SCD-1 AINDA ANTES DO LANÇAMENTO, QUE ACONTECEU HÁ 25 ANOS. (FOTO: INPE)
Apesar da expectativa que tivesse apenas um ano de vida útil, o SCD-1 segue coletando dados ambientais do país
No dia 9 de fevereiro de 1993, o avião B52 levantou voo do Centro de Controle de Wallops, na costa leste dos Estados Unidos. Uma hora e meia depois, a 13 quilômetros de altitude, liberou o foguete Pegasus, que partiu em queda livre por cinco metros antes de seus motores serem acionados. Apenas alguns minutos depois chegou estava a 750 km acima do nível do mar. Às 11h41 da manhã, em horário de Brasília, entrava na órbita da Terra o SCD-1, o primeiro satélite brasileiro.
A expectativa era que o SCD-1 - (também conhecido como Satélite de Coleta de Dados) trabalhasse intensamente por um ano, e depois saísse em aposentadoria. Mas, como se adiantasse a reforma da Previdência, nunca saiu de atividade e, 25 anos depois, segue coletando dados ambientais sob controle do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais.
É verdade que ele não está em seus melhores dias. Devido a uma falha na bateria, desde 2010 o satélite só entra em operação quando a luz do Sol bate em seus painéis solares. Apesar disso, no dia que completa sua 132.010ª volta em torno do planeta, segue transmitindo informações para a previsão do tempo, monitorando o nível de água dos rios e represas, entre outras aplicações.
Manobras de reorientação do eixo de rotação do satélite são executadas periodicamente, conforme a necessidade, para manter os painéis solares apontados para o Sol e o painel inferior, que não possui painéis solares, voltado para uma direção que evite incidência direta de raios solares em sua superfície, de modo a permitir que por ele seja irradiado o calor excedente gerado a bordo.
A degradação dos sensores solares faz com que algumas medidas inválidas venham sendo enviadas pelo satélite com frequência crescente, mas atualizações efetuadas no software de processamento dessas medidas permitem, hoje, a filtragem destes dados para a geração de informações suficientemente confiáveis.
FONTE: REVISTA GALILEU
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