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Lagarto tem “equipamento de mergulho” natural e consegue ficar na água por até 16 minutos



Por George Dvorsky

Imagens sem precedentes feitas na Costa Rica mostram pequenos lagartos tropicais “respirando” em um saco de ar suspenso no topo de seus focinhos, como se fosse um tanque de mergulho que os ajuda a ficar submersos por períodos prolongados.

Esta filmagem é cortesia de Lindsey Swierk, ecologista da Universidade Binghamton, em Nova York. Enquanto observava anólis (nome dado aos lagartos do gênero Anolis) aquáticos no sul da Costa Rica em 2015, ela ficou impressionada com o tempo que eles conseguiam ficar submersos. Quando perturbados ou amedrontados, os anólis aquáticos saltam para os riachos próximos, esperando e torcendo para que o possível predador vá embora. Em um caso extraordinário, a equipe de Swierk cronometrou um mergulho com duração de 16 minutos.

“Eu me lembro claramente porque aquele lagarto seria o último que meu time estava analisando naquele dia”, diz ela ao Gizmodo. “Três de nós estávamos nos aproximando do lagarto para capturá-lo, e ele mergulhou em uma área relativamente rasa no riacho, cercada por rochas. No final, nós perturbamos o lagarto aos 16 minutos — algo que, é claro, eu me arrependo agora. Imagino quanto tempo ele ficaria naturalmente submerso.”

Impressionada e também muito confusa pela duração do mergulho, ela retornou alguns anos depois para dar uma olhada mais de perto — dessa vez, ela veio equipada com uma câmera subaquática. Swierk estava começando a suspeitar que o anólis aquático era “um minúsculo mergulhador”, como ela escreveu em seu blog. Como mostram as novas evidências em vídeo, esses lagartos parecem ter desenvolvido um “método de tanque de mergulho para ‘respirar’ embaixo d’água”. A nova filmagem é a primeira a capturar esse processo em ação.

Como os lagartos ficam imóveis debaixo d’água, bolhas podem ser vistas periodicamente, aparecendo acima de seus focinhos. As bolhas se expandem rapidamente e depois encolhem. Pode muito bem ser uma forma de respiração subaquática, na qual o oxigênio é retirado do ar reciclado que está na bolha da cabeça do lagarto. No entanto, mais pesquisas serão necessárias para validar essas observações visuais.

“Nós ainda não sabemos muito sobre esse fenômeno, o que o torna bastante interessante”, diz Swierk ao Gizmodo. “Acho que é possível que algumas bolsas de ar estejam presas na cabeça e na garganta do anólis e que a inalação e a exalação da bolha de ar permitam alguma ‘troca’ de ar fresco entre essas bolsas de ar. Ou talvez tenha algo a ver com o uso da bolha para se livrar do dióxido de carbono”.

No futuro, Swierk gostaria de examinar como a forma da cabeça dos lagartos pode ajudar a reter grandes bolhas de ar e como, potencialmente, ela permite que as bolhas grudem na superfície do corpo do anólis. Ela também gostaria de estudar o oxigênio na bolha durante um mergulho prolongado.

“Minha esperança é examinar esse fenômeno em um contexto ecológico e evolucionário, comparando esses traços e outros relacionados à respiração subaquática entre anólis semi-aquáticos e (a maioria das) outras espécies do mesmo gênero que normalmente não contam com a água como refúgio”, adiciona Swierk “Todos esses projetos estão engatinhando, e estou animada para começar a conversar com os colaboradores.”

Um artigo será publicado descrevendo as observações de Swierk na edição de março da revista Herpetological Review.



[Anole Annals via New Scientist]

FONTE: GIZMODO BRASIL

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