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Uma dessas 4 missões será escolhida pela NASA para revolucionar a ciência



Por Patrícia Gnipper

Qual vai ser a próxima grande missão da NASA no que diz respeito ao entendimento do universo? Existem quatro grandes projetos na mesa no momento, e a divisão NASA Astrophysics da agência espacial tem mais quatro meses para classificar as quatro propostas, já que os recursos financeiros não permitem que todas sejam desenvolvidas ao mesmo tempo. A vencedora será a grande missão da NASA para a década de 2030 no que diz respeito ao estudo do universo.

O objetivo desta divisão da NASA é "descobrir como o universo funciona, explorar como ele começou e evoluiu, e procurar vida nos planetas ao redor de outras estrelas". E essa divisão teve como primeira missão principal o desenvolvimento do telescópio espacial Hubble, que marcou uma verdadeira revolução na ciência espacial e mudou a maneira como a humanidade enxergava o universo. O Hubble foi a missão mais cara da história da astrofísica, custando US$ 5 bilhões antes de ser implementado com sucesso e, ao longo de sua vida útil — ele foi lançado em 1990 e ainda está operacional —, o Hubble exigiu o gasto de muito mais dinheiro em manutenções (algo entre US$ 15 e US$ 20 bilhões).

Mas tamanho gasto verdadeiramente astronômico compensou: o telescópio proporcionou muitos avanços, como a descoberta das galáxias mais antigas e mais distantes já vistas e a descoberta de quatro novas luas em Plutão, e também permitiu um melhor entendimento da expansão do universo, da evolução de galáxias, da existência de exoplanetas e até mesmo mediu quanto tempo realmente se passou desde o Big Bang. Foram publicados mais artigos científicos usando dados do Hubble do que de qualquer outro instrumento científico em toda a história, por sinal.

E para descobrir mais respostas para as maiores questões sobre o universo, é preciso construir observatórios à altura dos desafios tecnológicos que se apresentam. Então, as quatro missões que estão em avaliação no momento são: Habitable Exoplanets Observatory (HabEx), Lynx X-ray Observatory, Origins Space Telescope (OST) e Large Ultraviolet Optical and Infrared Telescope (LUVOIR).

Habitable Exoplanet Observatory



Em português, o Observatório de Exoplanetas Habitáveis (HabEx) terá como objetivo final mapear diretamente os planetas similares à Terra em torno de estrelas parecidas com o Sol. Seus instrumentos permitirão a caracterização das atmosferas de mundos que podem ser parecidos com o nosso planeta, buscando sinais de água, oxigênio, ozônio e outras moléculas que indiquem assinaturas de vida. Ainda, servirá como um observatório astronômico geral, como se fosse uma versão atualizada do que hoje é o Hubble.


Lynx X-ray Observatory



O observatório Lynx analisará raios-X no universo. No momento, quem faz esse estudo é o observatório Chandra, da NASA, que já tem 20 anos de funcionamento e, portanto, já existem tecnologias mais avançadas que justificam o lançamento de um novo observatório com este objetivo. Enquanto o Chandra tem o mesmo poder de resolução de um telescópio de 8 polegadas, o Lynx terá sensibilidade maior, em um fator de 50 a 100 dependendo da energia dos raios-X, e terá dezesseis vezes o campo de visão do Chandra.


Origins Space Telescope



O Telescópio Espacial Origins (OST) servirá como uma evolução do Spitzer, desatualizado já há 16 anos e operando além de seu alcance, capacidade e segurança. O OST foi projetado com um espelho primário de 5,9 metros e contará com instrumentos operando em temperatura de hélio líquido, atingindo sensibilidades mais de mil vezes maiores do que o Herschel ou o SOFIA — os únicos observatórios que cobrem os mesmos comprimentos de onda do OST.

Ele terá cinco instrumentos científicos separados, investigando o crescimento de buracos negros e galáxias, a formação de planetas e sistemas estelares, a abundância e crescimento de elementos pesados e poeira no universo, e também identificará ingredientes da vida em todo o cosmos.


Large Ultraviolet Optical and Infrared Telescope



O LUVOIR será o sucessor definitivo do Hubble, com 15 metros de diâmetro e tendo 40 vezes mais poder de captação de luz, além de uma alta resolução de imagens sem precedentes. Entre as tarefas que o LUVOIR será capaz de desempenhar, estão coisas como observar diretamente erupções vulcânicas e gêiseres em luas de Saturno e Júpiter, identificar com mais rapidez planetas semelhantes à Terra em cerca de 100 anos-luz de distância, medir estrelas individuais em galáxias a até 300 milhões de anos-luz, caracterizar os tipos de estrelas em cada galáxia conhecida no universo (incluindo aquelas que são muito fracas, pequenas ou distantes, que o Hubble não é capaz de enxergar), mapear o gás em torno das galáxias conhecidas, e medir os perfis da matéria escura de qualquer galáxia.

Sendo assim, a missão do LUVOIR é a mais ambiciosa entre as quatro e, consequentemente, a mais custosa, com gasto estimado de US$ 20 bilhões. Então, o investimento necessário para essa missão pode ser o seu maior impedimento, ainda que a missão tenha o potencial de elevar a exploração espacial a um outro patamar tal qual aconteceu com o Hubble.

O orçamento anual para o braço de astrofísica da NASA é de apenas US$ 1,35 bilhão — menos de 0,03% do orçamento federal total dos Estados Unidos. E mesmo com essa quantia proporcionalmente pequena a agência espacial ainda consegue prosperar mais do que demais agências espaciais do mundo no que diz respeito ao lançamento de missões históricas, que elevam o nosso conhecimento sobre o universo. E mesmo que apenas um dos quatro projetos acima seja escolhido por questões orçamentárias, certamente qualquer um deles será revolucionário.

FONTE: Forbes via canaltech.com.br

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