BRAÇOS ESPIRAIS ESPACIAIS (FOTO: REPRODUÇÃO/ NASA)
Dados coletados pelo telescópio da NASA permitiram que astrônomos desenvolvessem um catálogo rico em informações sobre Universo
Graças ao telescópio espacial Hubble, da NASA, a humanidade está cada vez mais aprendendo sobre e descobrindo segredos do próprio Universo.
Dessa vez, a proeza do equipamento, que está viajando pelo espaço desde 1990, foi a de coletar dados sobre estrelas e aglomerados celestes de 50 galáxias “vizinhas” da Via Láctea – as quais estão localizadas a um raio de distância de 60 milhões de anos-luz da Terra.
Somados os dados coletados nessas 50 galáxias, o Hubble conseguiu mapear cerca de oito mil aglomerados e aproximadamente 39 milhões de estrelas gigante azul, astros pesados que possuem uma massa 18 vezes maior do que a do Sol. Essas estrelas são pesadas, quentes e toda a energia que possuem é emitida através de radiação ultravioleta – uma luz invisível aos nossos olhos.
GALÁXIA UGCA 281 (FOTO: DIVULGAÇÃO/ NASA)
Apesar de nós sermos cegos ao ultravioleta, o Hubble não é. E foi justamente por essa sua capacidade que o telescópio espacial conseguiu coletar tantas informações, apenas seguindo os rastros de radiação que elas deixam no Universo ao “queimar” seus combustíveis (vale ressaltar: as estrelas azuis são de curta duração. Enquanto o Sol já completa bilhões de anos, elas chegam a poucas dezenas de milhões de anos).
Todos os dados coletados pelo Hubble foram mapeados por astrônomos que criaram o catálogo LEGUS (Legacy ExtraGalactic UV Survey, ou legado de levantamento extragaláctico em ultravioleta).
O mapeamento traz informações detalhadas sobre estrelas azuis, aglomerados estelares e como o ambiente afeta o desenvolvimento desses corpos. Todo esse material pode ajudar a ciência a entender como são formadas as estruturas que formam uma galáxia.
FORMAÇÃO DE ESTRELAS EM DDO 68 (FOTO: DIVULGAÇÃO/ NASA)
Apesar de o LEGUS trazer informações do Universo em que vivemos, as informações obtidas permitirão que a ciência interprete informações de outros universos e galáxias distantes, nos quais a luz ultravioleta liberada por estrelas é “esticada” para comprimentos de onda infravermelho conforme viaja pelo espaço.
Quem irá estudar o infravermelho espacial é o telescópio James Webb, o sucessor de Hubble que deverá ser lançado pela NASA em 2020.
FONTE: REVISTA GALILEU
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