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Caso de pouso pesquisado pelo SIOANI em Lins-SP (Caso Maria Cintra)


Por Edison Boaventura Jr.

Apesar do SIOANI – Sistema de Investigação de Objetos Aéreos Não Identificados, órgão de pesquisa ufológica idealizado pela FAB – Força Aérea Brasileira ter sido oficializado em 1969, temos provas de que as pesquisas iniciaram pelo menos um ano antes.

Este fato se deu em consequência de uma grande onda de avistamentos ocorrida no Brasil em 1968, com muitos casos no interior de São Paulo, especialmente na cidade de Lins.

No Boletim SBEDV N° 72/73, editado em 1970 pela Sociedade Brasileira de Estudos sobre Discos Voadores, foram registrados um total de 70 casos no ano de 1968, sendo que no período de agosto a outubro foram computadas 33 ocorrências, das quais 13 tiveram como palco a cidade de Lins.

Um caso clássico pesquisado pelo SIOANI

Em setembro de 1968 o major Zani acompanhado do suboficial Aragão, do sargento Brandani e do tenente Carvalho, do IV COMAR de São Paulo e ainda, do sargento Horst, da guarnição da FAB, sediada em Bauru, estiveram em Lins ouvindo várias testemunhas e preenchendo numerosos relatórios dos casos ocorridos naquela localidade.


No dia 26 de setembro os militares foram até o Sanatório Clemente Ferreira, acompanhado do Sr. Job Silva, administrador do hospital, para entrevistar a servente Maria José Cintra, que vivenciou um excepcional caso envolvendo uma tripulante e o pouso de uma nave, durante a madrugada do dia 25 de agosto de 1968.

Na noite anterior ao fato o médico de plantão do hospital e outros funcionários passaram alguns minutos admirando uma bola de luz que se deslocou no céu por alguns minutos.

O Sr. Leôncio Nunes Viana, ocupante do leito 59, de 44 anos na época, disse que a noite dirigiu-se ao banheiro, pois não conseguia dormir por causa de sua doença (tuberculose) e ao voltar, sentou na cama com os pés sobre uma cadeira. Neste momento viu estarrecido que um farol amarelo iluminava a sua janela e parte do seu quarto.

O objeto irradiou luzes que variavam entre amarelo, verde e vermelho, permanecendo a uma distância de aproximadamente 150 metros e a uma altura de um metro e meio do solo.

Leôncio disse: “A parte inferior era arredondada e encimada por uma cúpula transparente, estriada qual um cesto de papel e vi três pessoas junto ao aparelho usando trajes brancos e com movimentos lentos. O fenômeno durou alguns minutos e o farol apagou posteriormente”.


Maria José Cintra, mais conhecida como Dona Mariquinha contou que por volta das 04h30min da madrugada, ela estava sentada no seu leito rezando um terço, como fazia habitualmente ao despertar. Estava pensando em fazer café quando de repente, ouviu do lado de fora um ruído muito estranho, como se fosse o freio de um automóvel.

Ela abriu a persiana, debruçou para fora e viu abaixo uma senhora parada e falou: “É internamento? A senhora espere um pouquinho, que eu já vou abrir a porta”. Então, vestiu a capa de contágio e ao descer perguntou novamente à estranha se era caso de internamento. Segundo Mariquinha a mulher de pouco mais de 1,60m de altura enrolou a língua e não foi possível entender nenhuma palavra que ela disse.

A visitante que vestia uma capa azul clara brilhante de manga comprida como se fosse uma túnica, um cinto cor de chumbo e uma touca na cabeça do mesmo tecido (parecido ao gobelim acetinado), mostrou um vasilhame de 20 cm muito bonito, todo brilhante e trabalhado. Dona Mariquinha pensou que ela queria água e foram juntas até o bebedouro, que fica no saguão, distante cerca de 30 metros.

Quando chegaram ao local a mulher tirou uma canequinha de 7 cm de altura e encheu de água, bebendo em seguida. Depois, ficou olhando os carros do administrador e do médico de plantão, que estavam estacionados.

Quando Dona Mariquinha entregou a garrafa com água, a mulher bateu no seu ombro e disse: “embaúra, embaúra, embaúra”.

Já na porta de saída do hospital a mulher estranha ao invés de sair normalmente, entrou pelos canteiros e Dona Mariquinha viu uma luz embaçada e em seguida um aparelho flutuando a cerca de 70 cm do chão, no formato de uma pêra. “Havia outra pessoa dentro do objeto, que deu a mão para a mulher entrar por uma abertura. O objeto fez um zumbido e deslocou na vertical”, disse a servente.

Ela recuou e começou a gritar: “Oh! É o disco voador, é o disco voador!”. Neste momento, desesperada começou a chorar e teve micção espontânea e voltou para o seu quarto. Posteriormente contou o caso para o administrador e sua esposa.

Marcas pesquisadas pela FAB…

Ao amanhecer o administrador e outros funcionários notaram no chão encerado as impressões dos sapatos da servente acompanhadas por outras marcas estranhas, de um sapato bico fino que não apresentava calcanhar.

