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Novo método usa rede neural para detectar asteroides potencialmente perigosos



Por Daniele Cavalcante

Na astronomia, um tipo de objeto potencialmente perigoso são asteroides ou cometas com órbitas que passam perto da Terra, e que sejam grandes o suficiente para causar um bom estrago em caso de impacto. O problema é que os softwares atuais não conseguem detectar todos os asteroides que apresentam risco para nós. Por isso, três astrônomos holandeses criaram uma rede neural capaz de analisar objetos perigosos que até então foram considerados inofensivos para verificar se não representam mesmo perigo algum.

Usando um supercomputador, os pesquisadores integraram as órbitas do Sol e seus planetas dentro de um período de 20.000 anos. Depois disso, eles rastrearam as órbitas ao longo desse tempo enquanto asteroides eram lançados na superfície da Terra para treinar a rede neural. Durante o cálculo retroativo, eles incluíram os asteroides conhecidos na simulação para estudar suas distribuições orbitais nos dias de hoje.

Como resultado, eles conseguiram criar um banco de dados de asteroides hipotéticos que os pesquisadores sabiam que colidiriam com a Terra. O método foi batizado pelos pesquisadores de Hazardous Object Identifier (HOI). “Nossa análise é mediada por uma rede neural artificial treinada em uma população de impactores conhecidos (KI) e uma amostra aleatória do banco de dados observado”, diz o artigo.


Órbitas de asteroides potencialmente perigosos atualmente conhecidos (Imagem: NASA/JPL-Caltech)

Esses impactadores conhecidos “são gerados por máquina a partir de uma população integrada de asteroides que iniciam sua órbita em uma posição aleatória da superfície da Terra e são lançados radialmente para longe com velocidades variáveis”, prossegue o artigo. Então, eles são integrados ao passado com os planetas no Sistema Solar por até 20.000 anos. “A rede treinada é então usada em outra seleção aleatória de asteroides observados, a fim de identificar impactadores potenciais”.

Deste modo, o HOI consegue identificar asteroides potencialmente perigosos que, por terem uma órbita muito caótica, não são apontados como futuras ameaças à Terra pelo software atual das organizações espaciais. Além disso, esse método é muito mais rápido do que os meios tradicionais que as organizações usam. Ao detectar os asteroides em rota de colisão com maior antecedência, é possível pensar mais cedo em uma estratégia para impedir o impacto.

O HOI pode reconhecer asteroides conhecidos próximos à Terra e identificar vários objetos perigosos que não foram classificados anteriormente como um risco. Com esse método, os holandeses encontraram onze asteroides com mais de 100 m de diâmetro que, entre os anos de 2131 e 2923, chegarão a uma distância de dez vezes a distância entre a Terra e a Lua. Em termos astronômicos, isso é perto o suficiente para ficar alerta.

De acordo com o astrônomo e especialista em simulações Simon Portegies Zwart, essa pesquisa é apenas um primeiro exercício. "Agora sabemos que nosso método funciona, mas certamente gostaríamos de nos aprofundar na pesquisa com uma rede neural melhor e com mais contribuições". Os pesquisadores esperam que, no futuro, uma rede neural artificial possa ser usada efetivamente pelas organizações para detectar objetos potencialmente perigosos.

FONTE: Space Daily via canatech.com.br

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