IMAGEM DE MARTE TIRADA PELA SONDA CURIOSITY NO DIA 18 DE JUNHO DESTE ANO. (FOTO: NASA/JPL-CALTECH)
Equipamento registrou a quantidade mais alta já registrada da substância, que pode ter sido liberado por seres vivos ou por atividade geotérmica
Na semana passada, a sonda Curiosity, da NASA, detectou a quantidade de metano mais alta já registrada desde que o equipamento começou a operar em Marte, em 2012. A detecção é considerada importante, pois o metano também é liberado por seres vivos na Terra e também é criado por atividades geotérmicas nas quais há interação entre rochas e água, por exemplo.
Após alguns séculos, o metano terrestre tende a ser quebrado pela radiação do Sol. Isso sugere que a alta concentração do gás fora produzida recentemente ou liberada somente agora, após ter ficado presa na superfície do Planeta Vermelho por certo tempo.
“Com nossas medidas recentes, nós não temos como dizer se a fonte de metano é biológica ou geológica ou ainda moderna ou antiga”, afirmou Paul Mahaffy, do Goddard Spaceflight Center, de Maryland, em comunicado da NASA.
Segundo últimas informações da agência espacial norte-americana, no entanto, os níveis elevados de metano já decresceram, alcançando um valor próximo dos níveis comuns que a sonda Curiosity costuma medir.
Não é a primeira vez que a sonda detecta essa substância em Marte: em 2014, a sonda detectou um pico de metano na cratera Gale durante meses. A hipótese para explicar a pouca predicabilidade dos níveis do gás no planeta é que o componente aumenta e diminui conforme as estações marcianas.
A SONDA CURIOSITY FOI RESPONSÁVEL PELA DESCOBERTA DE MOLÉCULAS ORGÂNICAS EM MARTE (FOTO: NASA)
Os cientistas ainda pretendem coletar mais metano de diferentes sondas para localizar as fontes do gás e aumentar a compreensão de quanto ele dura na atmosfera do planeta. Por enquanto, o que se sabe é que Marte ainda não apresentou sinais de vida biológica atualmente, mas, segundo um estudo de 2016, feito por pesquisadores dos EUA, bilhões de anos atrás o planeta pode ter abrigado microrganismos e água líquida.
FONTE: REVISTA GALILEU
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