Havia ainda, pedaços de capim chamuscados e uma depressão no solo com um diâmetro aproximado de 1,5 metros a 2 metros, com profundidade de 15 a 20 cm. Segundo o administrador, o calor foi sentido durante toda a manhã daquele dia.

Os oficiais da FAB – Força Aérea Brasileira fotografaram o local e retiraram amostras da depressão causada pelo pouso, mandando-as posteriormente para o Instituto Tecnológico em São José dos Campos – SP. Após um longo tempo não voltou a crescer nenhuma vegetação no local.

Opinião do Major Zani

Em 18 de dezembro de 1997, tive a satisfação de conhecer pessoalmente o major Zani, que foi o chefe operacional do SIOANI. Durante a visita ao seu apartamento perguntei o que ele achava do “Caso Maria Cintra” de Lins e como resposta obtive que o fato em questão era coincidente com outros casos catalogados em outras partes do País e do exterior.

“O caso da Dona Mariquinha foi interessante, pois colhemos o material e mandamos para análise nos laboratórios do Brasil e exterior. Embora eu não tenha conhecimento dos resultados o caso foi muito significativo e o tenente Carvalho preencheu o relatório psiquiátrico que de uma forma geral foi satisfatório. Naquela época houve muitos casos em Lins”, disse o major.

Perguntei ao Zani sobre quais casos foram mais importantes naquela cidade e ele disse: “O caso do tratorista Toríbio Pereira foi importante por causa dos raios paralisantes e houve outro caso que ocorreu em outubro de 1968, por volta das 21 horas, quando cerca de quatrocentos alunos, professores e diretores do Instituto de Educação 21 de Abril observaram uma bola de fogo cruzando os céus da cidade. A quantidade de testemunhas foi decisiva para a autenticação da observação”.

Em busca de mais dados…

Em 2002, de posse do dossiê original do Caso Maria Cintra, pesquisado pelo SIOANI, decidi obter mais dados e ir até a cidade de Lins pessoalmente para confrontar algumas informações que constavam daqueles documentos, apesar de na época saber que a protagonista principal do caso já havia falecido.

Assim, convidei o ufólogo Josef David S. do Prado, presidente da BURN, para levantarmos todo o caso acontecido na madrugada do dia 25 de agosto de 1968, no Hospital Clemente Ferreira.

Chegamos a Lins em um sábado de setembro de 2002, e fomos de moto táxi, primeiramente, ao 4° Batalhão de Caçadores que atualmente é o 37° BIMtz – Batalhão de Infantaria Motorizada, pois sabíamos que foi elaborado um relatório sobre o caso acontecido no hospital.


O coronel Ney Villela Pires de Aguiar, comandante do 4° Batalhão de Caçadores, determinou na época que o pouso fosse averiguado por militares daquela corporação e inclusive destacou algumas viaturas para patrulhas noturnas, devido ao aumento de casos na região.

Fomos atendidos pelo sargento Faria que se empenhou em procurar aquele relatório histórico, porém sem encontrar nenhum vestígio do mesmo. Como hipótese o militar falou que provavelmente pela importância do assunto tais documentos teriam sido encaminhados para o comando no Rio de Janeiro, pouco tempo depois, onde se centralizava as informações relativas aos OVNIs.

Saímos dali e nos dirigimos à cidade a procura de um local onde tinha uma porta diferente, com base em fotos do dossiê de Lins. Chegamos a Delegacia local e constatamos que o local era exatamente ali. Perguntamos sobre o caso ao policial de plantão e o mesmo informou que todo o material do caso foi queimado em um incêndio.

Ficamos decepcionados, e de repente, outro policial que já estava de saída, chamou-nos para fora da delegacia e disse que conhecia o policial que estava presente aos fatos e gentilmente nos levou até o jornal da cidade.

Ao chegarmos ao jornal percebemos que o mesmo estava fechado, porém logo apareceu o editor que nos atendeu revelando mais dados e inclusive colheu uma entrevista conosco para publicação posterior.

À tarde fomos até a Rádio Alvorada de Lins que divulgou vários casos acontecidos na cidade naquela época. Lá entrevistamos os radialistas Cilmar Machado Santos e Roy Nelson e o Sr. Ronaldo Silva, do departamento comercial. Todos forneceram informações que corroboraram toda a história.


Cilmar disse em relação ao caso da Dona Mariquinha: “Ela contou para nós a história várias vezes e jamais aumentou uma vírgula no caso. Por isso, eu acredito sinceramente que ela teve um caso real”.

A rádio possui um acervo rico com vários depoimentos de casos clássicos da região e ficamos de trocar algumas informações posteriormente.

O radialista nos levou ao hospital e lá fomos bem recebidos pela diretoria e percorremos toda a instalação, reconstituindo os detalhes do caso. Infelizmente o local do pouso foi cimentado e atualmente está descaracterizado. Entretanto, colhemos depoimentos constatando a veracidade do acontecido e principalmente em relação à credibilidade do depoimento da Maria José Cintra, que era uma pessoa muito honesta, religiosa e querida no sanatório.

