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Explosão de estrelas pode ter causado extinções em massa na Terra


A supernova mais brilhante já vista na história explodiu a 3,6 bilhões de anos-luz de nós.
[Imagem: Aaron Geller/Northwestern University]

Cenário do apocalipse

Imagine namorar à luz de uma estrela que acaba de explodir e iluminar os céus, tornando-se mais brilhante do que a Lua cheia.

Pode ser romântico e produzir boas fotos, mas esta cena seria o prelúdio de um desastre global, quando a radiação da supernova nos atingisse: Ela provavelmente devastaria a vida como a conhecemos.

E astrônomos estão agora propondo que isso de fato já teria acontecido.

Brian Fields e colegas dos EUA e da Suíça acreditam que os raios cósmicos de supernovas próximas podem ser os culpados por pelo menos um evento de extinção em massa na Terra.

Para confirmar sua hipótese, eles afirmam que os geólogos devem procurar determinados isótopos radioativos nas rochas da Terra. Se esses isótopos - plutônio-244 e samário-146 - forem encontrados, isso pode confirmar este cenário.

Supernova causando extinção da vida

Brian Fields levantou a possibilidade de que eventos astronômicos foram responsáveis por um evento de extinção há 359 milhões de anos, na fronteira entre os períodos Devoniano e Carbonífero.

A equipe se concentrou na fronteira Devoniana-Carbonífera porque essas rochas contêm centenas de milhares de gerações de esporos de plantas que parecem ter sido queimadas por luz ultravioleta, evidência de um evento de destruição da camada de ozônio de longa duração.

A explicação mais aceita hoje é que essa radiação teria vindo de algum comportamento anômalo do Sol, mas pode ser que ela tenha vindo de mais longe.

"Catástrofes originadas na própria Terra, como vulcanismo em grande escala e aquecimento global, também podem destruir a camada de ozônio, mas as evidências para isso são inconclusivas para o intervalo de tempo em questão," explicou Fields. "Em vez disso, propomos que uma ou mais explosões de supernova, a cerca de 65 anos-luz de distância da Terra, poderiam ter sido responsáveis pela perda prolongada de ozônio."

A equipe também analisou e descartou outras causas astrofísicas para a destruição do ozônio, como impactos de meteoritos, erupções solares e explosões de raios gama.

Uma supernova, por outro lado, oferece um "golpe duplo", afirmam os pesquisadores. A explosão banha imediatamente a Terra com ultravioleta, raios X e raios gama, todos prejudiciais à vida. E, mais tarde, chegam os detritos, sujeitando o planeta e a sua camada de ozônio a um período de "bombardeio" que pode durar até 100.000 anos.

No entanto, a evidência fóssil indica um declínio de 300.000 anos na biodiversidade, levando à extinção em massa Devoniano-Carbonífera, sugerindo a possibilidade de múltiplas catástrofes, talvez até múltiplas explosões de supernovas. "Isso é perfeitamente possível," defende Miller. "Estrelas massivas geralmente ocorrem em aglomerados com outras estrelas massivas, e outras supernovas provavelmente ocorrerão logo após a primeira explosão."


Não é só radiação: uma supernova produz poeira cósmica em uma escala descomunal.
[Imagem: ESO/M. Kornmesser]

Próximo evento

Se é real a possibilidade de que supernovas possam ter eliminado a vida na Terra mais de uma vez, isso levanta uma preocupação: Será que pode acontecer de novo?

Para Fields e seus colegas, não é uma questão de "se", mas de "quando".

Por sorte, a candidata mais provável a supernova que conhecemos, a superestrela Betelgeuse, está longe demais para nos afetar tão fortemente em um futuro vislumbrável.

Betelgeuse está a 600 anos-luz de distância da Terra, enquanto a equipe calcula que os efeitos catastróficos seriam causados por uma supernova a uma distância máxima de 65 anos-luz.

"A mensagem abrangente do nosso estudo é que a vida na Terra não existe isoladamente," disse Fields. "Somos cidadãos de um cosmos maior, e o cosmos intervém em nossas vidas - muitas vezes de forma imperceptível, mas às vezes ferozmente."

Bibliografia:

Artigo: Supernova triggers for end-Devonian extinctions
Autores: Brian D. Fields, Adrian L. Melott, John Ellis, Adrienne F. Ertel, Brian J. Fry, Bruce S. Lieberman, Zhenghai Liu, Jesse A. Miller, Brian C. Thomas
Revista: Proceedings of the National Academy of Sciences
DOI: 10.1073/pnas.2013774117

FONTE: SITE INOVAÇÃO TECNOLOGICA

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