O grupo já iniciou campanha para conseguir o terreno e, assim, iniciar o projeto de uma sociedade onde dinheiro não entra
O grupo Crítica Radical planeja criar uma sociedade distante do capitalismo. Um modo de vida que pode parecer impossível para a maioria das pessoas, mas que eles querem provar ser possível. Segundo eles, a sociedade capitalista está esgotada, destruída. Com isso, eles tornam viável a criação da “sociedade alternativa”, onde se planta para comer, se costura para vestir e se produz tudo que for necessário para sobreviver. E, caso haja excesso de produção, os produtos seriam doados para os que ainda seriam capitalistas.
Hoje, durante a comemoração do aniversário da ex-prefeita de Fortaleza, Maria Luiza Fontenele, que faz parte do Crítica Radical, o grupo irá lançar campanha com intuito de agregar mais pessoas e tornar cada vez mais possível o plano desta nova sociedade.
Segundo Jorge Paiva, considerado líder intelectual do Crítica, essa nova sociedade seria diferente das já chamadas “sociedades alternativas” anteriores, que de alguma maneira eram vinculadas ao capitalismo. “O ser humano está tendo dificuldade de aceitar que o sistema capitalista está afundando. A sociedade de hoje está fundamentada no valor, então queremos fazer o diferente. Nossa sociedade não irá ter nenhum vínculo com dinheiro. Isso significa que não vamos comprar e muito menos vender. Vamos produzir para consumir e, se houver excesso, vamos doar”, afirmou.
O grupo já iniciou a campanha para conseguir um terreno e assim iniciar o projeto. “Esperamos conseguir que alguém doe um terreno, para que possamos iniciar nosso projeto, também já estamos em contato com pessoas que têm experiência com agricultura, habitação, tratamento de água, para que seja tudo muito fundamentado e viável”, enfatizou Rosa da Fonseca, um dos expoentes do grupo.
“Nós queremos fazer isso logo, temos o projeto, temos as pessoas que aderiram ao projeto, então é viável. Algumas pessoas acham impossível, porque o dinheiro entrou na consciência e eles não percebem, são dependentes”, declarou Jorge.
Os integrantes do Crítica Radical acreditam que o sistema em que o mundo vive já alcançou sua barreira e já não tem para onde se desenvolver. “Se a gente não começar imediatamente uma relação social diferente, a tendência é afundar em um retrocesso”, disse Paiva.
“A sociedade viveu durante milênios sem o dinheiro, sem essa tecnologia. Queremos instalar um processo onde as pessoas que irão viver lá são essas pessoas que vêm desse capitalismo, mas que vão se regenerar”.
FONTE: http://www.opovo.com.br/
Nossa!!! Isso é, talvez, o maior desafio dos humanos. Vejo isso de modo tão forte e difícil quanto a possibilidade de tirarmos todos a roupa e vivermos uma outra sociedade. Para mim, penso que se tal projeto desse certo, ou deixaríamos de ser humanos, ou então nos tornaríamos mais...
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