Ao final de nossa visita, nos indicaram pessoas que vivenciaram os fatos na época para que colhêssemos mais depoimentos. Assim, fomos até a residência da Sra. Ruth Rodrigues Marcheti que conheceu Dona Mariquinha e que confirmou todos os detalhes do caso.

Também entrevistamos sua irmã Lídia Rodrigues Souza (com 74 anos em 2002) que contou o seguinte: “Naqueles dias de 1968, eu vi um objeto luminoso passando. Era redondo com várias luzes. Acendia e apagava as luzes multicoloridas”.

Ao embarcarmos no ônibus de volta para São Paulo estávamos satisfeitos com o material complementar coletado e com convicção que um fato muito extraordinário aconteceu realmente naquela cidade interiorana.

Discutimos durante a viagem vários aspectos e chegamos à conclusão que era muito estranho que os tripulantes daqueles OVNIs se exporiam excessivamente ao ponto de transpor distâncias incomensuráveis, para simplesmente “pedir água”. Deveria existir uma outra intenção e talvez a própria Maria Cintra teria induzido a tripulante a levar água naquele recipiente.

O que intriga é que hoje sabemos que os lençóis de água subterrâneos da cidade de Lins são famosos por sua pureza de extração… Teria este fato despertado à atenção dos tripulantes? O que determinou a grande ‘onda’ de observações no local em 1968 e 1969? Infelizmente, as perguntas permanecem sem respostas!



Caso similar em Maio de 1968

Em maio de 2007, a funcionária do Banco do Brasil, Aparecida Donizeti da Silva contou-me um caso acontecido com sua mãe em 1968 na cidade de Iacanga, no interior de São Paulo e que por suas características exclusivas me fez recordar do ocorrido em Lins.

No dia 14 de agosto de 2007 tive a oportunidade de entrevistar a Sra. Dina Wan Derlan, de 84 anos, que vivenciou esse estranho caso em uma manhã fria de maio de 1968, no “Sítio do Nego Cabral”, em Iacanga que dista 99 km de Lins.

“Foi bem cedinho. Um homem estranho de olhos claros, com 2 metros de altura e com uma canequinha na mão apareceu na porta da cozinha de nossa casa. Era uma caneca prateada. Não era de louça e nem esmaltada. Fiquei intrigada como ele entrou por ali, pois era a porta dos fundos. Perguntei de onde ele veio e ele apontou para cima e disse que desceu de lá. Então, ofereci café e coloquei na canequinha, porém ele não bebeu o café. Achei estranho e chamei meu filho José Henrique. Perguntei para onde ele ia e como ele quase não falava, insisti e falei: – Você vai para Iacanga? Em resposta recebi: – É… não sei onde é…”, disse Dina.

Assim ela pediu ao filho que acompanhasse aquele ser alto até a cidade. Andaram alguns metros pela estrada e o estranho entrou em direção ao pomar, desaparecendo para sempre, apesar da insistência do rapaz em lhe pedir que o seguisse pela estrada.

Perguntei a mãe da Aparecida como o ser estava vestido e ela me respondeu: “ele vestia uma roupa prateada. Um casacão grande até o joelho também prateado e na cabeça uma touca da mesma cor. Calçava sandálias. Era uma roupa muito bonita e diferente”.

Dina lembrou-se ainda que, no mesmo ano e alguns meses depois do fato, seu filho José Henrique com 15 anos de idade na época, em certo dia por volta das 4 horas da madrugada, viu um clarão muito forte e três bolas de fogo. No momento ele estava pegando uma mula e se preparava para ir a cidade vender leite. A mula ficou estática no momento da passagem das bolas de fogo e ele entrou pálido na cozinha contando o fato para ela.

Aparecida comentou que seu primo Paulo acompanhado de sua esposa observou recentemente, no mesmo sítio que foi palco dos acontecimentos narrados, uma bola de fogo maior que a Lua cheia. O fato ocorreu no domingo, dia 12 de agosto de 2007 por volta das 21 horas e ambos ficaram perplexos com a aparição.



FONTE: http://www.portalburn.com.br

Comentários

  1. Sou professor universitário aposentado. Porém, continuo colaborando com a ciência. Recentemente, publiquei um artigo em um jornal científico internacional, Journal of High Energy Physics Gravitation and Cosmology ( procurem por Dalgerti, neste jornal).
    Sendo assim, divulgar o que estou fazendo é muito comprometedor para a minha carreira. Entretanto, sou guiado e submetido à verdade. Portanto, assim, tenho coragem de me expor pela humanidade e pela minha crença em Jesus Cristo.
    Fui testemunha, juntamente com muitos colegas, do avistamento do objeto imenso que apareceu no céu de Lins, na quarta feira que precedeu o caso Maria Cintra. Publiquei o caso na MUFON, porém, aqui no Brasil é desconhecido.
    Estou à disposição para maiores esclarecimentos. Pesquisem por Dalgerti e encontrem o meu email no artigo ao qual me referi.
    O assunto é por demais grave, para ser omitido do público e das autoridades.
    Muito boa a vossa reportagem. Está condizente com a palestra que a Maria Cintra deu no clube Nipo Brasileiro, em Lins, organizada pelo repórter Saulo Gomes.
    Estou à vossa disposição.

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