O ROBÔ AQUANAUT EM SUA VERSÃO FECHADA (FOTO: HOUSTON MECHATRONICS)
Submarino-robô foi projetado para trabalhar de longas distâncias, mudando sua forma de acordo com a necessidade
Se, como afirmam os cientistas, o fundo dos oceanos é menos conhecido do que a superfície da Lua, que tal colocar a tecnologia da NASA para mudar esse panorama, e investigar essa parte tão importante do planeta Terra?
É o que está fazendo um grupo de antigos engenheiros da agência espacial norte-americana. fundadores da Houston Mechatronics. “Nossa equipe desenvolveu alguns dos robôs mais avançados que a NASA já produziu e vem desenvolvendo tecnologia avançada de robótica submarina há anos”, disse em nota à imprensa o CEO da empresa, Matthew Ondler.
A empresa se inspirou nos Tranformers para desenvolver um robô submarino que muda sua configuração de acordo com a necessidade, tudo de baixo d’água. Nasceu assim o Aquanaut, um robô de uma tonelada que, quando fechado, assume um formato hidrodinâmico para se mover, chegando a 200 km de distância do ponto de controle.
"Nós queremos que o Aquanaut se mova com o menor arrasto possível, assim podemos estender o alcance máximo do veículo com sua bateria”, afirmou o porta-voz da empresa, Sean Halpin, ao LiveScience.
Quando se abre, porém, o robô libera dois grandes braços mecânicos, com 3,5 metros de alcance, totalmente articulados, para fazer o trabalho pesado. A ideia é que o veículo possa trabalhar em situações de extremo perigo, tanto que está sendo financiado por empresas que exploram petróleo em águas profundas e pelo exército americano.
O AQUANAUT SE TRANSFORMOU! (FOTO: HOUSTON MECHATRONICS)
Segundo Halpn, o maior desafio do projeto do submarino Transformer é o fato da realidade ser bem mais complexa que a ficção. “Como você pode imaginar, coisas que se movem podem quebrar”, disse.
Por isso, o Aquanaut precisou ser desenhado para mudar sua configuração, mas movendo o mínimo de peças possível. “Os Transformers dos filmes de Michael Bay têm milhões de pequenas partes que se movem quando se transformam. Isso não seria o que um robô normal faria”, conta.
Outro desafio foi dotar o submarino de inteligência. Apesar dele ser controlado à distância, quando estiver a 200 km da base, a comunicação pode demorar alguma fração de segundo para chegar. Assim, apesar de obedecer instruções humanas, o Aquanaut pode tomar decisões detalhadas por conta própria. O veículo foi projetado para buscar defeitos em sua estrutura e ajustes no motor sem que ninguém mande o comando.
O Aquanaut ainda está em fase de desenvolvimento. De acordo com Halpn, ele deve estar completamente construído e pronto para ser testado na água nos próximos meses. A expectativa é que em 2019 ele já comece a embarcar em perigosas missões submarinas.
FONTE: REVISTA GALILEU
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