O foguete tem capacidade para lançar um módulo tripulado ou satélites de grande porte. [Imagem: ISRO]
Cápsula para astronautas
A Índia lançou com sucesso seu foguete GSLV MK-III, capaz de colocar em órbita uma cápsula tripulada ou satélites de grande porte.
O foguete, de 630 toneladas e 42,4 metros de altura, tem capacidade para transportar até quatro toneladas de carga útil.
No teste inicial, o foguete levou ao espaço nada menos do que um módulo para astronautas, chamado CARE (Crew module Atmospheric Re-entry Experiment), que pesa 3.775 kg.
Além de testar o foguete, o principal objetivo do lançamento foi testar a capacidade de reentrada do módulo Care e sua descida no oceano com pára-quedas.
Segundo a Isro, a agência espacial indiana, o módulo separou-se como previsto, a uma altitude de 126 km e reentrou na atmosfera com sucesso, descendo na Baía de Bengala 20 minutos e 43 segundos após o lançamento.
O MK-III possui dois foguetes laterais, chamados S-200, cada um com 207 toneladas de combustível sólido. Eles se separaram 153,5 segundos após o lançamento. O módulo principal do foguete, chamado L110, impulsionado por combustível líquido, foi acionado 120 segundo após o lançamento, quando os dois foguetes S-200 ainda estavam funcionando, e levou o módulo Care até a órbita desejada.
Segundo a Isro, o teste foi um passo essencial rumo a um voo tripulado, ainda sem data marcada.
A cápsula espacial Care tem capacidade para dois ou três astronautas, dependendo da configuração e da missão. [Imagem: ISRO]
Programa espacial ativo
A Índia possui um dos programas espaciais mais ativos do mundo, contando com 16 mil engenheiros e cientistas e um orçamento estimado em US$ 1 bilhão.
Em outubro de 2009, o país lançou sua primeira sonda lunar, chamada Chandrayaan-1, que encontrou uma concentração de moléculas de água na Lua maior do que a esperada.
Há cerca de um ano, foi a vez da primeira sonda marciana, chamada Mangalyaan, que entrou em órbita de Marte com sucesso em setembro passado, um feito que só havia sido alcançado por EUA, Rússia e Europa - e ainda assim, com um sucesso de apenas 50% em todas as tentativas.
Neste momento, todos os olhos estão voltados para os resultados da Mangalyaan, que possui instrumentos que poderão confirmar ou não os dados recentes da NASA, que mostraram picos de emissão de metano em Marte.
FONTE: SITE INOVAÇÃO TECNOLOGICA
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