Este é o MXS - Fonte de Raios X Modulada -, um componente-chave na primeira demonstração da comunicação de raios X no espaço.[Imagem: NASA/W. Hrybyk]
Comunicação por raios X
A NASA vai usar a Estação Espacial Internacional para testar um novo tipo experimental de tecnologia de comunicações com potencial para transferir mais gigabits por segundo do que qualquer tecnologia atual ou em desenvolvimento.
Hoje, assim como no solo, as comunicações espaciais são feitas usando ondas de rádio.
A tecnologia de comunicação a laser está em desenvolvimento, com potencial para oferecer taxas de dados mais altas, permitindo que as espaçonaves transmitam mais dados em menos tempo - a sonda New Horizons, por exemplo, levou 20 meses para transmitir todas as imagens que coletou em um sobrevoo de poucos minutos em Plutão.
Esta nova demonstração envolverá comunicações por raios X - ou XCOM -, que poderão oferecer ainda mais vantagens do que a comunicação a laser.
Os raios X têm comprimentos de onda muito mais curtos do que o infravermelho e o rádio. Isso significa que, em princípio, o XCOM poderá enviar mais dados para a mesma quantidade de potência de transmissão. Os raios X podem transmitir em feixes mais apertados, usando menos energia nas comunicações em grandes distâncias.
Esta imagem mostra as localizações da Fonte de Raios X Modulada e do módulo NICER, que funcionará como receptor. O NICER foi desenvolvido originalmente para estudar estrelas de nêutrons. [Imagem: NASA]
Comunicações na reentrada
Se der certo, o experimento poderá levar as comunicações espaciais para a casa dos gigabits por segundo, uma taxa de transferência de dados equivalente a um bilhão de bits, ou unidades binárias simples, por segundo.
"Para algumas missões, o XCOM pode ser uma tecnologia capacitadora devido às distâncias extremas em que devem operar. Esperamos muito tempo para demonstrar essa capacidade," disse Jason Mitchell, engenheiro do Centro Espacial Goddard, que ajudou a desenvolver o projeto.
Melhor ainda, pelo menos no que diz respeito aos voos espaciais tripulados, os raios X podem perfurar o escudo de plasma quente que se acumula como uma barreira na atmosfera terrestre a velocidades hipersônicas, durante a reentrada das naves na atmosfera.
O plasma atua como um escudo, cortando as comunicações de radiofrequência com qualquer coisa fora da nave justamente em um dos momentos mais arriscados das missões.
FONTE: SITE INOVAÇÃO TECNOLOGICA
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