que está escrito nos papiros usados para "encapsular" as famosas múmias egípcias. Os invólucros decorados onde o corpo envolto em faixas era colocado antes de ser posto na tumba eram feitos de pedaços de papiro, material que também era utilizado pelos egípcios para listas de compras e declarações fiscais, por exemplo. Essa tecnologia está permitindo aos historiadores ter uma nova ideia sobre como era a vida no Antigo Egito. Os hieróglifos encontrados nas paredes das tumbas dos faraós contam as histórias dos ricos e poderosos. Eram um dos tipos de "propaganda" adotados naquele tempo. Mas essa nova técnica dá aos egiptólogos acesso à real história do Antigo Egito, ou seja, do dia a dia das pessoas que viviam ali, de acordo com o pesquisador Adam Gibson

Surgem novas provas de que buracos negros supermassivos acabam com formação de estrelas

Por: George Dvorsky No centro de cada grande galáxia, mora um enorme buraco negro supermassivo com massa de um milhão de sóis. Uma nova pesquisa agora mostra que esses aspiradores celestiais fazem mais do que apenas devorar objetos próximos. Eles também crescem até um tamanho que, uma hora, suprime a capacidade de uma galáxia de produzir novas estrelas, efetivamente tornando-as estéreis. Galáxias jovens estão cheias de estrelas brilhantes recém-formadas. Conforme o tempo passa, no entanto, a formação de estrelas uma hora para. Um novo estudo publicado na Nature mostra que os buracos negros supermassivos têm um papel essencial em determinar o momento em que isso acontece, um processo conhecido como “cessação de formação estelar”. As estrelas se formam a partir de gás gelado, então, quando uma galáxia fica sem gás gelado, ela está, efetivamente, no processo de cessação de formação estelar. Dentre várias maneiras, isso pode acontecer — pelo menos no caso de galáxias com buracos ne

Disciplinas abrangentes na busca por vida além da Terra

À esquerda está uma imagem da Terra obtida pela câmara EPIC do satélite DSCOVR. À direita, a mesma imagem degradada até uma resolução de 3 por 3 pixels, parecida à que os investigadores vão obter em observações exoplanetárias futuras. Crédito: NOAA/NASA/DSCOVR A procura por vida para lá da Terra está a "surfar" numa onda de criatividade e de inovação. Após uma corrida de ouro de descobertas exoplanetárias ao longo das duas últimas décadas, é hora de abordar o próximo passo: determinar quais dos exoplanetas conhecidos são candidatos adequados para a vida. Cientistas da NASA e de duas universidades apresentaram novos resultados dedicados a esta tarefa em campos que abrangem a astrofísica, ciências da Terra, heliofísica e ciências planetárias - demonstrando que é essencial uma abordagem interdisciplinar para encontrar vida noutros mundos - na reunião de outono da União Geofísica Americana no dia 13 de dezembro de 2017, em Nova Orleans, no estado norte-americano do Louisian

Missão marciana lança luz sobre habitabilidade de exoplanetas

Ilustração de uma tempestade solar que atinge Marte e retira íons da atmosfera superior do planeta. Crédito: NASA/GSFC Quanto tempo pode um planeta rochoso parecido com Marte permanecer habitável, se orbitar uma estrela anã vermelha? É uma questão complexa, mas uma que a missão MAVEN (Mars Atmosphere and Volatile Evolution) da NASA pode ajudar a responder. "A missão MAVEN diz-nos que Marte perdeu quantidades consideráveis da sua atmosfera ao longo do tempo, mudando a habitabilidade do planeta," afirma David Brain, coinvestigador da MAVEN e professor do Laboratório de Física Atmosférica e Espacial da Universidade do Colorado em Boulder, EUA. "Nós podemos usar Marte, um planeta que já conhecemos bastante bem, como laboratório para estudar planetas rochosos para lá do nosso Sistema Solar, os quais ainda não conhecemos tão bem." Na reunião de outono da União Geofísica Americana de passado dia 13 de dezembro de 2017, em Nova Orleans, no estado norte-americano do

Asa de borboleta aumenta absorção de células solares em 200%

Nanoestruturas da asa da borboleta que foram copiadas nas células solares, aumentando a absorção de luz em 200%.[Imagem: Radwanul H. Siddique (KIT/Caltech)] Biomimética A luz do Sol que chega às células solares mas é refletida representa uma perda de energia. Por sua vez, as asas da borboleta Pachliopta aristolochiae têm minúsculos furos - nanofuros - que ajudam a absorver a luz em um amplo espectro, de forma muito mais eficiente do que as superfícies lisas - é por isso que ela é de um preto tão profundo. Em um exemplo clássico de biomimética, Radwanul Siddique, do Instituto de Tecnologia Karlsruhe, na Alemanha, conseguiu reproduzir essas nanoestruturas das asas da borboleta em células solares comuns de silício. O resultado foi um aumento na absorção da luz pelas células solares de 200%. "A borboleta que estudamos é muito escura. Isso significa que ela absorve perfeitamente a luz solar para fazer um ótimo gerenciamento do calor. Ainda mais fascinante do que sua aparên

Nasa não pode ter novos planos a cada presidente, diz astronauta Scott Kelly

O astronauta Scott Kelly passou um ano em órbita na Estação Espacial Internacional POR SALVADOR NOGUEIRA O presidente Donald Trump anunciou recentemente uma nova mudança de direção para o programa tripulado americano, priorizando um retorno à Lua e deixando para mais tarde uma viagem a Marte. Mas um dos astronautas mais experientes da Nasa não concorda. "Se o governo americano pudesse fazer alguma coisa para ajudar a Nasa, não seria nos dar mais dinheiro, mas só nos dar uma missão e um plano consistentes e permitir que façamos nosso trabalho, em vez de ficar mudando a direção a cada oito anos", disse à Folha Scott Kelly. Veterano de quatro missões espaciais, ele se tornou conhecido após realizar uma estadia de um ano inteiro a bordo da Estação Espacial Internacional. Irmão gêmeo de outro astronauta, Mark Kelly, Scott acaba de lançar no Brasil sua biografia: "Endurance: Um Ano no Espaço" (Intrínseca, 400 págs., R$ 49,90). Kelly também conta sobre os efei