EM ESTUDO DA NASA, PESQUISADORES BUSCARAM ENTENDER SE CHUVA CORONAL OCORRIA DENTRO DAS FLÂMULAS DO CAPACETE SOLAR, TAIS COMO AS QUE APARECEM NO LADO ESQUERDO DA IMAGEM. A FOTO RETRATA UM ECLIPSE SOLAR DE 1994, VISTO DA AMÉRICA DO SUL. (FOTO: ÚPICE OBSERVATORY AND VOJTECH RUŠIN)
Conhecida como "chuva coronal", a precipitação lança jorros de plasma quente para a coroa da estrela
Um estudo da NASA publicado pela Sociedade de Astrônomos Profissionais (American Astronomical Society) no jornal Astrophysical Journal Letters revela algumas observações a respeito da chuva coronal, um fenômeno que ocorre na coroa do Sol — um trecho luminoso que é visível durante eclipses solares.
O Sol foi observado com telescópios de alta resolução da NASA e foram analisadas imagens do Solar Dynamics Observatory, uma sonda não tripulada da agência espacial norte-americana que tem fotografado a estreala a cada doze segundo desde o seu lançamento, em fevereiro de 2010.
Os pesquisadores concluíram que o funcionamento da chuva coronal presente na estrela é muito similar aquela encontrada na Terra. O plasma solar é um gás eletricamente carregado, que — embora não acumule em poças, como a água — traça os movimentos magnéticos que vem do Sol.
Onde o plasma se prende à superfície do Sol ele é superaquecido, com temperaturas que chegam a milhões de graus Celsius. Conforme ele esfria, ele condensa e a gravidade o arrasta para baixo na coroa solar — efeito similar ao que acontece na vaporização de água da chuva na Terra.
A CHUVA CORONAL PODE SER OBSERVADA APÓS ERUPÇÕES SOLARES (FOTO: NASA’S SOLAR DYNAMICS OBSERVATORY/SCIENTIFIC VISUALIZATION STUDIO/TOM BRIDGMAN)
O estudo ainda analisou o processo cíclico de aquecimento e resfriamento decorrentes da chuva coronal: os pesquisadores suspeitam que tal fenômeno tenha ligação com o fato de que o Sol possui uma atmosfera 300 vezes mais quente do que a sua própria superfície.
Foram encontrados sinais da “chuva solar” a mais de 48 mil quilômetros de altitude . Os pesquisadores ainda estão trabalhando em simulações computadorizadas e ainda esperam confirmações observacionais. A sonda Parker da NASA, que foi lançada em 2018, promete orbitar o Sol e esclarecer alguns mistérios, tais como os da chuva coronal.
CHUVA CORONAL PODE SER VISTA ENTRE MOVIMENTOS MAGNÉTICOS DO SOL. (FOTO: NASA’S SOLAR DYNAMICS OBSERVATORY/EMILY MASON)
FONTE: REVISTA GALILEU
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