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Arquivo Ovni: O Caso Alfenas, Portugal


Foto do objeto

Um dos casos mais polemicos de avistamento de um OVNI em Portugal, ocorreu em 1990 em Vilar, na freguesia de Alfena. Esta freguesia, que pertence ao concelho de Valongo, ocupa uma área de 13 Km2 e em 2005 albergava uma população de 18.000 habitantes.

O caso foi muito noticiado na época, não só pelo inusitado da situação, mas especialmente pelo elevado número de testemunhas e ainda pelas provas concretas constituídas por fotografias.

À falta do acesso a testemunhas diretas do fenômeno, a descrição é feita com base em várias notícias, investigações e depoimentos disponíveis.
De referir que alguns dados variam um pouco de fonte para fonte, como é o caso da hora a que se iniciou o avistamento, o número de testemunhas, a velocidade do objeto, etc. De modo o tornar mais o fiel possível esta revisão dos acontecimentos, foram utilizados os
dados considerados mais precisos e credíveis, como sejam os publicados no anuário “Anomalia” Vol.1 (1993), Vol.2 (1994) Vol.4 (1996) e os de vários sites que referem a investigação do Prof. Joaquim Fernandes.
De referir um especial agradecimento ao sr. Olivério Gomes, dos Açores, que com toda a gentileza disponibilizou a documentação referente ao caso de Alfena nos três volumes da “Anomalia”.

O avistamento

Era a manhã do dia 10 de Setembro de 1990. O tempo estava bom, mas embora algumas descrições afirmem que o céu estava limpo, nas fotos podemos verificar que existiam algumas nuvens.

Por volta das 8:30h da manhã, um grupo de crianças que brincava na rua, alertou os transeuntes para um estranho objecto que se movimentava no céu, a uma altitude relativamente baixa.

A chamada de atenção correu rapidamente entre as pessoas, que de nariz no ar se questionavam sobre a identificação dum objecto tão fora do comum.
Segundo alguns testemunhos, corroborados pela análise das fotos, o engenho tinha a forma duma esfera deformada, de cor escura, segundo uns, clara segundo outros, que refletia a luz do sol.

À volta, e a partir do maior diâmetro observavam-se cinco apêndices, de comprimentos diferentes e distanciados desigualmente entre si.
Os relatos das testemunhas diferem quando à flexibilidade ou não desses apêndices. Enquanto uns afirmam que as “pernas” do objeto eram moles e abanavam, outros afirmam que os apêndices eram fixos e estáticos.

O testemunho do fotógrafo acrescenta ainda que na extremidade dos apêndices havia uma “espécie de sapatas, tipo a pata dum elefante”.

Segundo várias testemunham a semelhança do objecto ia desde uma “betoneira voadora” a uma “tartaruga com pernas” e até uma “panela antiga”.

A avaliação das suas dimensões também não é concordante com todos os testemunhos. Uma testemunha que garante ter visto o objeto a 200 m, calcula que tivesse a dimensão dum automóvel, o fotógrafo estimou-a em 5 m de largura máxima, mas outras testemunhas avaliaram-na entre 1 a 3 m.
Duas das 25 testemunhas identificadas, referiram que o objecto emitia um ruído semelhante ao dum secador de cabelo ou máquina de barbear.(1)
O objecto movimentava-se dum modo irregular ora rápido, ora lento, ora subindo, ora descendo, até chegar mesmo à altura dum 3º andar (aproximadamente 12 m).

Segundo o Prof. Joaquim Fernandes (6), “o engenho tinha um comportamento errático, deslocando-se a cotas relativamente baixas, dando a impressão duma máquina comandada à distância”.
A certa altura, as testemunhas temeram que fosse aterrar. Então, algumas delas decidiram atirar-lhe pedras.
O objecto diminuiu o seu movimento, mas ainda se manteve no local mais algum tempo.
Entretanto, alguém lembrou-se de alertar um fotógrafo, que se encontrava no café. Manuel Gomes, assim se chamava o fotógrafo, muniu-se da sua câmara fotográfica (Praktica Electrónica com uma lente de 50mm) e dirigiu-se imediatamente para o local, mesmo a tempo de fazer uma sequência de 4 fotografias em cerca de 20 segundos (2).

Pouco depois, o objecto voador afastou-se obliquamente numa direção entre Santo Tirso e Paços de Ferreira, segundo um testemunho, à velocidade dum avião.
Algumas testemunhas afirmam que se perdeu nas alturas, entre as nuvens. A observação durou aproximadamente 50 minutos.
Relativamente perto situava-se uma linha de transporte de energia eléctrica.

