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Mostrando postagens de março 29, 2020

Cérebro de Lucy, fóssil de 3,2 milhões de anos, é parte humano e parte macaco

Tomografias do crânio do Australopithecus afarensis. Imagem: Philipp Gunz, MPI EVA Leipzig Por Ryan F. Mandelbaum A famosa espécime Lucy, de 3,2 milhões de anos, cativou os cientistas desde a sua descoberta em 1974. Lucy era membro da espécie Australopithecus afarensis, que andava erguida e provavelmente usava ferramentas. Novos exames do interior dos crânios de Australopithecus revelam que esses hominídeos extintos tinham cérebros surpreendentemente semelhantes a de macacos que se desenvolveram mais como cérebros humanos. Os nossos cérebros assumem uma estrutura distinta que os diferencia dos cérebros dos primatas não humanos, e demoram muito tempo a desenvolver-se até à maturidade. Os cientistas têm debatido quando, durante a nossa evolução, esses traços se desenvolveram: eles assumiram a sua organização humana durante a era do Australopithecus ou durante a evolução dos hominídeos posteriores? Um novo estudo parece ir contra as afirmações anteriores, mostrando que o cérebro

Estas moscas estão presas no ato de acasalamento por 41 milhões de anos

Moscas acasalando encontradas em âmbar de 41 milhões de anos. Imagem: Jeffrey Stilwell Por George Dvorsky Um casal de moscas predadoras tiveram um fim românico há cerca de 41 milhões de anos, quando uma gota de resina de uma árvore estragou “os finalmentes” deles. Pelo lado bom, o ato interrompido foi preservado por toda a eternidade nesse âmbar pornográfico. Aranhas pré-históricas, formigas, mosquitos e um par de moscas estão entre um tesouro único de fósseis em âmbar descritos em um artigo publicado recentemente na Scientific Reports . Os fósseis de âmbar são tipicamente associados ao hemisfério norte, em especial a Mianmar, que produziu um conjunto impressionante de fósseis ao longo dos anos. A nova seleção é única na medida em que se encontram entre os fósseis de âmbar mais antigos recolhidos no hemisfério sul, incluindo locais na Austrália e na Nova Zelândia. O novo trabalho foi liderado por Jeffrey Stilwell da Monash School of Earth, Atmosphere and Environment, na Austrá

Existe um outro tipo de luz no Universo?

Este é o material "super-planckiano", com sua estranha emissão de luz, que não se encaixa em nenhuma teoria. [Imagem: RPI] Radiação de corpo negro Desde o final do século 19, os cientistas entendem que, quando aquecidos, todos os materiais emitem luz em um espectro de comprimentos de onda previsível. Pode ser luz infravermelha, luz visível ou qualquer outra, mas sempre "luz" no sentido de uma radiação que segue um comportamento sistemático ao longo de um espectro bem conhecido. Mas será que pode existir um outro tipo de luz no Universo? Shawn Yu Lin e seus colegas do Instituto Politécnico Rensselaer, nos EUA, acreditam ter em mãos a prova de uma resposta positiva a essa questão. Lin criou um material que, quando aquecido, emite luz que excede os limites estabelecidos por essa lei natural, conhecida hoje como Lei de Planck. Radiação super-planckiana Em 1900, o físico alemão Max Planck descreveu matematicamente o padrão de radiação que conhecemos e l

AstroNEOS entrevista Astrofísico com modelo matemático para o coronavírus

Os pesquisadores José Dias do Nascimento, físico do Departamento de Física Teórica e Experimental da UFRN (Universidade Federal do Rio Grande do Norte); e Wladimir Lyra, astrônomo da Universidade do Estado do Novo México, nos EUA usaram um modelo de sistemas dinâmicos usados em Astrofísica para prever o comportamento do coronavirus no Brasil e em alguns países. AstroNEOS entrevistou José Dias do Nascimento que estava em Boston. -- Modelo matemático "MOSAIC = epideMic infectiOus diSease lArge populatIon Code":Python no GitHub: https://github.com/wlyra/covid19/blob... -- Repositório de Modelos. Página institucional com Projeções do modelo para o COVID-19, progresso das infecções, cenário, níveis de demanda por Hospitalização e Progressão dos casos no Brasil e Estados brasileiros. Em primeira mão, para o Estado do Rio Grande Norte. Podem ser encontrados em https://covid.lais.ufrn.br/#projecoes FONTE: AstroNEOS

