ASTEROIDE GAULT ESTÁ SE DESINTEGRANDO NO ESPAÇO (FOTO: DIVULGAÇÃO)
Imagens feitas pelo Telescópio Espacial Hubble da revelam uma nova visão do passado incomum do asteroide Gault, descoberto em 1988. O objeto, que tem de 4 a 9 quilômetros de largura, foi visto com duas caudas estreitas de detritos semelhantes a cometas, indícios de que o asteroide está sofrendo autodestruição. Cada cauda é uma evidência de um evento ativo que liberou material no espaço.O estudo ainda será publicado no The Astrophysical Journal Letters.
A observação das duas caudas de detritos é a primeira indicação da instabilidade do asteroide, já que ele é um dos poucos a ser visto se desintegrando por um processo conhecido como Efeito Yarkovsky-O'Keefe-Radzievskii-Paddack (YORP), em que a radiação eletromagnética do Sol interage com pequenos objetos no Sistema Solar, fazendo com que eles girem cada vez mais rápido e se tornem instáveis.
“Esse evento de autodestruição é raro”, explicou Olivier Hainaut, um dos autores do estudo do European Southern Observatory, na Alemanha. "Asteroides ativos e instáveis, como o Gault, estão sendo detectados agora por meio de novos telescópios de levantamento que examinam todo o céu, o que significa que asteroides assim, que estão se comportando mal, não conseguem mais escapar da detecção."
A observação direta dessa atividade pelo Telescópio Espacial Hubble proporcionou aos astrônomos uma oportunidade especial de estudar a composição dos asteroides. Ao pesquisar o material que o Gault libera no espaço, os astrônomos podem ter mais informações sobre história da formação de planetas nas primeiras idades do Sistema Solar.
Os pesquisadores concluíram que a liberação de material ocorreu em episódios curtos que duraram de algumas horas a alguns dias. Por causa da ausência de excesso de poeira na vizinhança imediata do asteroide, eles concluíram que a atividade do asteroide não foi causada por uma colisão com outro objeto massivo.
As caudas observadas no Gault começarão a desaparecer nos próximos meses, quando a poeira se dispersar pelo espaço. No entanto, eles esperam que mais observações forneçam informações sobre esse objeto raro e curioso antes disso.
FONTE: REVISTA GALILEU
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