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Astrônomos descobrem mais um planeta extrassolar que orbita duas estrelas


Objeto com 'pôr do Sol duplo' parecido com o fictício Tatooine, da saga 'Guerra nas estrelas', é o décimo encontrado pelo método de trânsito e joga nova luz sobre formação planetária em sistemas estelares binários

A descoberta de mais um planeta extrassolar na órbita de um sistema binário, isto é, com duas estrelas, joga nova luz sobre a formação planetária neste tipo muito comum de configuração estelar, até pouco tempo considerada muito rara, ou até mesmo impossível, pelos cientistas devido à sua inerente instabilidade gravitacional. Batizado Kepler 453 b, o novo exoplaneta é o décimo do tipo conhecido como “circumbinário” encontrado a partir de um método chamado “de trânsito” nos dados do observatório espacial Kepler, da Nasa. Equipado com um fotômetro hipersensível, o Kepler é capaz de detectar as ínfimas variações no brilho das estrelas provocadas pela passagem de um planeta entre elas e a Terra de nosso ponto de vista, fenômeno conhecido na astronomia como “trânsito”. No caso do Kepler 453b, no entanto, isto foi ainda mais difícil, já que o planeta tem uma órbita muito excêntrica, isto é, muito inclinada com relação ao plano de suas duas “estrelas mães”, o que faz com que seus trânsitos só sejam visíveis de nosso ponto de vista 9% das vezes.

- A detecção foi um golpe de sorte do Kepler – destaca William Welsh, professor a astronomia da Universidade Estadual de San Diego, na Califórnia, e líder do estudo, publicado na última edição do periódico científico “Astrophysical Journal” e será objeto de apresentação especial no próximo dia 14 de agosto, durante a 29ª Assembleia Geral da União Internacional de Astronomia, que acontece no Havaí. - Na maior parte das vezes, seus trânsitos não seriam visíveis do ponto de vista da Terra.

Segundo os pesquisadores, a baixa probabilidade de testemunhar os trânsitos do Kepler 453b sugere que para cada sistema como o dele existam até 11 outros que não vemos. O novo planeta extrassolar também é o terceiro do tipo circumbinário encontrado pelo Kepler na chamada zona habitável de seu sistema estelar, isto é, nem perto nem longe demais de suas estrelas mães de forma que sua temperatura teoricamente permita a existência de água líquida na superfície, condição considerada essencial para o desenvolvimento de vida como conhecemos.

Mas é muito pouco provável que haja alguma forma de vida no Kepler 453b para admirar seu “pôr do Sol duplo” como faz o personagem Luke Skywalker no fictício Tatooine na saga “Guerra nas estrelas”. Isso porque o novo exoplaneta tem um diâmetro calculado em cerca de 6,2 vezes o da Terra e provavelmente é um gigante gasoso do tipo conhecido como “mini-Netuno”. Os dados coletados pelo observatório Kepler não são suficientes para determinar sua massa, mas os cientistas estimam que ela é pelo menos 16 vezes maior do que a de nosso planeta.

O fato de o Kepler 453b ser mais um circumbinário na zona habitável de seu sistema estelar, no entanto, sugere aos astrônomos que este tipo de planeta é muito mais comum do que se pensava. A configuração de um sistema binário torna mais complexo saber qual seria a região do espaço na sua órbita correspondente a esta zona do que num com apenas uma estrela mas, ainda assim, isso pode ser calculado se se conhece a massa, raio e temperatura de suas estrelas.

No caso do sistema Kepler 453, localizado a cerca de 1,4 mil anos-luz de distância na direção da constelação de Lira, a maior das estrelas é muito parecida com nosso Sol, com cerca de 94% de sua massa. Já a menor é muito pequena, com apenas cerca de 20% da massa do Sol e consideravelmente mais fria e menos brilhante. O novo exoplaneta leva 240 dias para completar uma órbita em torno das duas, enquanto as estrelas orbitam uma a outra num período de apenas 27 dias.

- A diversidade e complexidade destes sistemas circumbinários são maravilhosas – destaca Welsh. - Cada novo planeta circumbinário é uma joia, revelando algo inesperado e desafiador. E sua tendência em estarem na zona habitável é um bônus.

FONTE: http://oglobo.globo.com/

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