Como o néon pode fazer uma estrela se destruir

O coração da nebulosa do Caranguejo, que pode ter chegado ao fim através dos processos descritos abaixo. Imagem: NASA e ESA; Agradecimento: J. Hester (ASU) e M. Weisskopf (NASA / MSFC) Por Ryan F. Mandelbaum Algumas estrelas deveriam agradecer ao elemento néon por sua morte definitiva e explosiva, de acordo com pesquisas astrofísicas. Os astrônomos adoram estudar os ciclos de vida das estrelas, incluindo quais estrelas morrem de que maneira. Estrelas menos massivas, como o nosso Sol, se expandem e perdem suas camadas à medida que se transformam em anãs brancas, enquanto estrelas muito maiores explodem em supernovas violentas e seus núcleos se transformam em buracos negros ou estrelas de nêutrons. Mas muitas questões envolvem o fim de estrelas de tamanho intermediário que têm entre sete e 11 vezes a massa do Sol. Elas perdem suas camadas ou explodem? E se elas se tornarem uma supernova, qual é o produto final? A compreensão dessas estrelas, em parte, depende da compreensão do c

Hubble tira foto de galáxia "floculenta" a 60 milhões de anos-luz da Terra

(Foto: NASA) Por Daniele Cavalcante Uma galáxia peculiar, localizada a cerca de 60 milhões de anos-luz de distância, na constelação Coma Berenices, foi fotografada pelo Telescópio Espacial Hubble. A característica que a torna um tanto especial é sua aparência “floculenta”. Essa palavra estranha usada na química significa que, olhando à distância, a galáxia NGC 4237 parece um aglomerado de flocos aglutinados - mais ou menos como um prato de mingau empelotado. Também podemos pensar nisso como um amontoado de pedaços fofinhos de algodão. Descoberta pelo astrônomo William Herschel em 1783, a NGC 4237 é uma galáxia espiral, embora seja difícil dizer isso à primeira vista. É que sua aparência pode confundir o olhar menos atento, pois, em galáxias floculentas, os braços espirais são um tanto irregulares e difíceis de distinguir. Mas não é apenas essa aparência que chama a atenção dos astrônomos. No bojo (grupo de estrelas que forma uma espécie de esfera luminosa no centro da maiori

Hiperssuperfícies: a ascensão das paredes inteligentes

Qualquer superfície programável poderá se tornar "inteligente", manipulando as ondas de rádio, luz e som conforme desejado. [Imagem: Fraunhofer IZM] Hiperssuperfícies Há poucos dias, você viu como as metassuperfícies transformaram as antenas parabólicas em espelhos planos - uma metassuperfície consiste em uma placa plana composta por uma matriz de antenas especiais que manipulam as ondas de uma forma que nenhum material natural consegue. Pois acaba de nascer a próxima geração dessas superfícies ativas, capazes de manipular ondas de todos os tipos, de luz e som a ondas sísmicas, de forma totalmente controlada. A novidade está sendo chamada de "hiperssuperfície" por Costas Soukoulis e demais membros de um projeto financiado pela União Europeia, chamado VisorSurf, que anteviu o enorme impacto que os materiais artificiais podem ter sobre a tecnologia. Apesar de extremamente promissoras, as metassuperfícies feitas até agora precisavam ser fabricadas especific

Giroscópio em miniatura para navegação sem GPS

Microgiroscópio apresentou precisão inédita, além de ser barato. [Imagem: Najafi Group/Universidade de Michigan] Navegação sem GPS Este giroscópio - pequeno, de baixo custo e altamente preciso - era o que faltava para permitir que drones e carros autônomos naveguem sem precisar de um sinal de GPS. A maioria dos celulares têm giroscópios para detectar a orientação da tela e ajudar a descobrir para que lado estamos andando, mas a precisão deles é baixa. É por isso que é tão comum que eles nos deem informações incorretas sobre nossa navegação. "Nosso giroscópio é 10.000 vezes mais preciso, mas apenas 10 vezes mais caro que os giroscópios usados nos telefones celulares típicos. Este giroscópio é 1.000 vezes mais barato do que os giroscópios muito maiores com desempenho semelhante," afirmou Khalil Najafi, da Universidade de Michigan, nos EUA. A chave para tornar este giroscópio pequeno e acessível é um ressonador mecânico quase simétrico com menos de um centímetro de l

