Por Patrícia Gnipper
Você já olhou para o céu noturno neste mês? Percebeu uma estrela extremamente brilhante se destacando entre as demais? Pois bem: esta estrela é, na verdade, o planeta Júpiter, que está em oposição ao planeta Terra e, na segunda-feira (10), alcançará o ponto mais próximo dessa aproximação — será possível até mesmo observar luas do gigante gasoso usando apenas um par de binóculos!
Essa aproximação é um fenômeno que acontece todos os anos quando a Terra, ao longo de sua órbita ao redor do Sol, acaba ficando exatamente num ponto entre Júpiter e o astro em uma linha reta, com o planeta gasoso estando razoavelmente perto de nós e, então, aparecendo muito maior e mais brilhante no céu. Vale lembrar que planetas podem ser confundidos com estrelas no céu pois eles refletem a luz do Sol, enquanto as estrelas produzem o próprio brilho.
Em seu site especialmente dedicado ao Sistema Solar, a NASA mensalmente publica uma lista com as observações que serão possíveis de se fazer no céu noturno em tal mês, e agora em junho a agência espacial destacou a oposição de Júpiter. "O maior planeta do Sistema Solar é uma joia brilhante a olho nu, mas parece ainda mais fantástico através de binóculos ou um pequeno telescópio, o que permitirá que você identifique as quatro de suas maiores luas, e talvez até vislumbre as nuvens que circundam o planeta", disse a agência.
Para observar Júpiter brilhando ainda mais no céu de junho, você pode contar com apps como o Star Chart (Android/iOS) para descobrir exatamente onde o planeta está no céu no instante de sua observação, com o planeta subindo logo ao anoitecer e permanecendo visível a noite toda. Se estiver usando binóculos, você conseguirá ver as chamadas Luas de Galileu: Europa, Ganimedes, Io e Calisto — elas recebem este apelido pois foram descobertas por Galileu Galilei. Ressaltamos que uma boa observação exige um céu limpo, e de preferência em áreas mais afastadas dos grandes centros urbanos para evitar a poluição luminosa.
As quatro luas de Galileu: Io, Europa, Ganimedes e Calisto (Foto: NASA)
FONTE: NASA via canaltech.com.br
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