UM TIME INTERNACIONAL DE PESQUISADORES DESCOBRIU UM MICRÓBIO EM UMA REGIÃO GEOTÉRMICA NA ETIÓPIA. O LOCAL É TÃO HOSTIL, QUE FOI COMPARADO COM AS CONDIÇÕES DE MARTE (FOTO: GOMEZ ET AL., SCIENTIFIC REPORTS, 2019)
Um time de pesquisadores da Espanha, Itália e da Etiópia estudou uma área geotérmica etíope e descobriu um tipo de micróbio que ajudará os cientistas a investigar a possibilidade de existir vida em condições extremas, tais como as encontradas em Marte.
Foram coletadas amostras do vulcão Dallol e de uma piscina hidrotermal na Depressão de Danakil, região que fica a 125 metros abaixo do nível do mar e é um dos locais mais quentes do mundo.
A movimentação de placas tectônicas da região a transformaram em um local de intensa atividade de vulcões. Durante a primavera, o local tem temperaturas que rondam os 90ºC.
Os pesquisadores coletaram fluídos hidrotérmicos e recolheram amostras salinas em busca de sequências familiares de DNA. Os cientistas acharam evidências de micróbios da classe Nanohaloarchaea, que eram tolerantes às condições da região e mediam no máximo 500 nanômetros, sendo 20 vezes menores do que uma bactéria.
Essas criaturas podem nos apontar os segredos de como a vida pode persistir nos ambientes mais inóspitos, como em Marte. O Planeta Vermelho é constituído de diferentes componentes tóxicos como percloratos e é mais seco do que qualquer local na Terra (o deserto do Atacama no Chile, por exemplo, é bem mais úmido).
“Uma investigação das características desse local incrível pode melhorar a nossa compreensão dos limites da Terra e informar a nossa busca por vida em Marte ou em qualquer outro local no universo”, afirmou Barbara Cavalazzi, da Universidade de Bolonha.
FONTE: REVISTA GALILEU
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