ASTRONAUTAS ESTÃO RESISTENTES À DOAÇÃO DE ESPERMA (FOTO: PIXABAY)
Cientistas da Rússia querem estudar os efeitos do espaço na produção de sêmen, mas há resistência para a doação
Pesquisadores russos querem estudar os efeitos do espaço na produção de esperma em homens, mas não tem sido fácil conseguir amostras dos astronautas a bordo da Estação Espacial Internacional (EEI). Há resistência por parte dos viajantes espaciais: segundo Irina Ogneva, chefe do laboratório de biofísica da Academia Russa de Ciências, a tarefa de coletar biomaterial em condições de microgravidade ainda faz com que “todos sorriam e rejeitem” a ideia.
“Nós não conseguimos conduzir esse procedimento de rotina com cosmonautas doando espermogramas. Nós encontramos obstáculos de natureza moral, psicológica e ética. Não há cosmonautas que queiram”, afirmou Ogneva, à agência de notícias russa RIA Novosti.
Os efeitos das viagens espaciais de longa duração no corpo humano ainda não são conhecidos completamente e entendê-los é essencial para uma futura colonização de Marte e outros planetas, por exemplo. O objetivo dos cientistas com a coleta dos espermas é compreender como se daria a espermatogênese, ou seja, a fabricação de gametas no espaço (onde há gravidade zero).
Se os russos estão tendo dificuldades para fazer os experimentos, a NASA também não está muito na frente: a agência espacial norte-americana ainda não conduziu estudos oficiais sobre a reprodução biológica no espaço. O mais próximo disso ocorreu ano passado, quando foi lançada à EEI esperma congelado de humanos e bois.
FONTE: REVISTA GALILEU
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