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O parto das estrelas


Imagem revela filamentos de gás prestes a acender como estrelas na região conhecida como Barnard 5, no berçário estelar de Perseu, a 800 anos-luz daqui. (Crédito: B. Saxton (NRAO/AUI/NSF))

POR SALVADOR NOGUEIRA
13/02/15 05:59

Um grupo internacional de astrônomos flagrou um grupo de estrelas em pleno trabalho de parto, e a descoberta ajuda a compreender como nascem os sistemas estelares múltiplos e como algumas estrelas acabam se tornando solitárias, a exemplo do Sol.

Os pesquisadores conseguiram identificar uma estrela recém-formada no berçário de Perseu, a cerca de 800 anos-luz da Terra. Perto dele, três nuvens de gás em forma de filamentos estão prestes a se tornar estrelas também, indicando a jovialidade do sistema. Para que se tenha uma ideia, o astro que já está formado deve ter menos de 10 mil anos, e os outros filamentos devem se condensar em estrelas irmãs em mais 40 mil anos.

É uma escala de tempo incomum em estudos astronômicos e evidencia o tamanho do “flagra” captado por Jaime Piñeda, da ETH Zurique, na Suíça, e seus colegas espalhados pela Europa e pelos Estados Unidos. Para tanto, eles usaram o Very Large Array, conjunto de radiotelescópios no Novo México (EUA) e o Telescópio James Clerk Maxwell, no Havaí.

Algumas coisas são notáveis sobre a descoberta, publicada ontem na revista “Nature”. A primeira é o fato de que ela nos ajuda a compreender em detalhe os processos pelos quais nuvens indistintas de gás se transformam em estrelas. De todos os modelos disponíveis para explicar o fenômeno, o que mais se encaixa nas observações é aquele que sugere que a formação estelar é produzida em meio a uma competição entre a gravidade (que tende a comprimir o material) e a pressão térmica (que tende a dissipar a nuvem). O padrão de fragmentação observado se encaixa como uma luva nesse esquema. “Claro, a descoberta de um sistema não exclui outros modos de formação binária”, escreve Kaitlin Kratter, astrofísica da Universidade do Arizona que não participou da pesquisa, num comentário publicado junto com o estudo.


Concepção artística do sistema hoje e quando ele estiver completamente formado (Credit: B. Saxton (NRAO/AUI/NSF))

A segunda coisa notável é que o espaçamento entre os objetos, entre mil e 10 mil vezes a distância entre a Terra e o Sol, sugere o futuro do quarteto. Aparentemente, a estrela já nascida e a que nascerá em breve e está mais perto dela formarão um par binário. Já as outras duas de início girarão em torno do par, mas numa escala de 500 mil anos acabarão escapando e tornar-se-ão estrelas solitárias.

Assim, o trabalho ajuda a esclarecer não só como se formam os sistemas estelares com mais de uma estrela — que representam mais da metade dos sistemas existentes na Via Láctea –, como também mostra como algumas estrelas acabam evoluindo para uma vida solitária, como aconteceu com o nosso Sol.

Em outras palavras, estamos vendo acontecer a 800 anos-luz de distância algo similar ao que deve ter ocorrido por aqui 4,6 bilhões de anos atrás, quando nossa estrela-mãe se formou e condensou seus planetas — dentre eles a Terra. E assim prossegue o ciclo cósmico. Estrelas nascem e morrem o tempo todo em nossa galáxia, e com isso nos dão a chance de compreender de onde viemos e para onde vamos.

FONTE: http://mensageirosideral.blogfolha.uol.com.br/

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