Construído em 2016, o telescópio espacial James Webb estava inicialmente programado para ser lançado ao espaço em 2018. Só que, em março, a NASA decidiu adiar seu lançamento para o ano de 2020. Agora, a agência espacial dos EUA anunciou que o lançamento deste que será o sucessor do Hubble acontecerá somente em 30 de março de 2021.
Mas o atraso do lançamento é, na verdade, uma boa notícia. Problemas técnicos que vêm acontecendo nos últimos tempos ameaçariam a vida do James Webb caso o cronograma fosse mantido. Afinal, caso algo desse errado depois de o telescópio ser disparado para o espaço, um reparo em órbita ficaria praticamente impossível de acontecer.
Desta vez, um relatório de 69 páginas mostra, entre outras coisas, uma anomalia em testes da espaçonave — especificamente, parafusos e arruelas que fazem parte do escudo de proteção solar se soltaram do equipamento. Então, é necessário mais tempo para que a equipe consiga identificar a causa do problema, corrigindo-o definitivamente.
O telescópio espacial James Webb é 100 vezes mais potente do que o Hubble, e nos dará uma visão sem precedentes das primeiras galáxias que surgiram no universo. Ele será capaz de observar coisas que aconteceram cerca de 200 milhões de anos após o Big Bang, nos fornecendo ainda mais dados para entendermos o universo do qual fazemos parte.
Pesando 6,4 toneladas e medindo 6,5 metros de diâmetro, o James Webb é três vezes maior do que o Hubble, e carregará consigo instrumentos como câmeras e espectrômetros capazes de capturar até os sinais mais fracos, de estrelas muito distantes. Segundo a NASA, o James Webb capturará até 70 vezes mais luz do que o Hubble. E, diferente do Hubble (que circula ao redor da Terra), o novo telescópio ficará posicionado em um local a 1,5 milhão de quilômetros espaço adentro.
FONTE: canaltech.com.br
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