Para especialista da Força Aérea Argentina, as pessoas confundem fenômenos naturais com UFOs com frequência
Quase 40 casos foram atribuídos a fenômenos naturais e outras explicações convencionais
A Força Aérea Argentina tem analisado casos de avistamentos de UFOs no âmbito de sua comissão oficial de estudo, a Comisión de Estudio de Fenómenos Aeroespaciales (CEFAE). A instituição acaba de divulgar que das ocorrências que analisou no ano de 2016 quase 40 têm uma explicação convencional. A CEFAE opera desde 2011 em um escritório onde também são realizados monitoramento de satélites em tempo real. Um dos feitos dos oficiais argentinos nesse particular foi seguir os destroços da estação espacial soviética Salyut 7, que caíram na província de Entre Rios em fevereiro de 1991.
A CEFAE é comandada por Ruben Lianza, que afirma que a comissão realiza um serviço público aberto que permite aos cidadãos esclarecer os avistamentos de UFOs que reportem. Conforme Lianza: "Empregamos todas as ferramentas à nossa disposição para identificar cada caso com a maior precisão possível. Não quer dizer que estejamos procurando por vida alienígena nas fotografias que recebemos". Ele tem 40 anos de experiência em análises e afirma que muitas pessoas tiram fotos de algo que observam e não conseguem explicar, ou descobrem coisas estranhas aparentemente em voo nas fotos que bateram. Lianza explica que essas pessoas os procuram na esperança que tais objetos possam ser identificados.
Ruben Lianza explica: "Há milhares de objetos de origem comum que causam confusão para as pessoas. Por esse motivo esta comissão prefere empregar o termo 'fenômeno aeroespacial' ao invés do acrônimo UFO". Ele acrescenta que pelo menos sete tipos diferentes de explicação podem ser identificadas. Algumas são de natureza ótica, lens flare internos ou externos, partículas ou sujeira nas lentes, e erros nos sensores. Outras explicações são biológicas, pássaros ou insetos voando diante da câmera, por vezes criando ilusões pelo fato de serem capturados a velocidades baixas do obturador. Há as causas astronômicas, como a Lua à luz do dia, estrelas, planetas, ou meteoros.
EXPLICAÇÕES CONVENCIONAIS
O especialista ainda acrescenta como outras explicações o reflexo do Sol na superfície de satélites, aeronaves convencionais e balões experimentais. No relatório recentemente liberado constam que 40% dos casos se devem a causas biológicas, 37,1 a efeitos de câmera, 5,7 a causas astronômicas e 2,9% a satélites. Para analisar estas últimas possibilidades a comissão conta com três softwares de acompanhamento de satélites, Orbitron, Satflare e Stellarium, permitindo reproduzir as condições no céu no momento de um dado avistamento. Conforme diz Ruben Lianza: "Quando as pessoas observam algo no limite visual, o cérebro completa a informação que falta com a imaginação. Isso pode acontecer com pessoas sem experiência aeronáutica, mas também com o melhor dos pilotos. Essa é a razão pela qual todos os casos que recebemos devem vir acompanhados por foto, vídeo ou evidência material".
Site oficial da CEFAE
FONTE: REVISTA UFO
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