Artigo, escrito por Kelly Cline, Ph.D. e professora de astronomia e matemática na Faculdade Carrol, em Helena, Montana – EUA:
Existe vida lá fora? Há outros planetas com seres inteligentes, ou a Terra é o único? Estórias de ficção científica são repletas de alienígenas, com seres como o Sr. Spock e o Yoda, mas há realmente uma chance de que algo, mesmo que se pareça vagamente com eles, poderia ser real? Os fatos científicos são surpreendentemente otimistas.
Aqui na Terra, nosso corpos podem funcionar devido às leis da física e da química. Nossa células são feitas de átomos, principalmente de carbono, hidrogênio, nitrogênio, oxigênio e fósforo. Os astrônomos descobriram que quando apontamos nossos telescópios para o universo lá fora, encontramos estes átomos por toda a parte. As estrelas são feitas exatamente destes mesmos tipos de átomos que temos aqui na Terra. Quando estudamos as galáxias mais distantes, a bilhões de anos luz de distância de nós, descobrimos que estas mesmas galáxias possuem as mesmas leis de gravidade, calor, luz e energia existentes em todos os lugares. As leis da física e da química que permitem que nossas células funcionem são as mesmas por todo o universo.
E o nosso universo é enorme: Nosso Sol é somente uma estrela entre várias centenas de bilhões de outras estrelas em nossa galáxia, a Via Láctea. Nosso Sol é uma estrela amarela completamente típica e ordinária. Há bilhões de outras estrelas na Via Láctea que são absolutamente idênticas ao nosso Sol, feitas das mesmas misturas de átomos, variando levemente em massa, tamanho e temperatura. Dados recentes do telescópio espacial Kepler, da NASA, nos mostram que a maioria das estrelas em nossa galáxia possui planetas e que aproximadamente 17 por cento dessas estrelas possui planetas do tamanho da Terra.
E a nossa galáxia não está só. Com a tecnologia atual podemos ver várias centenas de bilhões de outras galáxias no universo, e cada uma contém uma média de várias centenas de bilhões de estrelas. Então, quantas estrelas, quantos ‘sóis’, há no total? Quando multiplicamos as várias centenas de bilhões de estrelas nas galáxias pelas várias centenas de bilhões de galáxias visíveis, chegamos ao seguinte número: 100,000,000,000,000,000,000,000 de estrelas. Este número é enorme. É gigantesco de forma insana. É um número maior do que o número de grãos de areia em todas as praias da face da Terra. E cada uma dessas estrelas é um sol, provavelmente com seu próprio sistema de planetas.
Quando olhamos para os nossos planetas vizinhos, como Marte, Vênus e Mercúrio, descobrimos que eles são muito diferentes da Terra, e muito hostis para a vida. Aqui na Terra temos vastos oceanos de água, protegidos pela camada atmosférica, e tudo dentro de uma gama agradável de temperatura, o que permite com que a vida floresça.
A evidência de nossa vizinhança nos diz que a maioria dos planetas provavelmente não sejam locais onde possa existir vida. A Terra é provavelmente rara. Talvez somente um planeta do tamanho da Terra em milhares possua uma atmosfera e oceanos como os nossos. Ou poderia ser um em um milhão? Nosso universo é tão vasto, com tantas estrelas lá fora, tantos lugares onde a vida poderia se formar, que isso supera o ceticismo razoável. Mesmo se somente uma estrela em um trilhão possua um planeta como a Terra, com atmosfera e oceanos, isso ainda nos deixaria com uma centena de bilhões de mundos lá fora onde a vida poderia se formar.
Certamente é possível que a vida seja rara em nosso universo, tão distante que os nossos telescópios possam não encontrá-la num futuro antevisto. Mas deve haver vida lá fora em algum lugar. Como não poderia haver? Como poderíamos ter um universo tão grande, com tantas estrelas, onde a vida só se formou uma vez?
Estamos sós no universo? Não aposte nisso.
Kelly Cline
FONTE: http://helenair.com/
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