Salvador Nogueira
A VSS Unity, nave espacial suborbital da Virgin Galactic, realizou nesta sexta-feira (22) seu segundo voo à borda do espaço. Desta vez, além de piloto e copiloto, voou uma passageira.
Beth Moses, instrutora-chefe de astronautas comerciais da empresa (eles chamam os futuros turistas espaciais de “astronautas comerciais”), estava a bordo e se tornou a primeira mulher a voar numa espaçonave privada. Também foi a primeira vez que uma SpaceShipTwo — modelo a que pertence a VSS Unity — viajou com três pessoas a bordo.
O veículo se desprendeu de seu avião-mãe, o WhiteKnightTwo, às 13h53 (de Brasília), cerca de 45 minutos após a decolagem do conjunto, no deserto de Mojave, na Califórnia. Após a liberação, o VSS Unity ligou seu propulsor-foguete e atingiu uma altitude de 89,9 km, chegando a Mach 3 — três vezes a velocidade do som –, antes de retornar para um pouso como avião, às 14h08.
Beth Moses, David Mackay e Mike Masucci a bordo da VSS Unity durante o voo. (Crédito: Virgin Galactic)
É o segundo voo “espacial” da SpaceShipTwo, mas cabem as aspas porque nenhum deles cruzou a chamada linha de Kármán, uma fronteira imaginária (e arbitrária) de 100 km que separaria a atmosfera do espaço e que é o parâmetro adotado pela maioria das instiuições ligadas ao espaço.
Agências governamentais americanas, contudo, consideram que a fronteira do espaço está a 50 milhas do solo (80,5 km). Então, para o governo americano, a VSS Unity atingiu o espaço duas vezes (em 13 de dezembro e nesta sexta), embora nem todos no mundo possam concordar com isso.
O mais importante é que a experiência é essencialmente a mesma, a 90 ou a 100 km de altitude, e Beth Moses pôde experimentar, junto com os pilotos David Mackay e Mike Masucci, a sensação de ausência de peso por alguns minutos, enquanto veículo descrevia uma parábola suborbital de queda livre.
Também voaram a bordo cargas úteis de experimentos da Nasa (agência espacial americana), que pagou pelo espaço a bordo.
Richard Branson, o fundador da companhia Virgin Galactic, espera que as operações comerciais do veículo comecem ainda neste ano, a partir do Espaçoporto América, no Novo México. No momento, contudo, a empresa considera que a nave está em fase de testes. Centenas de passagens já foram comercializadas, a um custo de US$ 250 mil cada.
FONTE: mensageirosideral.blogfolha.uol.com.br
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