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Astronautas que foram à Lua têm mais chances de morrer do coração


Os astronautas Neil Armstrong (esq.), Michael Collins (centro) e Edwin "Buzz" Aldrin da Missão Apollo 11 (Nasa / Reuters/VEJA)

Estudo revela que quem viaja ao espaço profundo está exposto a radiações cósmicas que aumentam em até 5 vezes o risco de morrer de doenças cardiovasculares

Viajar para Lua, Marte ou qualquer lugar mais afastado do Terra pode aumentar em até cinco vezes o risco de morrer de doenças cardiovasculares. De acordo com o primeiro estudo a acompanhar a saúde dos astronautas do programa Apollo, que enviou nove missões à Lua durante os anos 1960 e 1970, a radiação cósmica do espaço profundo seria o responsável pelo alto risco de desenvolver os distúrbios. A pesquisa, feita por cientistas americanos, foi publicado nesta quinta-feira na revista Scientific Reports.

“Conhecemos muito pouco sobre os efeitos da radiação no espaço profundo sobre a saúde humana, particularmente sobre o sistema cardiovascular”, afirmou o principal autor do estudo, Michael Delp. “Esse estudo nos dá o primeiro olhar sobre suas consequências.”

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Com o sonho de agências espaciais internacionais de aumentar os programas tripulados de exploração espacial e até concretizar uma futura colonização de Marte, saber quais são os efeitos das longas viagens além órbita da Terra é fundamental. Para verificar como essas jornadas influem na saúde humana, Delp resolveu verificar se as taxas de mortalidade por câncer, doenças cardiovasculares, acidentes e outras causas dos 24 astronautas que foram até a Lua – incluindo os astronautas Neil Armstrong e Buzz Aldrin da missão Apollo 11 que, pela primeira vez, pisaram no satélite – eram diferentes dos dados de astronautas que voaram em órbitas mais baixas (a chamada Low Earth Orbit, como o ponto onde está a Estação Espacial Internacional) e de astronautas que nunca foram ao espaço.

O resultado do estudo revelou que a taxa de mortalidade por doenças cardiovasculares entre os astronautas que foram à Lua é cinco vezes maior que a dos outros dois grupos. No total, 45% dos astronautas que foram à Lua morreram em consequências de doenças cardiovasculares, comparado a apenas 11% dos astronautas que voaram em órbitas mais baixas e apenas 9% dos astronautas que jamais foram ao espaço.

Para verificar se a razão do alto número eram os efeitos da microgravidade ou as radiações cósmicas, os pesquisadores conduziram testes em camundongos simulando as duas situações. Os dados sugerem que as altas taxas de mortalidade foram causadas pelas radiações cósmicas do espaço profundo. Segundo os pesquisadores, os danos ao sistema cardiovascular ocorrem nas viagens espaciais mais distantes porque os astronautas saem do campo magnético da Terra, que nos protege das radiações mais perigosas.

“Temos muitos planos para ir para o espaço profundo, mas apenas um pequeno grupo de astronautas [da missão Apollo 11] realmente fez isso. Antes de nosso estudo ninguém havia olhado para as consequências de longo prazo na saúde deles”, explicou Delp ao jornal britânico The Guardian.

Radiações cósmicas

Alguns especialistas afirmaram que o novo estudo tem algumas limitações, como ter analisado apenas um pequeno grupo de astronautas – e apenas sete deles haviam morrido quando o estudo foi feito.

Segundo Delp, um dos principais pontos da análise é apontar para a necessidade de pesquisar os efeitos do espaço na saúde dos astronautas que realmente fizeram viagens mais distantes.

“Uma das coisas com os quais estávamos preocupados era a ligação entra as radiações cósmicas e o câncer. O sistema cardiovascular quase não era mencionado. Sentimos que, a apenas dez anos de enviar mais pessoas ao espaço profundo, tínhamos um estudo importante o suficiente para ser publicado”, afirmou Delp ao jornal The New York Times.

FONTE: REVISTA VEJA

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