A análise

Este caso foi investigado profundamente pela CNIFO (Comissão Nacional de Investigação do Fenómeno OVNI), que recolheu os dados das testemunhas em 24 horas. Foram identificadas 25 testemunhas que se encontravam num raio de 500m do evento, embora muitas mais tivessem presenciado o fenômeno.
Munida das fotos e dados, a CNIFO pediu parecer sobre o assunto a várias instituições científicas, nomeadamente o Laboratório Nacional de Engenharia e Tecnologia Industrial, a MUFON (Mutual UFO Network), o Ames Research Center da NASA, o Centre National d’Études Spaciales, além de várias outras(2).
Entre as várias diligências, a CNIFO contactou imediatamente quer o Observatório da Serra do Pilar, quer o Aeroporto das Pedras Rubras e posteriormente a Força Aérea Portuguesa e o Instituto Nacional de Meteorologia e Geofísica. Nenhuma destas entidades reconheceu o engenho como da sua responsabilidade ou identificou-o com algum aparelho convencional, além de que os radares das FAP não assinalaram nenhum objecto voador naquela zona e àquela hora.

As fotos foram, em todos os casos, consideradas genuínas e credíveis e apenas as tentativas de identificação do objecto foram inconclusivas.

Segundo o artigo “Alfena, comentários às investigações”, da autoria de Raul Berenguel (2), das fontes para esta análise, foi concluído que:

- O objeto era material, com uma superfície rugosa e com cinco apêndices flexíveis, ligados a protuberâncias do objecto, que balançavam livremente.

(Jeff Sainio da MUFON é de opinião de que podem ser 9 os apêndices, sendo que alguns estão alinhados com outros, de modo a que dá a ideia de serem um único)

- Inicialmente tinha a forma duma esfera, ligeiramente mais achatada na parte inferior, mas por algum motivo sofreu uma deformação, apresentando depois uma forma ovalada.

- Tinha entre 4,5 a 5 metros de diâmetro

- Parecia girar sobre um eixo

- Emitia um ruído contínuo com uma frequência entre 150 a 200 Hz.

- Descartada a hipótese de ser um balão.

- Parecia ter uma sucessão de janelas na calote superior (2 e 6)


Outra foto do objeto

Richard Haines da NASA, é de opinião de que não houve realmente uma alteração na forma do objecto. Se isso tivesse acontecido, seria de esperar que se tratasse dum balão feito dum material flexível, mas pelo facto de que ao deformar-se perdia volume, no caso de ser um balão, isso levaria à perda de altitude. Defende pois, que a aparente alteração da forma se deveu ao objecto ter-se inclinado num movimento de rotação.

Tanto Jean-Jacques Velasco, como Pierre Guérin do CNES sugeriram a hipótese de se tratar dum RPV (Remotly Piloted Vehicle), mais concretamente um aparelho militar controlado remotamente.

Em vão, a equipa de investigação tentou identificar o invulgar objecto como um engenho aeronáutico de origem civil ou militar, nomeadamente RPV utilizados para recolha de informação de campos militares.
Um responsável do Estado-Maior da FAP informou mesmo que à data não existia em Portugal nenhum engenho com essas características. Mas tal como o Prof. Joaquim Fernandes referiu, citando um especialista do CNES: “ presume-se que ninguém (NATO, por exemplo) o reclamaria como um engenho secreto teleguiado.”(4)

Segundo o dr. Pierre Guérin, o objeto não se assemelha a nada de convencional, especialmente por causa dos apêndices verticais dispostos no seu diâmetro maior e da calota superior parecida com uma sucessão de janelas. (3,4 e 8). Acrescenta ainda que não é de todo descabida a hipótese de se tratar dum engenho militar, uma vez que o seu comportamento em voo se assemelhava mais ao de um helicóptero do que ao de um OVNI.(3)

Assim, e até que mais dados sejam adicionados a este caso, podemos continuar a afirmar que no dia 10 de Setembro de 1990, pairou sobre Alfena, um Objecto Voador que até hoje Não foi consistentemente Identificado.

Os apartes

Em 1995 alguns investigadores voltaram à carga. Identificaram outras testemunhas e recolheram os respectivos depoimentos.
Alguns deles, no entanto parecem um pouco díspares dos restantes.

É o caso duma senhora que diz ter observado o objeto durante 10 minutos e afirma que este possuía luzes na parte inferior.

Dois rapazes, que na altura eram crianças, também dão opiniões diferentes no que diz respeito à velocidade do objeto. Enquanto um diz que “foi sempre constante e reduzida”, o outro garante que “desapareceu com uma velocidade rápida”.

Ainda no que diz respeito a velocidades, uma outra nova testemunha, mecânico, avalia que a velocidade o objecto, que parecia ser de alumínio, “era a de um supersónico, um jacto”. A velocidade foi sempre a mesma, emitiu um “estrondo mais forte do que um avião”, subiu o morro, baixou e desapareceu. Segundo ele, esta observação durou 3 minutos.(9)

As dúvidas

1 - Uma vez que foi aventada a possibilidade de se tratar dum RPV de origem militar ou civil (não confirmada), haverá a hipótese de se ter tratado dum RPV fabricado por algum “cientista maluco” das redondezas ou estudantes de engenharia, por exemplo?

2 - Pelo fato de apenas duas das 25 testemunhas referirem o ruído produzido pelo objecto, ter-se-á dado o caso de o motor que o emitiu apenas ter sido accionado numa determinada altura da observação, como por exemplo quando necessitava de mover-se mais ativamente ou de se afastar? Ou estará relacionado com a distância do objeto a que as testemunhas se encontravam?



FONTE: TERRÍCOLA

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