Pular para o conteúdo principal

O que são os misteriosos cristais verdes encontrados após a erupção do vulcão Kilauea, no Havaí


Especialistas dizem que dificilmente pedras coletadas nos arredores do Kilauea são resultado das erupções recentes do vulcão

Será que o poderoso vulcão Kilauea, que entrou em erupção em maio em Big Island, a maior ilha do arquipélago do Havaí (EUA), estaria literalmente fazendo chover pedras verdes?

Muita gente está se perguntando, inclusive, se essa seria essa uma espécie de recompensa oferecida pelo vulcão aos milhares de habitantes afetados pela erupção.

Imagens que circulam nas redes sociais mostram belos cristais de cor verde que teriam sido encontrados nos arredores do Kilauea.

"Amigos meus vivem no Havaí, bem ao lado da área afetada pelos fluxos de lavas mais recentes. No meio da destruição dos arredores e do estresse causado pelo desconhecido, eles acordaram com isso: pequenos pedaços de olivina por todo o chão. Está literalmente chovendo joias. A natureza é realmente incrível", escreveu a meteorologista Erin Jordan no Twitter.



Nas redes sociais, ganhou força a ideia de que as explosões de lava da cratera vulcânica resultaram em uma chuva de pedras que estariam colorindo de verde a paisagem do arquipélago.

Mas essas pedras seriam verdadeiras e realmente teriam "caído do céu" depois da recente erupção do Kilauea?

A BBC News consultou especialistas para averiguar que pedras seriam essas. A verdade é que, segundo eles, elas seriam resultado de erupções mais antigas, e não desse vulcão.

O que é a olivina
O serviço geológico dos Estados Unidos ainda não estudou em detalhes os efeitos da mais recente erupção do Kilauea.

Mas, de acordo com especialistas, as pedras que aparecem nas fotos que circulam nas redes sociais seriam fragmentos de olivina, mineral muito comum em áreas vulcânicas e que pode variar significativamente de tamanho – indo de um grão de areia a algo equivalente a uma unha.

No arquipélago, existem praias que parecem ter sido pintadas de verde, tamanha a concentração desse mineral.

"A olivina é muito frequente no Havaí. É um dos componentes fundamentais do basalto, um mineral que compõe 99,99% das rochas dessas ilhas", disse à BBC News Mundo, o serviço em espanhol da BBC, o geólogo e responsável pelo portal especializado GEOetc, Gary Lewis.


Olivina é um mineral muito comum no Havaí

Os cristais de olivina presentes no líquido de basalto vulcânico são expelidos durante as erupções na lava que flui em direção ao oceano.

Quando entra em contato com água ou a lava esfria, o mineral se converte em uma olivina com qualidade da pedra, conhecida como peridoto – usada por muitas pessoas como amuleto de proteção para afastar a inveja e maus espíritos.

Herança mais antiga
Como o Kilauea continua ativo, ainda estão sendo avaliados os efeitos mais recentes da atividade do vulcão.

Ainda assim, especialistas concordam que é difícil associar o aparecimento dessas pedras com suas últimas erupções.


O Kilauea, localizado numa das mais populosas regiões do Havaí, está à semanas em erupção

Cheryl Gansecki, geóloga da Universidade do Havaí-Hilo, acredita que a densidade e outras características desse último fluxo de lava fazem com que seja muito difícil encontrar olivina do tamanho das pedras que aparecem nas fotos.

"Se você separasse a lava e a esmagasse, poderia encontrar alguns minúsculos cristais de olivina, mas eles teriam apenas um ou dois milímetros de tamanho, difíceis de ver", disse à TV havaiana Khon TV.

Para o geólogo Gary Lewis, do portal GEOetc, a afirmação de que esses cristais caíram do céu é "mais um mito" fomentado pelas redes sociais.

"Não há dúvida de que parte do material rochoso que está se formando na erupção atual contém olivina, mas será pequeno (especialmente microscópico) e nunca terá uma qualidade de gema", diz ele, descartando a teoria de que as últimas explosões do Kilauea estariam provocando uma chuva de pedras verdes.

Lewis, assim como outros especialistas, afirma que pedras de olivina "estão aparecendo a partir de velhos fluxos de lava".

Alguns deles acreditam que elas podem estar relacionadas às erupções do vulcão Kapoho, em 1960.

Velhas ou novas, as pedras de cor verde podem ser compradas pela internet. O preço do quilate do peridoto pode variar de R$ 189 a R$ 302.

FONTE: BBC BRASIL

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Uma Nova Etapa!

Passados dez anos, Ufos Wilson trocou de nome e plataforma! Agora nos chamamos Banco de Dados Ufológicos e Científicos (BDUC). Nosso conteúdo segue o mesmo, levando informações sérias com foco principal na Ufologia Científica, porém divulgando e abrangendo todas as disciplinas científicas! A seguir o link do site, compartilhem e divulguem: https://bancodedadosufologicosecientificos.wordpress.com/

Arquivo Ovni: Caso Jardinópolis

Jardinópolis esta distante 335 km da capital paulista, localizada na região de Ribeirão Preto foi palco de um acontecimento insólito na noite de 27 de dezembro de 2008, onde um grupo de adolescentes na época teriam presenciado a descida de luzes vermelhas e azuis num terreno baldio próximo de onde estavam, um dos garotos tomou uma imagem com seu celular, porém de baixa resolução. A seguir trecho extraído do blog feito por membros dos familiares dos jovens, contendo relatos e frame do vídeo feito. Relato dos envolvidos: "Por Luciene [AVISTAMENTO DE MEU FILHO] Sábado 27/12/2008, meu filho de 15 anos chega assustado em casa aproximadamente umas 23:45. Meu filho faz parte de um grupo de jovens da igreja católica, e acabando a missa, ele e seus amigos foram para uma pracinha. Essa pracinha fica em um bairro novo. E próximo daquele lugar tem uns terrenos baldios cheios de mato. Eles estavam conversando quando avistaram de longe luzes vermelhas e azuis no céu e logo essa luz

O caso Roswell nordestino: Queda de UFO na Bahia, em Janeiro de 1995

Por Ufo Bahia: Nessa data, as 09:00 horas, uma in­formante do G-PAZ, "M" da TV BAHIA me ligou contando uma mirabolante his­tória de queda de um UFO em Feira deSantana(BA) a 112 Km de Salvador. Umfazendeiro de apelido Beto, tinha ligadopara TV SUBAÉ daquela cidade oferecen­do – em troca de dinheiro – um furo dereportagem; um disco voador tinha caído na sua fazenda e ele tinha provas e ima­gens do fato! Apenas depois do meio dia, conse­gui – por fim – falar com Beto, que apóssua proposta de negócio, ante minha (apa­rente) frieza, me contou com bastante de­talhes o acontecido. Soube que tambémtentara vender suas provas a TV BAHIA,onde procurou o repórter José Raimundo: "Ontem pela madrugada caiu algu­ma coisa na minha fazenda, dentro de umalagoa. Era do tamanho de um fusca; aqui­lo ficou boiando parcialmente submerso,perto da beirada. Tentei puxar como pude,trazendo para perto de mim, com uma vara.Aquilo parecia um parto... (quando seabriu uma porta) começou primeiro a s