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Telescópio espacial europeu que vai estudar exoplanetas acaba de ser lançado



Por Daniele Cavalcante

Após uma falha ter atrasado o lançamento por um dia, o telescópio espacial Cheops (Characterising Exoplanet Satellite) foi finalmente lançado por meio de um Soyuz-Fregat, foguete russo com três estágios. A decolagem foi realizada no Porto Espacial Europeu em Kourou, Guiana Francesa, na madrugada desta quarta-feira (18).

O lançamento estava programado para acontecer na terça-feira (17), mas a missão foi abortada no último momento devido a uma falha nos sistemas de controle do satélite. Não foi a primeira vez que o programa foi adiado, mas na segunda tentativa, nesta quarta (18), deu tudo certo — e o telescópio já segue rumo à sua aventura espacial. O Cheops vai orbitar a Terra a uma altitude de 700 km e, por isso, também pode ser chamado de satélite.



Essa é a primeira missão da ESA (a agência espacial europeia) dedicada à pesquisa de exoplanetas, aqueles localizados fora do Sistema Solar. Diferente das missões de descobertas, o Cheops fornecerá informações importantes sobre a natureza de mundos distantes que já foram detectados - mais de 4.000 planetas exosolares já foram encontrados nos últimos 25 anos.

Embora a busca e estudo de exoplanetas seja uma das áreas da astronomia que mais crescem, ainda é muito difícil determinar as características de mundos longe de nós. Por isso, o novo telescópio fornecerá recursos adicionais para descobrirmos mais detalhes sobre esses lugares. "O Cheops levará a ciência dos exoplanetas para um nível totalmente novo", disse Günther Hasinger, diretor de ciências da ESA. Hasinger explica que, agora, após a “descoberta de milhares de planetas”, podemos nos concentrar em uma pesquisa sobre as características de cada um, “investigando as propriedades físicas e químicas de muitos exoplanetas e realmente conhecendo do que são feitos e como se formaram”.

Para isso, o telescópio observará esses planetas exatamente quando eles estiverem posicionados na frente de sua estrela-anfitriã. Nesse momento do trânsito planetário, uma fração da luz da estrela é bloqueada, de modo que os instrumentos sensíveis do Cheops poderão medir o tamanho do planeta com precisão inédita. Em alguns casos, o equipamento poderá revelar detalhes sobre a atmosfera e a possível presença de nuvens.



Com a medida dos planetas em mãos, os cientistas poderão combiná-las com as informações sobre suas massas para descobrir as densidades desses corpos. Ao unir esses dados, será possível estudar a estrutura interna e a composição dos planetas para determinar se são gasosos ou rochosos, se há uma atmosfera, e até mesmo se há presença de água. Tudo isso será fundamental na busca por possíveis formas de vida fora da Terra.

Por fim, de acordo com Hasinger, o Cheops também abrirá o caminho para as próximas missões, “desde o internacional James Webb Telescope até os satélites Plato e Ariel, da ESA, mantendo a ciência europeia na vanguarda da pesquisa de exoplanetas”.

Kate Isaak, cientista do Cheops, disse que a missão acompanhará “várias centenas” de exoplanetas, concentrando-se “principalmente nos planetas menores na faixa de tamanho entre a Terra e Netuno”. É que esses mundos parecem ser os mais comuns em nossa galáxia, e mesmo assim ainda não se sabe muito sobre eles. “O Cheops nos ajudará a revelar os mistérios desses mundos fascinantes e nos levará um passo mais perto de responder a uma das perguntas mais profundas que os humanos ponderam: estamos sozinhos no Universo?”

FONTE: ESA via canaltech.com.br

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