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Mostrando postagens de abril 15, 2018

A revolução da inteligência artificial

Ela está cada vez mais presente, o que levanta discussões sobre o que vai acontecer quando as máquinas nos superarem. Comece a se preparar para o futuro (Pedro Corrêa/Mundo Estranho) Por Simone Cruz ILUSTRA Pedro Corrêa EDIÇÃO Felipe van Deursen TCHAU, PATETA! Depois de fazer esculturas eletrônicas para os parques da Disney, o engenheiro americano David Hanson resolveu criar, em 2005, a Hanson Robotics, empresa que parece ter a pretensão de encher a Terra de robôs. Em 2015, ela lançou Sophia, um dos projetos de inteligência artificial (IA) mais sofisticados (e polêmicos) do mundo. BONECA DE BITS Para criar as feições da máquina, Hanson mirou na atriz Audrey Hepburn e acertou na robô do filme Ex-Machina: Instinto Artificial (2014). A pele é de um material chamado frubber, que dá a ela expressões bem humanas. Já a inteligência de Sophia é baseada em dados que são sempre abastecidos: o cérebro fica armazenado em uma nuvem chamada MindCloud. AMIGA DO POVO Sophia é capaz de a

Nós fomos a primeira espécie inteligente a habitar a Terra?

E se outra espécie se tornar inteligente no futuro? Ela saberá que nós existimos? Ou nosso rastro geológico será ínfimo demais para ser percebido? É o que discute um novo artigo científico da Nasa Por Bruno Vaiano Se o ser humano desaparecesse em um passe de mágica, quanto tempo a natureza levaria para varrer todos os indícios de nossa existência para baixo do tapete? Madeira se decompõe rápido; casas e prédios de alvenaria demoram um pouco mais. Uma garrafa de plástico dura meio milênio, por baixo. Um bocado de tempo em relação à vida de alguém, sem dúvida – mas um piscar de olhos na escala geológica. Após vários milhares de anos, tudo que o Homo sapiens deixaria para trás em sua rápida passagem pela Terra (afinal, o que são 200 mil anos perto dos 135 milhões em que mandaram os dinossauros?) acabaria concentrado em uma fina camada compactada de solo – só mais um estrato nos paredões de rocha que os geólogos usam para estimar a idade de fósseis e contar a pré-história [ veja uma

Como um penhasco mudou para sempre a forma como entendemos a Terra

Hutton não chegou a testemunhar seu próprio legado, mas suas ideias mudaram nossa percepção sobre o tempo (Foto: John Van Hoesen) David Cox Da BBC Travel "Só um pouquinho mais à frente, logo após a próxima curva", disse Jim, meu guia, enquanto nosso barco de pescador desbravava as águas densas do Mar do Norte. Não foi muito tranquilizador. Mas, conforme avançávamos lado a lado, eu lembrei que o motivo da viagem valia a pena. Nós estávamos refazendo uma jornada de 230 anos de existência, que mudou para sempre a perspectiva da humanidade sobre a história da Terra - e até do próprio tempo. Nosso destino era o Ponto Siccar. Eu o havia visitado mais cedo naquele dia, mas a pé. Ao ficar de pé sobre os penhascos, a uma hora de distância de carro a leste de Edimburgo (Escócia), eu tive a impressão incontestável de estar em uma fronteira. Muito abaixo, lascas pontiagudas de rochas cinzentas mergulhavam no mar cheio de espuma. Nos penhascos em volta, porém, as pedras tinham u

Russos criaram protótipo mais avançado de memória quântica

Apesar do aspecto um tanto rústico do protótipo, este é um dos dispositivos quânticos mais eficientes já fabricados.[Imagem: S. A. Moiseev et al. - 10.1038/s41598-018-21941-6] Memória quântica Uma equipe da Universidade Federal de Kazan, na Rússia, surpreendeu ao apresentar a memória quântica mais avançada já construída até agora - ela funciona até mesmo a temperatura ambiente. O dispositivo é um conjunto de minirressonadores quânticos que interagem fortemente com um ressonador padrão clássico por meio de um processo de equivalência de impedâncias. "O esquema de memória quântica de micro-ondas por multirresonador permitiu atingir 16,3% de eficiência quântica a temperatura ambiente, o que foi significativamente melhor do que outros resultados recentes no mundo para a memória quântica de micro-ondas em conjuntos eletrônicos na temperatura do hélio [-270 °C]. Nós também mostramos que a eficiência quântica dessa memória pode ser superior a 99% nas temperaturas suficientemente

