Pular para o conteúdo principal

Dois novos planetas descobertos usando Inteligência Artificial


Ilustração do Telescópio Espacial Kepler.
Crédito: NASA/JPL-Caltech/Wendy Stenzel

Astrônomos da Universidade do Texas em Austin, EUA, numa parceria com a Google, usaram Inteligência Artificial (IA) para descobrir mais dois planetas escondidos no arquivo do Telescópio Espacial Kepler. A técnica é promissora no que toca a identificar muitos planetas adicionais que os métodos tradicionais não conseguiram detectar.

Os planetas descobertos desta vez pertencem à missão estendida do Kepler, chamada K2.

Para os encontrar, a equipa, liderada pela estudante Anne Dattilo, criou um algoritmo que examina os dados do Kepler para descobrir sinais que foram perdidos pelos métodos tradicionais de caça exoplanetária. A longo prazo, o processo deverá ajudar os astrônomos a encontrar muitos outros planetas escondidos nos dados do Kepler. As descobertas foram aceites para publicação numa edição futura da revista The Astronomical Journal.

Outros membros da equipa incluem Andrew Vanderburg, também da mesma universidade, e o engenheiro da Google Christopher Shallue. Em 2017, Vanderburg e Shallue usaram pela primeira vez IA para encontrar um planeta em torno de uma estrela do catálogo Kepler - uma já conhecida por abrigar sete planetas. A descoberta tornou esse sistema o único conhecido por ter tantos exoplanetas quanto o nosso.

Datillo explicou que este projeto necessitava de um novo algoritmo, já que os dados obtidos durante a missão prolongada do Kepler, K2, diferem significativamente daqueles recolhidos durante a missão original do telescópio.

"Os dados da missão K2 são mais difíceis de trabalhar porque o telescópio move-se o tempo todo," explicou Vanderburg. Esta mudança surgiu após uma falha mecânica. Embora os planeadores da missão tenham encontrado uma solução alternativa, o telescópio ficou com uma oscilação que a IA teve que levar em conta.

As missões Kepler e K2 já descobriram milhares de planetas em torno de outras estrelas, com um número igual de candidatos aguardando confirmação. Porque, então, é que os astrônomos precisam de usar Inteligência Artificial para procurar ainda mais nos arquivos do Kepler?

"A IA vai ajudar-nos a examinar o conjunto de dados de maneira uniforme," disse Vanderburg. "Mesmo que todas as estrelas tivessem um planeta do tamanho da Terra, não os encontraríamos todos. Isto porque alguns dos dados têm muito ruído, ou às vezes os planetas não estão alinhados corretamente. De modo que temos que corrigir os que perdemos. Sabemos que existem muitos planetas por aí que não vemos por esses motivos.

"Se quisermos saber quantos planetas existem no total, precisamos de saber quantos planetas encontramos, mas também precisamos de saber quantos planetas falhamos em encontrar. É aqui que entra a IA," explicou.

Os dois planetas que a equipa de Dattilo encontrou "são ambos muito típicos dos planetas encontrados durante a missão k2," realçou. "Estão muito perto da sua estrela-mãe, têm períodos orbitais curtos e são quentes. São ligeiramente maiores do que a Terra."

Dos dois planetas, um é chamado K2-293b e orbita uma estrela a 1300 anos-luz de distância na direção da constelação de Aquário. O outro, K2-294b, orbita uma estrela a 1230 anos-luz de distância, também localizada em Aquário.

Assim que a equipa usou o seu algoritmo para encontrar estes planetas, fizeram observações de acompanhamento com telescópios terrestres para confirmar que os planetas eram reais. Estas observações foram feitas com o telescópio de 1,5 metros no Observatório Whipple do Instituto Smithsonian, no estado norte-americano do Arizona, e com o Telescópio Gillett do Observatório Gemini, no Hawaii.

O futuro do conceito de Inteligência Artificial para encontrar planetas escondidos em conjuntos de dados parece brilhante. O algoritmo atual pode ser usado para examinar todo o conjunto de dados da missão K2, disse Dattilo - aproximadamente 300.000 estrelas. Ela também acredita que o método é aplicável à missão de caça exoplanetária do sucessor do Kepler, o TESS, lançado em abril de 2018. A missão do Kepler terminou no final desse ano.

Dattilo planeia continuar, no outono, o seu trabalho de usar IA para caçar exoplanetas.


Anne Dattilo, estudante no Departamento de Astronomia da Universidade do Texas.
Crédito: Anne Dattilo

FONTE: ASTRONOMIA ONLINE

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Uma Nova Etapa!

Passados dez anos, Ufos Wilson trocou de nome e plataforma! Agora nos chamamos Banco de Dados Ufológicos e Científicos (BDUC). Nosso conteúdo segue o mesmo, levando informações sérias com foco principal na Ufologia Científica, porém divulgando e abrangendo todas as disciplinas científicas! A seguir o link do site, compartilhem e divulguem: https://bancodedadosufologicosecientificos.wordpress.com/

Arquivo Ovni: Caso Jardinópolis

Jardinópolis esta distante 335 km da capital paulista, localizada na região de Ribeirão Preto foi palco de um acontecimento insólito na noite de 27 de dezembro de 2008, onde um grupo de adolescentes na época teriam presenciado a descida de luzes vermelhas e azuis num terreno baldio próximo de onde estavam, um dos garotos tomou uma imagem com seu celular, porém de baixa resolução. A seguir trecho extraído do blog feito por membros dos familiares dos jovens, contendo relatos e frame do vídeo feito. Relato dos envolvidos: "Por Luciene [AVISTAMENTO DE MEU FILHO] Sábado 27/12/2008, meu filho de 15 anos chega assustado em casa aproximadamente umas 23:45. Meu filho faz parte de um grupo de jovens da igreja católica, e acabando a missa, ele e seus amigos foram para uma pracinha. Essa pracinha fica em um bairro novo. E próximo daquele lugar tem uns terrenos baldios cheios de mato. Eles estavam conversando quando avistaram de longe luzes vermelhas e azuis no céu e logo essa luz

O caso Roswell nordestino: Queda de UFO na Bahia, em Janeiro de 1995

Por Ufo Bahia: Nessa data, as 09:00 horas, uma in­formante do G-PAZ, "M" da TV BAHIA me ligou contando uma mirabolante his­tória de queda de um UFO em Feira deSantana(BA) a 112 Km de Salvador. Umfazendeiro de apelido Beto, tinha ligadopara TV SUBAÉ daquela cidade oferecen­do – em troca de dinheiro – um furo dereportagem; um disco voador tinha caído na sua fazenda e ele tinha provas e ima­gens do fato! Apenas depois do meio dia, conse­gui – por fim – falar com Beto, que apóssua proposta de negócio, ante minha (apa­rente) frieza, me contou com bastante de­talhes o acontecido. Soube que tambémtentara vender suas provas a TV BAHIA,onde procurou o repórter José Raimundo: "Ontem pela madrugada caiu algu­ma coisa na minha fazenda, dentro de umalagoa. Era do tamanho de um fusca; aqui­lo ficou boiando parcialmente submerso,perto da beirada. Tentei puxar como pude,trazendo para perto de mim, com uma vara.Aquilo parecia um parto... (quando seabriu uma porta) começou primeiro a s