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O maior radiotelescópio do mundo, FAST está prestes a ser inaugurado na China


Foto: Xinhua News Agency/Shutterstock

Por Daniele Cavalcante

O radiotelescópio chinês FAST (sigla para Five-hundred-meter Aperture Spherical Radio Telescope) está prestes a se tornar totalmente operacional. Sua construção foi concluída em 2016, e ele já passou por testes rigorosos antes de chegar à última etapa antes de sua inauguração oficial - o processo final de revisão na China, chamado National Construction Acceptance.

Trata-se do maior e mais sensível radiotelescópio do mundo, e a segunda maior abertura de um único prato depois do RATAN-600, na Rússia. É constituído por um prato fixo de 500 metros, feito de 4.450 painéis individuais, e está localizado na depressão Dawodang, uma bacia natural do tamanho de 30 campos de futebol, no condado Pingtang, sudoeste da China.

"Depois de aprovarmos essa revisão, o FAST se tornará um telescópio aceito para explorar o Universo", disse Jiang Peng, engenheiro-chefe e vice-diretor do Centro de Desenvolvimento e Operação do telescópio. "O Fast está aberto a astrônomos chineses desde abril de 2019. Após a National Construction Acceptance, ele estará aberto a astrônomos de todo o mundo".

A construção do FAST foi financiada exclusivamente pelo governo chinês, mas também teve a colaboração de organizações internacionais, incluindo a Organização Australiana de Pesquisa Científica e Industrial. Apesar das colaborações externas, ainda está para ser decidido quem na comunidade internacional poderá usar o telescópio, e até que ponto - decisão essa que cabe ao governo da China. Li Di, cientista chefe da FAST, espera que o telescópio tenha uma política aberta a todo o mundo.

Do que o FAST é capaz?



Uma das tarefas que o telescópio pode realizar é a detecção de pulsares - um feixe de radiação intensa lançado por uma estrela densa de nêutrons. Um pulsar não pode ser observado visualmente, mas como esse feixe é um sinal de rádio, os cientistas podem detectá-lo usando um radiotelescópio como o FAST.

No tempo em que o FAST já esteve cientificamente operacional, os cientistas envolvidos com ele descobriram mais de 130 novos candidatos a pulsares, 93 dos quais foram confirmados por outras equipes que usam outros radiotelescópios. "Nosso objetivo é recuperar o atraso", disse Li. "E, eventualmente, temos centenas de novas descobertas todos os anos."

Depois de detectar um pulsar, os astrônomos podem usá-lo para identificar e medir o comportamento de outros fenômenos físicos, como ondas gravitacionais. Além disso, os pesquisadores procuram por FRBs (Fast Radio Bursts) - sinais de rádio inexplicáveis, porém extremamente energéticos, que são muito mais altos que os pulsares embora estejam muito mais distantes. Em 29 de agosto, o FAST detectou a primeira fonte repetitiva de FRB já descoberta. Essa fonte é monitorada constantemente pelos principais telescópios do mundo desde a sua descoberta em 2012, mas o FAST foi o primeiro a detectar tantas emissões em um período tão curto de tempo - uma prova de sua sensibilidade e poder de processamento surpreendentes.

Cientistas do FAST também vão procurar exoplanetas com um campo magnético - um componente crucial para sustentar a vida, de acordo com Li - e por hidrogênio, o elemento mais abundante - e suspeito de ser o mais antigo - do universo. "Vamos descobrir emissões curiosas", disse Jiang. "Essas observações podem melhorar nossa compreensão da física de altas energias, evolução das estrelas e evolução das galáxias".



FONTE: Phys.org via canaltech.com.br - Tsinghua University

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