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Telescópio espacial mais poderoso que o Hubble será lançado nesta década



Por Daniele Cavalcante

O Telescópio Espacial Nancy Grace Roman (anteriormente conhecido como WFIRST) passou por uma revisão importante em seu projeto, no final de julho, cumprindo uma etapa importante nos preparativos da missão. O Roman foi projetado para criar enormes imagens panorâmicas do espaço com detalhes sem precedentes, mas para isso precisa passar por uma série de etapas um tanto burocráticas e teóricas do desenvolvimento de projeto, e ele está se saindo muito bem até aqui.

Com seu amplo campo de visão, ele dará aos cientistas uma visão única para pesquisas cósmicas abrangentes, com maior riqueza de informações sobre o universo que, até então, não podemos obter com outros instrumentos. O sistema, que originalmente foi criado para missões terrestres, foi adaptado para ajudar na busca por exoplanetas (mundos que giram em torno de estrelas que não o Sol) - e, quem sabe, sinal de vida alienígena.

De acordo com a NASA, o projeto concluiu com êxito sua revisão preliminar na penúltima semana de julho. Isso significa que plano de operações científicas do Roman atendeu a todos os requisitos de projeto, cronograma e orçamento que a agência espacial estabelece, e agora passará para a próxima fase: a construção sistema de dados, bem a tempo para o lançamento, que deve ocorrer em meados dessa década.

O Roman terá a mesma resolução que o Telescópio Espacial Hubble, mas será capaz de capturar um campo de visão quase 100 vezes maior. Assim, espera-se que ele colete mais dados do que qualquer outra missão astrofísica da NASA. Além disso, ele vai usar as microlentes gravitacionais - um efeito que acontece quando a massa de um objeto, como uma estrela, distorce o tecido do espaço-tempo.



Essas microlentes podem funcionar como a lente de um telescópio para encontrar outras estrelas, incluindo aquelas que têm planetas ao seu redor. Quando a luz de uma estrela é “captada” por esta lente gravitacional, ocorre um aumento no brilho da estrela mais distante. Se a estrela em primeiro plano - aquela que causou o efeito de distorção do espaço-tempo - também tiver um planeta em sua órbita, os telescópios poderão detectar um impacto extra na luz da estrela em segundo plano, causado pelo corpo planetário.

Essa é uma técnica já utilizada para encontrar exoplanetas. O Telescópio Espacial Spitzer, da NASA, encontrou um planeta gelado dessa forma, por exemplo, mas até agora esse método ajudou a encontrar menos de 100 exoplanetas confirmados. Com o Roman, essa quantidade pode aumentar bastante. Rachel Akeson, chefe de tarefas do Centro de Suporte Científico do Roman, espera que o novo telescópio veja “milhares de eventos planetários”.

O projeto exige que o telescópio observe centenas de milhões de estrelas a cada 15 minutos por vários meses. Além disso, a NASA prometeu disponibilizar todos os dados apenas alguns dias após a coleta das observações, o que é uma mudança drástica em relação às missões anteriores, para que cientistas de todo lugar do mundo possam ter acesso rápido. Por isso, a construção de um sistema de dados impecável é uma etapa fundamental para o programa.

Essa velocidade de obtenção e compartilhamento de dados será incrível, porque vai permitir que os cientistas observem fenômenos cósmicos efêmeros, como a explosão de uma supernova - algo que dura pouco tempo. A detecção desses fenômenos com o Roman e o compartilhamento dos dados também permitirá que outros telescópios sejam apontados para acompanhar as novas descobertas.


Infográfico que mostra a diferença no volume de dados entre os telescópios espaciais Nancy Grace Roman e Hubble. Todos os dias, o Roman enviará 500 vezes mais dados à Terra do que o seu antecessor (Imagem: Goddard Space Flight Center)

Por fim, o Roman também buscará anãs marrons, as "estrelas fracassadas" - objetos mais massivos que Júpiter, porém não grandes o suficiente para sustentar a fusão nuclear de hidrogênio. Outros alvos são estrelas em fuga (que se move através do espaço a uma velocidade muito maior em relação ao meio interestelar circundante) e objetos como as estrelas de nêutrons e buracos negros. Também tentará descobrir mais sobre a matéria escura e a energia escura, e sobre a aceleração da expansão do universo.

FONTE: NASA via canaltech.com.br

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