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Imagens astronômicas ficam mais ricas com junção dos dados de vários telescópios



Por Daniele Cavalcante

Astrônomos contam com uma grande quantidade de observatórios ao redor do planeta e telescópios espaciais em órbita para observar objetos cósmicos distantes, mas nem sempre esses recursos são usados em trabalhos conjuntos. Por isso, alguns pesquisadores estão pedindo para que os astrônomos trabalhem mais com diferentes tipos de observação.

Cada instrumento costuma ser especialista em um comprimento de onda diferente — raios-X, infravermelho, ultra violeta, e a própria luz visíveis são alguns exemplos. Podemos fazer muitas descobertas se olharmos para objetos com um desses observatórios, mas é muito mais interessante unir os poderes de vários deles. Afinal, nem sempre os dados coletados em um comprimento de onda podem ser observados em outros, e vice-versa.

Na conferência Planets2020, organizada pelo observatório Atacama Large Millimeter Array (ALMA), no Chile, pesquisadores participaram de uma série de discussões focadas nas capacidades das diferentes plataformas de observação baseadas na Terra e no espaço. O resultado desses debates foi um artigo que aponta os benefícios potenciais da coordenação de observações terrestres, orbitais e in situ de objetos cósmicos. Agora, uma nova publicação da NASA parece fortalecer essa ideia.

Mesmo sem estar diretamente relacionada com o artigo sobre a coordenação de observações com diferentes tipos de instrumentos, a publicação da NASA mostra uma compilação de imagens de diferentes missões e telescópios sendo combinadas “para melhor compreender a ciência do universo”. Cada uma dessas imagens contém dados do Observatório de Raios-X Chandra da NASA, mas também de outros telescópios.

São vários tipos de objetos — galáxias, estrelas, nebulosas planetárias, entre outros — mas juntos eles demonstram as possibilidades científicas e até mesmo a beleza que podemos obter quando reunimos dados de todo o espectro eletromagnético. As imagens também mostram que os telescópios espaciais, por mais poderosos que sejam, jamais substituirão os observatórios terrestres. Pelo contrário, quanto mais trabalharem juntos, melhor.

M82


Imagem: NASA/CXC/STScI

A Messier 82 é uma galáxia que, por sorte, está posicionada de modo interessante em relação à Terra, dando aos telescópios uma ótima visão do que acontece por lá quando há explosões de formação de estrelas. Esta imagem é composta pelos dados de raios X do Chandra (azul e rosa), que revelam mostram gases com cerca de 20.000 anos-luz de comprimento, e dados de luz visível do telescópio espacial Hubble (vermelho e laranja).

Abell 2744


Imagem: NASA/CXC/STScI

Este é um aglomerados de galáxias, um tipo de estrutura que mantém as galáxias unidas pela força da gravidade e ricos em gás superaquecido que brilham intensamente nos raios X. Esta imagem combina raios-X do Chandra (azul difuso) com dados de luz óptica do Hubble (vermelho, verde e azul).

Supernova 1987A (SN 1987A)


Imagem: ESO/NAOJ/NRAO/P. Cigan/R. Indebetouw/AUI/NSF/B. Saxton/NASA/CXC/SAO/PSU/K. Frank/STScI

Esta supernova explodiu em 24 de fevereiro de 1987, e foi uma das mais brilhantes explosões de supernova em séculos. Seu remanescente é retratado aqui com dados do Chandra (azul), que mostram a localização da onda de choque da supernova interagindo com o material circundante a cerca de quatro anos-luz do ponto de explosão original. Os dados foram combinados com a luz ótica do Hubble (laranja e vermelho) que também mostram a interação no anel.

Eta Carinae


Crétidos: NASA/CXC/STScI/ESA/N. Smith/J. Morese/A. Pagan

Eta Carinae tem duas estrelas massivas que orbitam uma à outra, e podem ser uma das próximas supernovas a explodir. Esta imagem tem três tipos de luz combinadas — dados ópticos do Hubble (branco), luz ultravioleta (ciano), também do Hubble, e os raios X do Chandra (roxo), que revelam um anel de gás quente com cerca de 2,3 anos-luz de diâmetro ao redor dessa dupla de estrelas.

Galáxia Cartwheel


Imagem: NASA/CXC/STScI

A aparência dessa galáxia é em parte por causa da colisão com outra galáxia menor. As duas colidiram há algum tempo, o que resultou em ondas de choque que varreram a galáxia maior e desencadearam a formação de uma grande quantidade de estrelas. Os raios-X do Chandra (roxo) mostram o gás quente empurrado por mais de 150.000 anos-luz pela força da colisão. Já os dados ópticos do Hubble (vermelho, verde e azul) mostram onde essa colisão pode ter desencadeado a formação de estrelas.

Nebulosa Helix


Imagem: NASA/CXC/JPL-Caltech/SSC/STScI/ESA/NRAO/K. Su

Esta imagem da famosa Nebulosa Helix contêm dados infravermelhos do Telescópio Espacial Spitzer da NASA (verde e vermelho), luz óptica do Hubble (laranja e azul), ultravioleta do Galaxy Evolution Explorer da NASA (ciano) e raios-X do Chandra (branco). Trata-se de uma nebulosa planetária, formada pelos processos no fim da vida de uma estrela, quando ela se transforma em uma anã branca. A imagem tem cerca de quatro anos-luz de diâmetro.

FONTE: NASA via canaltech.com.br

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