ESPERMA TESTADO EM MICROGRAVIDADE NÃO APRESENTOU NENHUMA DIFERENÇA EM COMPARAÇÃO AO QUE FICOU NA TERRA (FOTO: PIXABAY)
Gametas masculinos expostos à microgravidade não sofreram modificações; descoberta possibilita criação de banco fora da Terra
Um estudo pioneiro mostrou que amostras de esperma congelados expostos à microgravidade não sofrem alteração. O resultado da análise empolgou o cientistas, pois evidencia a possibilidade do transporte seguro de gametas masculinos para o espaço e da criação de um banco de esperma humano fora da Terra.
Para executar o teste, uma pequena aeronave de treinamento acrobático levou dez amostras do material fazendo 20 manobras parabólicas. Segundo os especialistas, esses movimentos criaram momentos de microgravidade que duraram cerca de oito segundos cada um.
Por mais que o espaço amostral do estudo seja pequeno e que as condições não sejam exatamente as mesmas encontradas no espaço, os resultados animaram os especialistas. Isso porque os pesquisadores não encontraram diferença entre os espermatozoides que "viajaram" e as amostras dos grupos de controle deixados na Terra.
"Alguns estudos sugerem uma diminuição significativa na motilidade de amostras humanas de esperma fresco", disse Montserrat Boada, especialista no tema, em comunicado. "Mas nada foi relatado sobre os possíveis efeitos de diferenças gravitacionais em gametas humanos congelados, em cujo estado eles seriam transportados da Terra para o espaço."
Boada ressalta que sua equipe busca validar os resultados obtidos e então testar amostras maiores de espermatozoides, períodos mais longos de microgravidade e até gametas frescos. "Se o número de missões espaciais aumentar nos próximos anos, e elas forem de maior duração, é importante estudar os efeitos da exposição humana de longo prazo ao espaço para enfrentá-los", contou a especialista. E, para ela, justamente por isso "não é irracional começar a pensar sobre a possibilidade de reprodução além da Terra".
FONTE: REVISTA GALILEU
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