Às vezes séculos antes, eles imaginariam peças fundamentais do mundo atual
Por Thiago Lincolins
Arma nuclear, bebê de proveta, televisão, celular e outras invenções centrais para o mundo atual foram previstas décadas atrás por cientistas e escritores.
Conheça 10 gênios que previram o futuro:
1. Robert Boyle (1627-1691)
Domínio público
Nem só suas contribuições na física e na química são conhecidas — como a Lei de Boyle, que demonstra o comportamento dos gases. Um manuscrito encontrado pela Royal Society após sua morte revela que, antes mesmo de a palavra ciência existir, o químico fez previsões que vão de alimentos geneticamente modificados (“transmutados”) até remédios para dormir e drogas psicodélicas.
2. H.G. Wells (1866-1946)
Domínio público
O inglês escreveu livros que, além de lhe renderem o título de “pai da ficção científica”, trouxeram cenários e invenções futuristas. Em 1914, com The World Set Free (“O Mundo Livre”), Wells previu a existência de armas nucleares – incontroláveis e bem mais destrutíveis. Já em 1901, The First Men in the Moon (“Os Primeiros Homens na Lua”) traz dois personagens que vão até o satélite natural da Terra.
3. Nikola Tesla (1856-1943)
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O gênio não apenas venceu a Guerra das Correntes contra Edison. Em 1898, ao fazer a demonstração de um barco controlado de forma remota, Tesla nos introduziu aos atuais equipamentos manipulados por controle remoto. E, na edição de janeiro de 1926 da revista americana Collier, explicou que, no futuro, haveria comunicação instantânea por “dispositivo de bolso”. Um “alô” do passado para os celulares.
4. Julio Verne (1828-1905)
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Em Vinte Mil Léguas Submarinas, de 1869, o escritor francês descreve um capitão que viaja pelo oceano num enorme submarino elétrico, batizado de Náutilus, algo que viria décadas depois. E no artigo In the Year 2889 (“No ano 2889”), de 1889, ele descreve a existência de um noticiário transmitido todas as manhãs, como uma alternativa aos impressos.
5. Karel Čapek (1890-1938)
Domínio público
Na peça de ficção científica Rossumovi Univerzální Roboti (“Robôs Universais de Rossum”), lançada em 1920, o autor descreve uma fábrica que cria pessoas artificiais com o uso de matéria orgânica sintética. São os roboti (robôs) – apesar de as características estarem mais próximas ao conceito dos androides biológicos, Capek popularizou o termo “robô”.
6. Hugo Gernsback (1884-1967)
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Além de popularizar a ficção científica como editor da revista Amazing Stories – primeira dedicada exclusivamente ao gênero –, Gernsback deu uma prévia dos óculos de realidade virtual em 1968. O teleyeglasses (“teleóculos”) do inventor possuía minúsculas telas em cada olho, que transmitiam imagens estereoscópicas ou em 3D, similarmente aos modernos óculos de realidade virtual.
7. Gene Roddenberry (1921-1991)
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Lançada em 1966, a série Star Trek, concebida pelo roteirista, representou um marco para a ficção científica. Ainda hoje, o enredo inspira toda uma cultura, os trekkers, além de filmes, desenhos e spin-offs. No Star Trek dos anos 70, objetos como tradutores universais, computadores com informação por voz e pequenos computadores sensíveis ao toque lembram funcionalidades bastante atuais.
8. Archibald Montgomery Low (1888-1956)
Domínio público
Antes de a televisão ser inventada, Low já havia criado o conceito do aparelho com a TeleVista. Após demonstração em 1914, o invento foi descrito pelo jornal britânico The Times como um “um meio de transmitir imagens visuais por fio”. O periódico também foi profético: “(...) em breve, poderemos ver as pessoas a distância”. Low engavetou o projeto por falhas. As primeiras TVs são de 1930.
9. J.B.S Haldane (1892-1944)
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O biólogo britânico imagina, com a obra Daedalus; or, Science and the Future (“Dédalo; ou, Ciência e o Futuro”), de 1924, que os seres humanos poderão se reproduzir por meio da técnica hoje conhecida como fertilização in vitro – processo de fecundação do óvulo por um espermatozoide fora do corpo da mulher. O primeiro “bebê de proveta” viria em 1970.
10. Alexis de Tocqueville (1805-1859)
Domínio público
Em um trecho da obra De la Démocratie en Amérique (“Da Democracia na América”), de 1835, o escritor francês explica que, no futuro, os Estados Unidos e a Rússia travariam uma grande disputa pelo poder que afetaria o mundo inteiro. Em 1947, as duas superpotências citadas por Tocqueville, aliadas na Segunda Guerra, começavam a Guerra Fria.
FONTE: aventurasnahistoria.uol.com.br
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