UM PAR DE BURACOS NEGROS EM ROTA DE COLISÃO FOI DETECTADO A 2,5 BILHÕES DE ANOS-LUZ DA TERRA (FOTO: ASTROPHYSICAL JOURNAL LETTERS 2019)
Fenômeno foi observado a 2,5 bilhões de anos-luz da Terra, afirmam cientistas
Dois buracos negros supermassivos em rota de colisão foram detectados em uma galáxia a 2,5 bilhões de anos-luz da Terra. Cada um dos gigantes tem massa superior a 800 milhões de vezes a do Sol e, segundo os especialistas, quando colidirem emitirão ondas gravitacionais detectáveis.
A descoberta é particularmente interessante porque fornece uma visão de como Universo era há bilhões de anos. Além disso, coincidentemente, 2,5 bilhões de anos é aproximadamente a mesma quantidade de tempo que os astrônomos estimam que esses buracos negros levarão para começar a produzir poderosas ondas gravitacionais.
Isso significa que hoje os buracos negros já estão emitindo essas ondas gravitacionais, mas mesmo à velocidade da luz, os fenômenos não alcançarão a Terra por bilhões de anos. Mesmo assim, a descoberta poderá ajudar os cientistas a estimar quantos buracos negros supermassivos mais próximos estão emitindo ondas gravitacionais detectáveis no momento.
Também poderão ser analisados a frequência com que galáxias se fundem e se os pares de buracos negros supermassivos se fundem ou se ficam presos, orbitando um ao outro infinitamente. "É um grande embaraço para a astronomia que não sabemos se buracos negros supermassivos se fundem", disse Jenny Greene, coautora do estudo, em comunicado.
A equipe responsável pela descoberta espera que as características do evento detectado forneçam estimativa de quantos fenômenos do tipo existem, de acordo com as ondas gravitacionais produzidas: "É um pouco como um coro caótico de grilos cantando no meio da noite", explicou o astrofísico Andy Goulding, da Universidade de Princeton. "Você não pode discernir um grilo de outro, mas o volume do barulho ajuda a estimar quantos grilos estão por aí."
FONTE: REVISTA GALILEU
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