Da esquerda para a direita: Dr. Jacques Vallee. Dr., Michel Bounias e Renato Nicolai
Há 38 anos, um avistamento na França se tornou um dos casos mais bem documentados - e intrigantes - de objetos voadores não identificados
Por Letícia Yazbek
Era por volta de 5 horas da tarde do dia 8 de janeiro de 1981 quando o agricultor Renato Nicolai, morador da comuna francesa de Trans-en-Provence, trabalhava em sua propriedade. De repente, ouviu um estranho assobio e viu um grande objeto voar e descer lentamente em direção ao chão.
Nicolai, prossegue seu relato, se aproximou em tempo de ver o objeto pousar no solo. Então, o objeto começou a emitir um assobio mais alto e consistente. Rapidamente, voltou a subir até a altura das árvores e decolou em direção ao nordeste, deixando marcas de queimadura no chão. Toda a ação aconteceu em cerca de 40 segundos.
Segundo Nicolai, o objeto tinha a forma de dois pratos invertidos um contra o outro e unidos por uma borda. Também tinha cor de chumbo e media cerca de 1,8 metro de altura e 2 metros de diâmetro. Havia também estruturas parecidas com pés e dois círculos que poderiam ser utilizados como portas.
Trajetória e esboço do objeto voador avistado por Nicolai - Reprodução
Mas o agricultor não achou que tivesse visto alienígenas. No dia seguinte, acreditando que se tratava de um dispositivo militar em testes, Nicolai notificou a força militar francesa, que coletou amostras de solo e vegetação. Depois, o caso foi encaminhado ao GEPAN (Grupo de Estudo de Fenômenos Aeroespaciais Não Identificáveis).
A análise da GEPAN concluiu que o solo havia sido comprimido por um grande objeto de cerca de 4 a 5 toneladas, e aquecido entre 300ºC e 600ºC. Quantidades de fosfato e zinco foram encontradas nas amostras.
As folhas teriam sido submetidas a um forte trauma e foram danificadas – o pigmento da clorofila nas amostras afetadas caiu 50%. Além disso, as folhas jovens apresentaram características bioquímicas de folhas mais velhas.
Local em que o objeto teria pousado Reprodução
Segundo a GEPAN, o local não apresentou indícios de forças radioativas, mas de uma forte energia eletromagnética. De acordo com a interpretação do grupo, “é necessário, pelo menos, notar que um evento de larga escala interveio neste lugar”.
No entanto, a GEPAN afirma que fenômenos atmosféricos ou geológicos poderiam ter causado as alterações das amostras. Já o relatório da polícia sugeria que a marca deixada pelo objeto era semelhante a do pneu de um veículo.
O caso Trans-en-Provence, como ficou conhecido, é uma das mais documentadas observações de OVNIs de todos os tempos. Apesar dos esforços investigativos, nenhuma explicação foi encontrada. O caso permanece um mistério em aberto.
FONTE: aventurasnahistoria.uol.com.br - Antoine Stark - oemmii
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