Físicos batem recorde de entrelaçamento quântico de qubits

Imagem conceitual dos novos estados quânticos gerados. O emaranhamento entre pares de átomos vizinhos (azul), tripletos (rosa), quadrupletos (vermelho) e quintupletos (amarelo) foi observado, antes que o sistema se tornasse muito complexo para caracterizar com as técnicas existentes.[Imagem: IQOQI Innsbruck/Harald Ritsch] Recorde de entrelaçamento quântico Físicos alemães - universidades de Innsbruck, Vienna e Ulm - bateram com folga o recorde de entrelaçamento usado na computação quântica. Eles conseguiram fazer com que 20 qubits - bits quânticos - ficassem intrinsecamente ligados, ainda que cada um deles pudesse ser individualmente controlado - em 2011, a mesma equipe havia entrelaçado 14 qubits. Os pesquisadores atestaram o entrelaçamento genuíno de múltiplas partículas - os qubits são átomos de cálcio - entre todos os grupos vizinhos de três, quatro e cinco bits quânticos. Eles só pararam quando os computadores não conseguiram mais processar as informações coletadas. E

Onde está a matéria em falta do Universo?

Esta imagem ilustra a emissão de raios-X em torno de um conjunto de cinco galáxias que foram "empilhadas" juntas para mostrar os detalhes dos seus halos esféricos e gasosos. Foi criada por uma equipa de cientistas usando o observatório espacial XMM-Newton da ESA, com a emissão de raios-X destacada em roxo. Compreende dois componentes: uma imagem de fundo de três cores de uma galáxia chamada NGC 5908 juntamente com estrelas circundantes do SDSS (Sloan Digital Sky Survey), e uma sobreposição empilhada combinando cinco galáxias diferentes observadas pelo XMM-Newton, visível como a névoa roxa que permeia a foto. As cinco galáxias incluídas no conjunto de dados XMM-Newton são NGC 5908 (a mesma galáxia vista no fundo); UGC 12591, NGC 669, ESO 142-G019 e UGC A145; a equipe também observou NGC 550, mas essa galáxia não foi empilhada porque tinha um enxame de galáxias brilhantes logo atrás dela, dificultando a visualização de forma clara sem afetar os outros dados. A neblina roxa r

Lançado com sucesso novo telescópio espacial que irá buscar planetas habitáveis

O TESS irá caçar exoplanetas em milhares de estrelas próximas do Sol Em 18 de abril último foi lançado de Cabo Canaveral, a bordo de um foguete Falcon 9 da Space X, o Satélite Explorador de Trânsito de Exoplanetas (TESS). O primeiro estágio do foguete retornou depois de se separar, realizando um pouso perfeito a bordo da balsa drone chamada I Still Love You, estacionada no Atlântico a 300 km da costa da Florida. Foi o 24º pouso bem sucedido no navio robotizado, e a SpaceX já reutilizou 11 desses foguetes, mas o deste lançamento era novo. Já o telescópio TESS entrou em órbita 49 minutos após o lançamento, e passará os primeiros cinco dias realizando diversas checagens e abrindo seus painéis solares. Os principais instrumentos científicos, quatro câmeras CCD, serão acionados aproximadamente oito dias após o lançamento. TESS foi inserido em uma órbita muito elíptica, nunca utilizada por outro engenho espacial, no qual o telescópio irá circular o planeta duas vezes para cada órbita co

