Localização da estrela HD 162826 irmã do nosso Sol, em maio de 2014
Pela primeira vez astrônomos identificaram uma estrela que emergiu da mesma nuvem de poeira e gás que o nosso Sol. De forma intrigante, há uma pequena chance de que a nossa estrela irmã abrigue planetas hospitaleiros à vida.
Para aqueles que têm assistido a nova série Cosmos (EUA), este anúncio não poderia ter chego em melhor hora. O astrônomo e apresentador Neil de Grasse Tyson recém apontou em um recente episódio, que o nosso Sol, junto com outras estrelas, foram formados dentro de uma enorme nuvem de poeira e gás, chamada nebulosa. Consequentemente, devem haver ‘irmãs estelares’ boiando por aí, numa distância relativamente próxima, mas até hoje nenhuma havia sido encontrada.
Análise química e orbital
A estrela HD 162826 foi identificada por Ivan Ramirez e sua equipe, na Universidade do Texas, em Austin. Ela está localizada a 110 anos luz de distância, na constelação de Hércules e é aproximadamente 15% mais massiva do que o nosso Sol, não sendo visível a olho nu.
A equipe de Ramirez foi capaz de comparar esta estrela com a nossa, avaliando 30 possíveis candidatas. Os astrônomos usaram um espectroscópio de alta resolução para obter uma melhor compreensão da constituição química dessas estrelas. Além disso, eles analisaram as órbitas destas candidatas, ou seja, por onde estas estiveram e aonde estão indo em seu trajeto ao redor do centro da Via Láctea.
Tanto a análise química quanto os cálculos de órbita filtraram as candidatas para somente uma: a HD 162826.
Vida em planetas irmãos?
Esta estrela em particular, que tem sido estudada por 15 anos, não parece possuir planetas massivos em sua órbita (os assim chamados ‘júpiters quentes’). E nem um planeta similar a Júpiter reside nas partes longínquas deste sistema solar. Mas estudos até hoje não descartam a presença de pequenos planetas terrestres. De acordo com Ramirez, há uma chance, “pequena, mas não zero”, de que estas estrelas irmãs possam abrigar planetas com possibilidade de vida. Além disso, ele especula que quando estas estrelas estavam se formando dentro do aglomerado de estrelas, as colisões poderiam ter removido pedaços de planetas, e estes fragmentos poderiam ter viajado entre sistemas solares – possivelmente trazendo a vida primitiva à Terra.
“Assim, poderia ser discutido que nossas irmãs solares sejam candidatas chave para a procura por vida extraterrestre“, notou Ramirez em uma liberação de imprensa.
FONTE: http://io9.com/
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