Jamie Elisla trabalha no Laboratório Analítico de Astrobiologia do Goddard Space Flight Center da NASA em Greenbelt, Maryland.
Créditos: NASA / Goddard / Tim Childers
Por Patrícia Gnipper
A NASA revelou nesta segunda-feira (11) que duas propostas lideradas por cientistas do Goddard Space Flight Center foram selecionadas para analisar amostras lunares das missões Apollo, amostras essas que estão seladas desde que foram trazidas no início da década de 1970.
O programa Apollo Next Generation Sample Analysis (ou ANGSA) tem como objetivo maximizar a ciência derivada de amostras lunares, em preparação para as futuras novas missões lunares previstas para a próxima década. As equipes selecionadas conduzirão pesquisas sobre os materiais coletados pelas missões Apollo 15 e 17, que incluem amostras nunca abertas na Terra, além de amostras que foram armazenadas a frio desde o processamento inicial assim que chegaram aos laboratórios da NASA na época.
A primeira equipe estudará a abundância de compostos voláteis que podem ser precursores de aminoácidos detectados anteriormente, buscando entender se tais compostos orgânicos são melhor preservados em regiões da Lua onde há sombra, também tentando entender se essas abundâncias variam de acordo com a profundidade dos locais. Isso pode ajudar a NASA a entender ainda melhor a química lunar. Já a outra equipe usará gases nobres para investigar a história geológica das amostras, pois a abundância de gases nobres reflete quanto tempo uma amostra deve ter residido na superfície lunar, sendo exposta aos danosos efeitos dos raios cósmicos, estes que podem afetar materiais orgânicos.
Natalie Curran, pesquisadora principal em ciência da proposta, trabalha em um espectrômetro de massa dentro do laboratório.
Créditos: NASA
Jamie Elsila, do Goddard, diz que "esta é uma oportunidade única e empolgante de usar técnicas de última geração em amostras lunares que foram preservadas por quase 50 anos, e para estudar questões que os cientistas da época podem ter perguntado, mas não tiveram a capacidade de responder". "Esperamos contribuir não apenas para aumentar nosso conhecimento sobre a química lunar, mas também para melhorar nossa compreensão de como preservar melhor amostras retornadas por futuras missões", completa.
FONTE: NASA via canaltech.com.br
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