JÚPITER, O MAIOR PLANETA DO SISTEMA SOLAR (FOTO: DIVULGAÇÃO/NASA)
O telescópio, que ainda está em construção, realizará análises em infravermelho para coletar informações da Grande Mancha Vermelha de Júpiter
Ainda em construção, o telescópio espacial James Webb já tem uma série de missões para os próximos anos: em comunicado, a NASA afirmou que o equipamento será responsável por estudar a Grande Mancha Vermelha de Júpiter, a enorme "cicatriz" vermelha fruto de uma tempestade giratória que já dura pelo menos 168 anos no maior planeta do Sistema Solar.
Para realizar a investigação do fenômeno, uma equipe de cientistas utilizará a capacidade do James Webb em realizar análises com equipamentos de infravermelho. A técnica possibilitará conhecer a estrutura térmica e química da tempestade de Júpiter, estudando as suas causas.
A Grande Mancha Vermelha é monitorada desde 1830 e tem 16 mil quilômetros de largura: estima-se que essa tempestade começou há 350 anos. Duas vezes maior que a Terra, a região onde ocorre o fenômeno tem temperaturas 600ºC mais quentes que o restante de Júpiter — a tempestade bombeia calor do interior do planeta.
Considerado o sucessor do Hubble, o Telescópio Espacial James Webb foi projetado em 1996, com custo estimado de quase US$ 9 bilhões. Cem vezes vezes mais sensível que o Hubble, ele é o projeto mais avançado, arriscado e complicado já desenvolvido pela agência especial norte-americana.
Após o lançamento, agendado para 2019, o Webb será capaz de observar a infância do universo, a formação de galáxias e a atmosfera de exoplanetas — seus dados representarão uma revolução na astronomia.
O telescópio ficará a 1,5 milhão de quilômetros da Terra: por isso, ao contrário de seu antecessor (o Hubble está localizado a meros 600 quilômetros de distância), o James Webb não passará por nenhum tipo de manutenção. No espaço, o telescópio será capaz de alguns truques inéditos, como separar a radiação emitida por uma estrela anfitriã da radiação bem mais fraca emitida por seus possíveis exoplanetas. Ele também conseguirá estudar o universo quando tinha apenas 2% de sua idade atual.
FONTE: REVISTA GALILEU
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