"Interrogadas" 340.000 estrelas em busca de irmãs do Sol

O espectro do Sol. Crédito: Nigel Sharp (NSF), FTS, NSO, KPNO, AURA, NSF Um grupo australiano de astrônomos, trabalhando com colaboradores europeus, revelou o "DNA" de mais de 340.000 estrelas na Via Láctea, o que deverá ajudar a encontrar as irmãs do Sol, agora espalhadas pelo céu. Este é um grande anúncio de um ambicioso levantamento de arqueologia galáctica, chamado GALAH (GALactic Archaeology with HERMES), lançado no final de 2013 como parte de uma missão para descobrir a formulação e evolução das galáxias. Quando concluído, o GALAH terá investigado mais de um milhão de estrelas. O Levantamento GALAH usa o espectrógrafo HERMES do Telescópio Anglo-Australiano de 3,9 metros do Observatório Astronômico Australiano perto de Coonabarabran, Nova Gales do Sul, para recolher os espectros das 340.000 estrelas. O Levantamento GALAH fez anteontem o seu primeiro grande lançamento público de dados. O "DNA" recolhido traça a ancestralidade das estrelas, mostrando

O canudo que permite beber água suja de esgoto sem ficar doente

Há 2,1 bilhões de pessoas no mundo sem uma fonte segura de água para beber, segundo a OMS Zaria Gorvett Da BBC Future "Eu não beberia isso se fosse você". O conselho vem de um homem em um barco próximo, que me observava com uma divertida expressão de perplexidade por algum tempo. Estou desajeitadamente deitada à beira do Rio Tâmisa, em Londres, inclinada para colocar um pouco de seu líquido verde e tenebroso dentro da minha garrafa vazia de água. Meu plano maluco começa com um fato alarmante. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), há 2,1 bilhões de pessoas no planeta que não têm uma fonte segura de água para beber. Consequentemente, mais pessoas morrem ao beber água contaminada todo ano do que de qualquer forma de violência, incluindo guerras. O Tâmisa é tranquilo e mais limpo antes de entrar em Londres, onde fica poluído com esgoto Conforme a população mundial aumenta e as mudanças climáticas pioram, nossos problemas com a água estão ficando cada ve

Espécie de formiga explode suas tripas sobre insetos inimigos

FORMIGA OPERÁRIA DA ESPÉCIE C. EXPLODENS (FOTO: LACINY ET AL., ZOOKEYS, 2018) Depois de 83 anos sem novidades, entomologistas anunciaram a descoberta de uma nova espécie de formiga capaz de se explodir para proteger a sua comunidade — a última espécie do tipo foi descrita em 1935. Trata-se da Colobopsis explodens, presente nas florestas de Bornéu, ilhas do sudeste asiático. Quando está sob ataque de outros insetos, ela é capaz de explodir suas “tripas” sobre os inimigos. Acontece que, para proteger a colônia, elas não só mordem o invasor como também são capazes de flexionar suas partes traseiras até que seu abdômen exploda. Assim, elas liberam uma secreção amarela e gosmenta — e com cheiro de curry — sobre os outros insetos que pode retardar o avanço dos invasores ou até mesmo matá-los. Mas há um preço a se pagar pelo violento contra-ataque: assim como acontece com as abelhas quando picam, elas morrem no final da batalha. Esse é um mecanismo de defesa raro no reino animal, mas

Ciência De Tudo Com Stephen Hawking

Stephen Hawking desafia voluntários e os telespectadores a pensar como os maiores gênios do passado e a responder algumas das mais difíceis e duradouras questões da humanidade. FONTE: Canal Youtube Documentários incríveis!