Inteligência artificial traduz pensamentos em frases

Esquema do experimento, baseado em duas redes neurais. [Imagem: Joseph G. Makin et al. - 10.1038/s41593-020-0608-8] Implante neural Pesquisadores da Universidade da Califórnia em São Francisco desenvolveram um sistema de inteligência artificial capaz de transformar pensamentos em pequenas frases, limitadas a um conjunto conhecido de palavras. O sistema ainda é invasivo, exigindo um implante neural colocado diretamente no cérebro, mas a equipe acredita que este é um passo rumo a restabelecer a capacidade de fala em pacientes acometidos por paralisias ou derrames. A equipe baseou seu trabalho em pacientes de epilepsia grave que participam de um estudo médico que exigiu que cada um deles recebesse um implante neural, acoplado diretamente ao cérebro para tentar controlar as convulsões. É o mesmo grupo de pacientes que outra equipe usou no ano passado para desenvolver um programa capaz de traduzir sinais cerebrais diretamente em voz. De fonemas a frases Joseph Makin e seus c

Bases espaciais serão feitas com xixi de astronauta

O plano das três maiores agências espaciais do mundo é construir bases na Lua usando o solo lunar e impressoras 3D. [Imagem: ESA/Foster and Partners] Concreto de xixi A coisa não é bonita e pode até mesmo ser apontada como inteiramente nojenta, mas os resultados são positivos e apontam para possibilidades reais de uso na exploração espacial. Pra começo de conversa, tudo está sendo feito por uma equipe conjunta de pesquisadores da NASA, da ESA (Agência Espacial Europeia) e da CNSA (Administração Espacial Nacional da China). E as maiores agências espaciais do mundo não se reuniriam se não houvesse uma necessidade real de inovação na área de materiais de construção no espaço. Afinal, se quisermos construir bases na Lua ou em Marte, ou mesmo plantas de mineração em um grande asteroide, não podemos nos dar ao luxo de levar todo o material - o frete espacial hoje anda por volta de US$20.000 por quilograma. Feito de xixi, mas com cara de cocô A ideia é usar o xixi dos astronau

Roda Viva: Atila Iamarino

No Roda Viva, a jornalista Vera Magalhães recebe o biólogo Atila Iamarino. Doutor em microbiologia pela USP, com pós-doutorado em Yale, ele entende como poucos de doenças como o coronavírus. E não tem dúvidas em afirmar: se não forem tomadas as devidas providências, o mundo vai enfrentar um cenário de apocalipse. Fundador da maior rede de blogs de ciência do País, o Science Blogs Brasil, Iamarino alerta que o Brasil precisa parar e só devem ser mantidas as atividades essenciais. FONTE: Roda Viva

Astronomia ao Meio-dia (Palestras)

As Estrelas como fábricas dos elementos químicos Roberto D.D. Costa (IAG/USP) 23/05/2019 O processo de produção de energia nos núcleos das estrelas tem como subproduto a síntese dos elementos químicos. Nossa estrela, o Sol, fabrica 600 milhões de toneladas de hélio por segundo para produzir a energia que alimenta todo o Sistema Solar. Em processos similares, estrelas de massas diferentes, e em distintas fases de seus processos evolutivos, sintetizam todos os elementos químicos conhecidos. Nesta apresentação serão revisados os processos físicos de nucleossíntese, desde a síntese do hélio que ocorre nas estrelas de baixa massa até a síntese dos elementos pesados tais como urânio ou tório, que ocorre apenas nos estágios finais de evolução das estrelas de grande massa. Slides em PDF http://www.astro.iag.usp.br/~astro12h... Das galáxias à teia cósmica Gastão B. Lima Neto (IAG/USP) 06/06/2019 Há quase um século, descobrimos que vivemos em um universo com bilhões de ga

Supernovas explicadas: as maiores explosões do Universo

Supernovas são eventos extremos, talvez as maiores explosões do Universo. Nesse vídeo entendemos um pouco mais sobre como elas funcionam. FONTE: Ciência Todo Dia

