O novo sistema de identificação usa um radar Doppler em miniatura e continua monitorando seu coração o tempo todo. [Imagem: Bob Wilder/Universidade de Buffalo]
Biometria do coração
Nem senha, nem digital, nem olhos - o futuro da biometria pode estar bem lá no fundo do seu peito.
Uma equipe da Universidade Buffalo, nos EUA, construiu um protótipo de sistema de identificação que detecta o coração do usuário para lhe dar acesso ao seu computador, celular ou qualquer aparelho eletrônico.
O sistema usa um radar de baixíssima potência - equivalente a uma conexão Wi-Fi - para detectar a geometria do coração, seu formato e tamanho, e como ele se movimenta, para criar uma assinatura pessoal.
"Nunca foram encontradas duas pessoas com corações idênticos," garante o pesquisador Wenyao Xu, acrescentando que o coração das pessoas também não costuma mudar, a menos que elas sofram alguma doença cardíaca grave.
O aparelho de biometria cardíaca é composto pelos dois sensores à esquerda. À direita está um atuador que simula o coração para realização de testes. [Imagem: Chen Song et al. (2017)]
Radar pessoal
Sistemas biométricos baseados no coração têm sido demonstrados há alguns anos, mas vinham dependendo de eletrodos medindo sinais de eletrocardiogramas.
O novo sistema, baseado em um radar Doppler, é não-invasivo e sem contato, e permanece monitorando o usuário continuamente, o que significa que a pessoa pode sair tranquilamente da frente do computador tendo certeza de que nenhuma outra pessoa conseguirá usá-lo.
O protótipo leva 8 segundos para identificar um coração pela primeira vez, e depois passa a reconhecê-lo de forma praticamente instantânea.
A equipe garante que o equipamento é seguro e agora vai trabalhar em sua miniaturização.
"O leitor [emite] cerca de 5 miliwatts, menos de 1% da radiação dos nossos smartphones. Estamos vivendo em um ambiente inundado de Wi-Fi todos os dias, e o novo sistema é tão seguro quanto os dispositivos Wi-Fi," disse Xu.
FONTE: SITE INOVAÇÃO TECNOLOGICA
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