Para comemorar seu 28º aniversário, Hubble registra Nebulosa Laguna

LAGUNA NEBULOSA (FOTO: DIVULGAÇÃO/NASA) Localizada na Constelação de Sagitário, nuvem interestelar de dimensões colossais foi vasculhada pelo telescópio espacial Desde que foi lançado, em 24 de abril de 1990, o telescópio espacial Hubble contribuiu com descobertas incríveis para a comunidade científica internacional. Para comemorar seu 28º aniversário, a NASA e a Agência Espacial Europeia (ESA) divulgaram uma imagem que mais parece saída do filmeGuardiões da Galáxia: repleta de cores, a nuvem interestelar Nebulosa Laguna foi captada pelas lentes do Hubble. Com 55 anos-luz de largura e 20 anos-luz de altura, a Nebulosa Laguna está localizada a mais de 4 mil anos-luz da Terra. Suas dimensões são tão grandiosas que essa nuvem interestelar é possível de ser visualizada a olho nu. Formada principalmente por hidrogênio, a formação é repleta de cores por conta dos gases presentes. Quando o Hubble mira seu foco sobre regiões muito distantes, é como se fotografasse o passado: sua câmer

China plantará flores na Lua para estudar plano de colonização

Sonda espacial Chang'e 4 será lançada em 2018 e analisará o lado oculto da Lua Com previsão de lançamento para 2018, a missão chinesaChang'e levará sementes de mostarda (além de amostras de batata) para estudar as possibilidades de plantio na Lua. O veículo de exploração que acompanhará a sonda também carregará terra e água para realizar o experimento em solo lunar. Essa seria a primeira vez que um estudo desse tipo será realizado no satélite da Terra: as sementes ficarão em um compartimento de alumínio e seu desenvolvimento será avaliado pelos pesquisadores que lideram a missão. O objetivo dos cientistas chineses é de obter mais informações para que a colonização da Lua seja uma possibilidade real no futuro. Além disso, a Chang'e explorará o lado oculto da Lua: a área recebeu este nome porque não pode ser vista da Terra, já que os dois corpos estão em movimento sincronizado. Apesar de ter sido fotografado, a região nunca foi observada de perto por humanos. O pro

Isso poderá ficar pior! Ministério Público alerta para risco de ecocídio na foz do rio Amazonas

NAVIO ESPERANZA DO GREENPEACE USADO POR PESQUISADORES BRASILEIROS PARA INVESTIGAR OS CORAIS DA AMAZÔNIA (FOTO: DIVULGAÇÃO/GREENPEACE) MPF recomenda que Ibama negue o pedido de licenciamento ambiental sobre a região dos Corais da Amazônia, onde ocorreria extração de petróleo A quarta-feira (18) foi de comemoração a bordo do navio Esperanza, do Greenpeace. Conforme a expedição adentra a área em que a empresa francesa Total pretende realizar exploração de petróleo, novos sistemas recifais nunca antes mapeados – com predominância de bancos de algas calcárias conhecidas como rodolitos - são encontrados em profundidades que beiram os 200 metros abaixo do nível do mar. Mas não foi só isso. A notícia que deixou todo mundo animado veio a cerca de 500 quilômetros dali, de Macapá. O Ministério Público Federal, por meio do procurador Joaquim Cabral da Costa Neto, emitiu um parecer no qual recomenda ao Ibama que o pedido de licenciamento ambiental da área seja negado. Na recomendação, o MP

Tardígrados: os seres “indestrutíveis” que um dia podem mudar a exploração espacial

Por: Leo Escudeiro Muito depois da extinção dos humanos, estas criaturas instigantes ainda estarão vivas. Capazes de sobreviver no espaço e talvez uma das chaves para aprofundar a exploração espacial, os tardígrados frequentemente ganham as manchetes, ainda que não tenham entrado de vez no imaginário coletivo. Sua resistência em condições extremas intriga muita gente, e pesquisadores têm se debruçado sobre o microanimal em busca de respostas para várias questões, sejam elas evolutivas ou de como aperfeiçoar a empreitada humana no espaço. Os tardígrados são animais minúsculos encontrados em ambientes marinhos ou de água doce. A maioria deles não chega a sequer 1 milímetro de comprimento, e eles têm um filo próprio por causa de suas características: o corpo é dividido em cabeça e mais quatro segmentos, dos quais partem quatro pares de patas. Essas patas, por sua vez, podem terminar em garras ou dedos. Também conhecidos como ursos-d’água, podem viver por até 60 anos, sobrevivendo