"A existência de um planeta massivo distante pode mudar fundamentalmente o destino do Sistema Solar." [Imagem: University of Warwick]
Sai, Nibiru!
Talvez os especuladores e "teóricos alternativos", curiosamente sempre prontos a prever armagedons, não tenham passado tão longe assim da realidade - embora, felizmente, tenham errado no tempo.
O lendário e tão procurado Planeta X - agora rebatizado de Planeta Nove - pode de fato selar um destino desastroso para o Sistema Solar.
Pelo menos é que calcula o professor Dimitri Veras, da Universidade de Warwick, no Reino Unido.
Mas é bom que se frise: São conjecturas e hipóteses e, ainda que todas se provem corretas - incluindo a existência do Planeta Nove -, os efeitos só se farão sentir depois que a vida na Terra já tiver sido extinta há muito tempo, de morte natural, por assim dizer.
Sinuca planetária
Segundo Veras, a presença do Planeta X, ou Nove, poderia causar a eliminação de pelo menos um dos planetas gigantes depois que o Sol morrer, lançando-o para o espaço interestelar através de uma espécie de "efeito sinuca".
Quando o Sol começar a morrer, daqui a cerca de sete bilhões de anos, ele vai expulsar metade de sua própria massa e inflar a ponto de engolir a Terra, antes de apagar como uma brasa, tornando-se uma anã branca.
Essa ejeção de massa solar vai empurrar Júpiter, Saturno, Urano e Netuno para o que os astrofísicos vêm pressupondo ser uma distância segura, o que os manteria essencialmente íntegros - mas com uma queda de temperatura que induziria alterações internas difíceis de prever.
No entanto, o professor Veras afirma que a existência do Planeta Nove pode reescrever esse "final feliz" para nossos irmãos grandalhões.
Como a órbita do Planeta X ainda é incerta - se é que ele existe de fato - o pesquisador simulou diversas possibilidades e seus impactos sobre o Sistema Solar. [Imagem: Dimitri Veras]
Planeta fatal
Veras calcula que o Planeta Nove pode não ser empurrado para fora da mesma maneira, já que está muito distante, podendo na verdade ser puxado para dentro, entrando em uma dança fatal com os quatro planetas gigantes conhecidos do Sistema Solar - mais notavelmente com Urano e com Netuno.
O resultado mais provável, de acordo com suas simulações, seria a ejeção para fora do Sistema Solar de um desses planetas.
Em seu simulador, o pesquisador mapeou várias posições diferentes onde o Planeta Nove poderia mudar o destino do Sistema Solar. Quanto mais longe ele estiver, e quanto mais maciço for, maior a chance de que o Sistema Solar vá experimentar um futuro violento.
"A existência de um planeta massivo distante poderia mudar fundamentalmente o destino do Sistema Solar. Urano e Netuno, em particular, podem não estar mais a salvo dos suspiros finais do Sol. O destino do Sistema Solar vai depender das propriedades orbitais e de massa do Planeta Nove, se ele existir," finalizou Veras.
FONTE: SITE INOVAÇÃO TECNOLÓGICA
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