Episódio 01: AstroNEOS entrevista um dos descobridores da minilua

Em 15 de fevereiro de 2020 os astrônomos Theodore Pruyne e Kacper Wierzchos do Catalina Sky Survey - Arizona - EUA, descobriram um pequeno objeto em órbita geocêntrica. Após várias observações o Minor Planet Center declarou que o objeto seria de origem natural e portanto ganhou a designação oficial de 2020 CD3, tornando-se um segundo satélite natural embora de caráter temporário. Neste episódio entrevistamos Kacper Wierzchos, um dos descobridores que gentilmente atendeu a solicitação do AstroNEOS. A entrevista está em espanhol, porém foi feita legenda para Português. Caso queira ativar esta opção, clique no ícone específico para ligar a legenda. Dados sobre o objeto: MPC - https://minorplanetcenter.net/db_sear... Órbita - https://ssd.jpl.nasa.gov/sbdb.cgi?sst... FONTE: AstroNEOS

Neurônios ciborgues prometem revolucionar medicina bioeletrônica

O dourado ilustra a deposição dos polímeros biocompatíveis em dois neurônios específicos, sem mexer com as células vizinhas. As partículas em azul representam os monômeros que permitem a formação dos polímeros nas células alvo. [Imagem: Ella Maru Studio/Yoon Seok Kim/Jia Liu, Deisseroth/Bao Labs - Stanford] Conexão humano-eletrônica Os ciborgues, super-humanos e "humanos melhorados" podem estar mais próximos da realidade do que se pensava. Pesquisadores conseguiram alterar as propriedades elétricas de tipos específicos de células nervosas em animais vivos, modificando-as geneticamente para que elas produzam polímeros condutores ou isolantes em suas superfícies. Em outras palavras, o próprio neurônio desenvolve uma capa eletricamente condutora ou isolante ao seu redor, permitindo controlar eletricamente essas células, de forma similar ao que a optogenética faz usando a luz, só que de forma mais simples e atingindo um número potencialmente ilimitado de células. Esta

Céu da Semana - 28 de março a 03 de abril

Está é uma Live do canal AstroNEOS em que se falou sobre o céu da semana e principais fenômenos astronômicos. FONTE: AstroNEOS

As estranhas órbitas dos discos planetários tipo-"Tatooine"

Dois exemplos de discos protoplanetários alinhados e desalinhados em torno de estrelas binárias (discos circumbinários), observados com o ALMA. As órbitas das estrelas binárias foram acrescentadas para efeitos de claridade. Esquerda: no sistema estelar HD 98800 B, o disco está desalinhado com as estrelas do binário. As estrelas orbitam-se uma à outra (nesta imagem, na nossa direção e na direção contrária) em 315 dias. Direita: no sistema estelar AK Sco, o disco está em linha com a órbita das suas estrelas binárias. As estrelas orbitam-se uma à outra a cada 13,6 dias. Crédito: ALMA (ESO/NAOJ/NRAO), I. Czekala e G. Kennedy; NRAO/AUI/NSF, S. Dagnello Usando o ALMA (Atacama Large Millimeter/submillimeter Array), os astrônomos descobriram geometrias orbitais impressionantes em discos protoplanetários que rodeiam estrelas binárias. Embora os discos que orbitem os sistemas estelares duplos mais compactos partilhem quase o mesmo plano, os discos em torno de binários largos têm planos orbit

Desculpe, mas você não vai poder voltar no tempo

Além dos fundamentos da física, a simulação é importante para o estudo da gravidade quântica. [Imagem: Tjarda Boekholt] Com informações da Escola Holandesa de Pesquisa em Astronomia Simetria do tempo Se três ou mais objetos se movimentarem, sejam átomos ou planetas, a história não poderá ser revertida. Esta é a conclusão de uma equipe internacional de pesquisadores com base em simulações de computador de três buracos negros em uma complexa órbita trinária, contestando outros físicos que garantem que a viagem no tempo é possível. A maioria das leis básicas da física não tem problemas com a direção do tempo - elas não tem problemas em ir do passado para o futuro, mas também não se importam de voltarem do futuro rumo ao passado. Elas são, como os cientistas as chamam, simétricas em relação ao tempo ou simétricas no tempo. Na prática, no entanto, todo mundo sabe que o tempo não pode simplesmente correr para trás. Por exemplo, um copo que cai em cem pedaços realmente não voa d