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Estas moscas estão presas no ato de acasalamento por 41 milhões de anos


Moscas acasalando encontradas em âmbar de 41 milhões de anos. Imagem: Jeffrey Stilwell

Por George Dvorsky

Um casal de moscas predadoras tiveram um fim românico há cerca de 41 milhões de anos, quando uma gota de resina de uma árvore estragou “os finalmentes” deles. Pelo lado bom, o ato interrompido foi preservado por toda a eternidade nesse âmbar pornográfico.

Aranhas pré-históricas, formigas, mosquitos e um par de moscas estão entre um tesouro único de fósseis em âmbar descritos em um artigo publicado recentemente na Scientific Reports.

Os fósseis de âmbar são tipicamente associados ao hemisfério norte, em especial a Mianmar, que produziu um conjunto impressionante de fósseis ao longo dos anos. A nova seleção é única na medida em que se encontram entre os fósseis de âmbar mais antigos recolhidos no hemisfério sul, incluindo locais na Austrália e na Nova Zelândia. O novo trabalho foi liderado por Jeffrey Stilwell da Monash School of Earth, Atmosphere and Environment, na Austrália.


Vários animais encontrados presos no âmbar, originários do hemisfério sul. Imagem: J. D. Stillwell et al., 2020/Scientific Reports

A nova coleção abrange um vasto período de tempo, desde o período Triássico Final, há cerca de 230 milhões de anos, até o Eoceno Médio Final, há cerca de 40 milhões de anos. Stilwell e seus colegas descobriram milhares de pedaços de âmbar, muitos dos quais continham vários animais, vegetais e microrganismos.

Os fósseis de âmbar são valiosos na medida em que oferecem uma perspectiva 3D de espécimes quase que totalmente preservados. Em alguns casos raros, esses fósseis podem até capturar um determinado comportamento, como carrapatos rastejando nas penas de um dinossauro ou uma aranha atacando uma vespa.

Neste caso, os pesquisadores tiveram a sorte de encontrar um par de moscas predadoras (Dolichopodidae), que viviam no sul de Gondwana durante o Eoceno Médio Final, região que hoje é Anglesea, na Austrália.

“Esse pode ser o primeiro exemplo de ‘comportamento congelado’ no registro de fósseis da Austrália”, disse Stilwell em um comunicado de imprensa.

Mas como explica a paleontóloga Victoria McCoy, da Universidade de Wisconsin (EUA), ao New York Times, essas moscas podem não estar realmente em suas posições finais de vida. “É possível que uma mosca estivesse presa no âmbar e a outra estivesse bastante excitada e por isso foi tentar acasalar”, disse McCoy, que não estava envolvida na pesquisa.

Porém, pode ser que o destino interveio para que o ato final dessas moscas fosse mesmo o acasalamento. E poderia ter sido pior, como neste âmbar de 99 milhões de anos que preservou uma aranha de pênis ereto, registando o que é provavelmente a “mais antiga e mais longa ereção da história da ciência”.

Em outro momento esquisito que ficou congelado no tempo, um pedaço de 100 milhões de anos de âmbar na China mostra uma donzelinha macho tentando cortejar uma fêmea – neste caso, ele nem conseguiu consumar o ato.

Os fósseis de âmbar proporcionam uma visão sem precedentes dos ecossistemas que existiam há muito tempo no sul da Pangeia, no sul de Gondwana e na Zelândia.

Começando entre 200 milhões e 175 milhões de anos atrás, as massas terrestres agora conhecidas como América do Sul, África, Madagáscar, Índia, Antártida e Austrália se separaram a partir do supercontinente da Pangeia, formando o supercontinente de Gondwana.


Reconstrução artística de Monomorium, uma espécie de formiga previamente desconhecida, encontrada congelada no âmbar australiano. Ilustração: J.A. Peñas

Além dessas moscas, o artigo descreve uma nova espécie de formigas fósseis chamada Monomorium e uma pequena hexapoda sem asas, ambos do sul de Gondwana. Uma série de filhotes de aranhas, mosquitinhos-do-mangue, vegetais e pedaços de musgo estão entre os outros itens encontrados envoltos na resina fossilizada das árvores. Os cientistas também encontraram um pedaço de âmbar com cerca de 230 milhões de anos, o mais antigo do sul da Pangeia.

Para o futuro, os pesquisadores querem continuar catalogando os animais encontrados no âmbar, pois muitos deles poderão representar novas espécies e possivelmente até novos grupos de animais do passado.

FONTE: GIZMODO BRASIL

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